O antigo defesa do Vitória de Guimarães e Benfica, Fernando Meira, falou sobre a luta pelo título entre águias e o FC Porto, numa altura em que o campeonato se encontra suspenso por causa da pandemia da Covid-19.
Em entrevista à Sport TV, o ex-futebolista de 41 anos destaca a recuperação do FC Porto, que, a dada altura, esteve a sete pontos da liderança, mas também refere que houve relaxamento por parte do Benfica.
“É de salutar a recuperação do FC Porto. O Benfica relaxou e ver algumas alterações inesperadas no onze inicial causa alguma duvida nos adeptos”, afirmou Fernando Meira.
Nos últimos cinco jogos, o Benfica venceu apenas um, conquistando apenas quatro pontos em 15 possíveis.
Fernando Meira não entende o porquê de Bruno Lage apostar em jogadores com Julien Weigl no onze inicial, no entanto, o ex-jogador não retira competência ao técnico encarnado.
“O Bruno Lage é quem treina, é quem sabe o melhor para a sua equipa e certamente quererá ter o Benfica mais forte possível todas as semanas”, referiu.
Após 24 jornadas, o FC Porto encontra-se na frente do campeonato, com 60 pontos, mais um que o Benfica, segundo classificado.
Caso a I Liga regresse, Fernando Meira tem uma certeza para as últimas dez jornadas.
“Até ao fim do campeonato, acredito que quer o FC Porto quer o Benfica vão perder muitos pontos”, concluiu.
Empresário de Urzi reafirma contactos. Agustín Urzi joga no Banfield, da Argentina, e ainda há poucos dias afirmou à Imprensa local que tinha inúmeros clubes europeus e também do seu país interessados em si, tendo nomeado o Benfica no extenso rol de emblemas que, segundo disse, o querem contratar. Entretanto, ao jornal O Jogo, o empresário do jovem jogador confirma o interesse dos encarnados no extremo argentino de 19 anos.
"Até ao momento todos os contactos com o Benfica foram feitos através de pessoas próximas do diretor-desportivo. Não tivemos oferta. O Benfica é um grande clube e qualquer futebolista quer fazer parte do seu plantel", disse Maximiliano Gallo, que lembrou ainda o valor da sua cláusula de rescisão (18,4 milhões de euros).
A receita para o Sporting ser campeão. Com a Premier League parada, Cédric reconhece a especificidade do momento atual: “Claro que tem sido um pouco estranho não treinar diariamente com a equipa, mas se Deus quiser tudo regressará ao normal”.
Após somar 138 partidas pelo Southampton, o lateral trocou, em janeiro, os “Saints” pelo Arsenal, num negócio de empréstimo. Devido a uma lesão, Cédric ainda não se estreou pelos londrinos e, sem jogar desde 21 de janeiro, assume a vontade de regressar aos relvados, ao mesmo tempo que tece rasgados elogios aos “Gunners”: “Mais do que nunca, tenho muita fome de bola. O Arsenal é um clube enorme, e tenho ainda uma noção melhor disso estando por dentro. É um clube de que, desde muito cedo, gostei muito, pois acompanhava a Premier League e simpatizava com o Arsenal, até porque houve uma altura em que o clube ganhou praticamente tudo. Estar no clube tem sido muito positivo, os jogadores têm-me tratado muito bem, desde que cheguei têm sido muito porreiros comigo. Londres era uma cidade que eu já conhecia e sinto-me muito bem aqui. O Arteta é um treinador bastante completo. Ainda o estou a conhecer, mas tem mostrado muitas qualidades. Preocupa-se com todas as áreas, tanto na vertente psicológica como tática.”
Ao longo de uma carreira que o levou a jogar no Sporting, Académica, Southampton, Inter e Arsenal, Cédric conviveu com vários grandes nomes do futebol, e aproveitou para elogiar vários deles. Questionado sobre Cristiano Ronaldo, o lateral detalhou alguns dos segredos do sucesso do capitão da seleção nacional: “O Cristiano é um grande, grande jogador, não é por acaso que já ganhou tudo o que ganhou, tanto individual como coletivamente. É alguém que tem uma vida muito bem equilibrada, uma pessoa com uma enorme vontade de vencer, muito ambicioso. E, fora do campo, sobretudo nos estágios longos, é alguém que tenta unir o grupo e partilhar vivências connosco e claro que, vindo dele, todos nós ouvimos e tentamos interiorizar”.
Com 33 internacionalizações pela seleção AA de Portugal, Cédric foi elemento fundamental da equipa que venceu o Euro’2016. Titular nas quatro partidas a eliminar, o lateral descreveu a emoção de fazer história em França: “Recordo-me da alegria enorme, dos festejos, de uma grande comunhão entre jogadores e adeptos após a final. Foi uma grande alegria que demos ao povo português, sobretudo porque estamos a representar um país, uma bandeira. Ficará na história de Portugal e na minha memória”, frisando também “a união de todos na seleção”.
Presente no Euro’2016, na Taça das Confederações’2017 e no Mundial’2018, Cédric abordou o adiamento do Euro’2020 para 2021, no qual deseja marcar presença: “Claro que é com alguma tristeza que vemos o adiamento do Euro, porque estávamos todos ansiosos para jogar. Mas, vendo pelo lado positivo, vamos ser campeões da Europa durante 5 anos. É um Campeonato Europeu em que todos os jogadores portugueses querem estar presentes, e claro que quero estar lá, é um objetivo meu. Vou dar o meu melhor pelo clube para depois jogar pela seleção nacional”.
Com uma grande ligação ao Sporting, clube no qual fez a sua formação como jogador, o internacional português garantiu que continua a acompanhar os “leões” e refletiu sobre as dificuldades que o clube tem tido para ser campeão nacional: “Sigo sempre o Sporting, porque é um clube que significa muito para mim. Mas para ser campeão são precisas várias coisas. Acho que o Sporting está a tentar encontrar uma plataforma de equilíbrio, o que não é fácil. O Sporting, há uns anos, tinha problemas graves em várias áreas, mas tem tentado dar a volta a isso. Eu vejo agora um Sporting mais unido, que voltou a apostar na formação, o que é muito positivo, porque o Sporting tem uma das melhores formações do mundo e tem de ser um clube formador. Eu recordo-me que, na minha altura, o nosso plano de jogo identificava-se com a equipa sénior, mas, nós, na formação, tínhamos o mesmo sistema de jogo desde as escolinhas até aos juniores e isso facilitava tudo. Ser campeão é um objetivo final, e para isso é preciso superar objetivos intermédios. E ser campeão, tal como um golo, é uma consequência de fazer as coisas certas e bem, é algo que se fizermos o resto bem surge de maneira natural. Eu acredito que com as coisas bem-feitas possa ser possível o Sporting ser campeão, mas é algo que não surge do dia para a noite. Demora o seu tempo, em várias áreas, e os resultados não surgem de imediato”.
Finalmente, Cédric deu conselhos aos futuros aspirantes a futebolistas: “Não há uma fórmula mágica para ser jogador, mas é importante sabermos o que queremos desde muito cedo. Eu sei que isto é complicado para um jovem, saber o que queremos ser quando chegarmos à idade adulta. Eu sempre tive esta ideia bem definida na minha cabeça. É importante abdicar de coisas por isto, como não ficar até mais tarde com os amigos a beber café, e trabalhar muito. E é importante ter um objetivo final, uma meta, e ser jogador era a minha meta. Além de termos um objetivo final, é importante colocarmos objetivos intermédios, como por exemplo no final da época, e pequenos objetivos para cada jogo concreto”, explicou Cédric Soares.
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