Rúben Amorim pode custar quase 14M€ ao Sporting. Afastamento do Sporting das provas da UEFA só em última instância; Lateral volta a ser associado ao FC Porto; Benfica pode cortar até 25% dos salários na próxima época. Nas modalidades pode chegar aos 50%

Luís Filipe Vieira já tem traçados os planos para o futuro a curto e médio prazo. Segundo o jornal Record apurou, está já definido que na próxima época os cortes nos gastos com pessoal poderão chegar aos 25 por cento só no que diz respeito à SAD, onde se inclui o futebol profissional. Neste capítulo, falamos de reduções que se prendem não só com os salários dos jogadores, mas também dos administradores, ainda que tudo possa mais tarde vir a ser compensado em forma de prémios.

E se os vencimentos desta época estão garantidos para pagamento a 100 por cento – mesmo que seja negociado um corte pontual, será sempre reembolsado a breve trecho –, a política na próxima época passará por apertar o cinto. Nos últimos anos, a tendência tem sido para um aumento da despesa e no último exercício de contas consolidado anual (2018/19) as águias revelaram gastos com pessoal – aqui se incluem, por exemplo, os ordenados dos jogadores e equipa técnica – de 96,8 milhões de euros. Ora, é neste bolo que o emblema da Luz quer abater e, segundo a análise interna realizada, trata-se mesmo de uma necessidade, pois é preciso manter a eficiência da SAD no que diz respeito ao equilíbrio entre receitas e despesas. De resto, as próprias regras do fair-play financeiro assim o obrigam. E se há vários anos as águias se mantêm abaixo do rácio máximo traçado pela entidade europeia (70 por cento na relação entre gastos com pessoal e receitas operacionais), será agora preciso baixar o primeiro item face a uma esperada quebra no prato da entrada de capitais. Falamos na previsão de quebra de receitas com quotização, merchandising, bilheteira e até patrocinadores, pois a crise irá previsivelmente tocar também grandes fontes de rendimento como têm sido a Emirates ou a Adidas.

O plano para atacar estas reduções passa por dar corpo a algumas linhas de atuação que permitirão poupar milhões de euros só com os salários do plantel principal. A não reabsorção de jogadores cedidos com salários elevados – só Ferreyra, por exemplo, implica um gasto de 4 M€ anuais – é um deles, mas estão previstas abordagens a nível coletivo e individual para os que já fazem parte do plantel e ali deverão continuar. Uma vez que cada atleta tem um contrato diferente, as negociações poderão ser em alguns casos mais complexas, mas o nosso jornal sabe que em cima da mesa estarão, por exemplo, renovações que permitam diluir os vencimentos. Isto é, ainda que um jogador aceite baixar o salário, terá a vantagem de ganhar mais tempo de ligação ao clube.

A não contratação implica desde logo o estancar de novos salários elevados, sendo esta acompanhada por uma cada vez mais vincada aposta na formação, onde os salários são, naturalmente, bem mais acessíveis.

A redução orçamental na próxima época tem previsto um aperto mais significativo nas modalidades e também aos conjuntos femininos, futebol incluído. Nestas esferas, os cortes poderão chegar aos 50 por cento, apesar de os responsáveis do clube apontarem a manter a competitividade (principalmente a nível nacional, onde é objetivo continuar a ganhar), pois os rivais atravessam situações de tesouraria ainda mais delicadas. De resto, a aposta na formação também se estende às modalidades, escreve o diário.

Capixaba volta a ser falado para o FC Porto. O Grémio pretende vender Juninho Capixaba, defesa-esquerdo de 22 anos, e, de acordo com o UOL Esporte, o FC Porto mantém o jogador debaixo de olho.

O clube canarinho, diz a mesma notícia, aceitaria um valor a rondar os 7 milhões de euros. À altura das primeiras informações, o FC Porto negou publicamente que Capixaba viria a ser contratado.

Rúben Amorim pode custar quase 14M€ ao Sporting. O atraso no pagamento da primeira prestação da transferência de Rúben Amorim - 10 milhões de euros - ao Sporting de Braga pode sair bastante caro ao Sporting, pelas contas realizadas pelo jornal O Jogo.

De acordo com o diário, o facto de o emblema leonino ter falhado o pagamento dessa prestação, de cinco milhões de euros - além dos 2,3 milhões de IVA - fez com que se 'ativasse' de imediato os restantes cinco milhões, que os verde e brancos teriam de pagar até 5 de setembro.

O conjunto lisboeta terá ainda de pagar uma multa de 10% do valor total do passe do treinador "associado ao não pagamento do valor em falta 15 dias após a interpelação do credor".

Sendo assim, e já contabilizando os juros, o Sporting ficará a dever 13,8 milhões de euros ao Sp. Braga a partir de sexta-feira.

Contactada pelo jornal O Jogo, fonte do Sporting explicou que o clube falhou o pagamento da primeira prestação de Amorim devido "aos tempos excecionais que se vivem face à pandemia causada pela covid-19".

Afastamento do Sporting das provas da UEFA só em última instância. O incumprimento do Sporting ao Sp. Braga poderá, no limite, fazer com lhe seja negado o licenciamento para participar no campeonato e nas competições europeias na próxima temporada, devido às regras do fair play financeiro.

Segundo o Record, no entanto, os dirigentes leoninos não estão preocupados com a situação, pois esta penalização só é aplicada em último recurso, o que ainda não se verifica no atual processo. Relembre-se ainda que, devido à situação criada pela Covid-19, a UEFA optou por dilatar os prazos do fair play financeiro, uma almofada adicional provocada pela pandemia.