Rui Pinto sai da prisão e passa a colaborar com a PJ; "Se amanhã o Sporting tiver de vender, posso pensar nisso"

Rui Pinto foi esta quarta-feira colocado em prisão domiciliária, indicaram os advogados à agência Lusa. Segundo a TVI, a Polícia Judiciária e Rui Pinto chegaram nos últimos dias a acordo, contra todas as expectativas. O hacker português aceitou colaborar com a Justiça, saindo da prisão preventiva, onde se encontra há precisamente um ano.

Rui Pinto passa a trabalhar lado a lado com os elementos da PJ, diariamente, no combate a fenómenos de criminalidade económico-financeira que as suas intrusões informáticas têm permitido desvendar em diferentes áreas da sociedade.

Este acordo de colaboração, validado pela juíza de instrução Cláudia Pina num despacho de três páginas, prevê atenuantes na medida da pena face à previsível futura condenação por vários crimes de acesso ilegítimos e, para já, o aligeirar das medidas de coação. Rui Pinto deixa a prisão e passa a viver na PJ, com segurança 24 horas por dia.

Enquanto isso, o pirata informático compromete-se a desencriptar os 10 discos externos que a PJ lhe apreendeu na Hungria, com terabytes de informação, mas que ainda não conseguiu abrir.

Suspeita-se de que, em emails e outra documentação, contenham verdadeiras bombas-relógio no que diz respeito a corrupção no futebol e teias de influências na política, no mundo dos negócios, da banca ou no setor da advocacia.

Os dados obtidos de forma ilícita, pelas intrusões informáticas nos servidores de empresas e entidades públicas, não podem ser usados como prova direta, mas servirão de informação crucial para a PJ em processos que já estão em curso ou para a abertura de outros a partir daí.

"Se amanhã o Sporting tiver de vender, posso pensar nisso". Em entrevista à rádio uruguaia 1010am, Sebastián Coates não colocou de parte a possibilidade de deixar Alvalade no próximo verão, deixando a decisão nas mãos da SAD verde e branca.

«Não sei o meu futuro. O futebol é muito dinâmico e não sabemos o que se pode seguir. Sinto-me bem no Sporting, sou um dos que mais joga e mais anos tem de casa e sempre fui bem tratado em Portugal, assim como a minha família. Hoje não penso noutros campeonatos, mas, se no dia de amanhã o Sporting tiver de vender, posso pensar nisso», começou por dizer o uruguaio, que admitiu o fracasso da temporada 2019-20.

«Não correu tão bem como em anos anteriores. Ficámos fora das taças rapidamente e o campeonato é sempre difícil, há Benfica e FC Porto na luta. A ideia é terminar o campeonato ainda este ano, mas depende de como evoluir o vírus. Nesta altura, o futebol é o menos importante», disse, aproveitando para levantar o véu sobre como tem levado a quarentena.

«Por sorte, já tinha equipamento em casa para poder continuar a exercitar-me. Temos programas para mantermos a forma e fazemo-los por videochamada. O mais complicado é não ter contacto com a bola.»