O nome visto como solução para suceder a Varandas; Sporting veta Jorge Sousa nos seus jogos; Flamengo de JJ ganha com reviravolta

No primeiro jogo com Jorge Jesus no banco, o Flamengo bateu o Resende por 3-1, na 5ª jornada do campeonato carioca. Com nove dos habituais titulares de 2019 – Diego Alves, Rafinha, Filipe Luís, Arão, Diego, Arrascaeta, Everton, Bruno Henrique e Gabigol –, os golos só surgiram na 2ª parte. O Resende marcou primeiro por Manga (65’), mas o Mengão deu a volta, com Pedro (75’), Gabigol (85) e Bruno Henrique (89’) a marcarem.

Sporting veta Jorge Sousa. Os responsáveis do Sporting consideram que Jorge Sousa não dispõe atualmente de condições para arbitrar jogos da equipa de Alvalade e dão conta desse sentimento numa exposição assinada pelo presidente Frederico Varandas e enviada ontem ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. O extenso documento elaborado pelo departamento jurídico enumera erros do juiz portuense apontados pelos leões, referentes ao encontro de domingo, com o Sp. Braga, colocando a tónica na alegada dualidade de critérios, que fez com que, na partida da Pedreira, o Sporting terminasse a 1ª parte com 12 faltas e 5 cartões amarelos, contra 9 faltas e um amarelo dos bracarenses.

A exposição, que deve ser encarada como um veto a Jorge Sousa, para os encontros que restam na temporada 2019/20, vai mais longe, escreve o Record, ao colocar em causa o critério do árbitro quando permitiu que Galeno, após ter visto um primeiro cartão amarelo, simulasse uma falta à entrada da área, reagisse de forma exuberante à não marcação da mesma (rasgando, inclusive, a camisola) e ainda ‘sobrevivesse’ à discussão com Luís Neto, no final do 1º tempo.

Ainda no que diz respeito a esta altercação entre o central leonino e o avançado arsenalista, os responsáveis de Alvalade questionam a não intervenção do VAR, no momento em que Wallace afasta Rafael Camacho, colocando-lhe ostensivamente a mão no pescoço.

O documento faz ainda referência às palavras alegadamente dirigidas pelo juiz a Coates, aos 10 minutos, quando lhe exibiu o cartão amarelo. Segundo o jornal, os leões afirmam que Sousa terá ameaçado o internacional uruguaio, promovido a capitão de equipa, de que à próxima infração iria... para a rua. Algo que os dirigentes consideram desnecessário e demonstrativo de falta de respeito pelo estatuto do jogador.

Perante tudo isto, a mensagem é clara: é de bom senso que Jorge Sousa não volte a ser nomeado para os jogos do Sporting na presente época desportiva.

A exposição apresentada pelos leões ao Conselho de Arbitragem não esquece o episódio ocorrido no encontro da 2.ª Liga, entre Sporting B e Real, da temporada 2017/18, na sequência do qual Jorge Sousa acabou suspenso por três jogos, por se ter dirigido de forma menos própria ao então guarda-redes leonino, Vladimir Stojkovic. "Mas estás a falar por mim para quê, c...? Estás a falar para quem, c...? ‘Pá’ baliza. Mas que brincadeira? Eu não brinco com ninguém, c...! Põe-te na p... da baliza, pá!. Que é isto? Quem é que está a brincar, c...? Quem é que está a brincar?", atirou o árbitro portuense, que viu o Conselho de Disciplina da FPF aplicar-lhe um processo sumário, uma vez que foi apanhado em flagrante delito.

A solução para suceder a Varandas. Miguel Poiares Maduro é encarado por diversos sectores da oposição a Frederico Varandas como o homem ideal para suceder ao atual presidente, caso a assembleia geral extraordinária avance e os órgãos sociais acabem destituídos, como é intenção do movimento ‘Dar Futuro ao Sporting’. O antigo ministro do Desenvolvimento Regional é encarado como um desalinhado, que poderá cortar em definitivo com as políticas que têm sido seguidas pela atual administração da SAD e cujos resultados ficaram, esta época, aquém daquilo que eram, há seis meses, as aspirações leoninas.

A este propósito, de acordo com informações recolhidas pelo jornal Record, Poiares Maduro, atualmente a viver em Florença, Itália, onde ensina Direito no European University Institute, não foi ainda formalmente convidado a apresentar uma candidatura, o que poderá acontecer em maio, quando o fim do ano letivo lhe permitir regressar a Portugal. Sempre e quando, claro, exista um vazio diretivo em Alvalade num futuro próximo.

Ao Record, o professor universitário, de 53 anos, garante não ponderar tal cenário, embora se voluntarie "para participar num debate" interno, em que seja discutido "o modelo de governo" da SAD. "O modelo presidencial do futebol não funciona. Este é um debate importante que temos de ter", preconiza Poiares Maduro, defensor da separação de poderes entre direção do clube e administração da SAD.

Apesar de defender que o presidente eleito do Sporting não deverá, simultaneamente, liderar o conselho de administração da SAD, Poiares Maduro não vê como inevitável a perda da maioria do capital social da SAD, "embora respeite quem tenha essa opinião". Percebe-se, todavia, que a questão fundamental para o antigo ministro não é tanto quem vai ocupar os cargos, mas o que é que cada um terá de fazer.