05 novembro 2019

"Todos os que trabalharem em cargos de gestão terão de ser do Benfica"; Extremo do Sporting considerado uma... "pechincha"; Pedida demissão de Varandas. "Eleições? Eu estou sempre aberto a poder ser útil"

Pedro Baltazar, antigo candidato à presidência do Sporting, em 2011, e ex-administrador da SAD leonina, acusa a atual direção liderada por Frederico Varandas de falta de experiência e pede a demissão da mesma, face aos resultados negativos da equipa de futebol.
"As pessoas são eleitas e estão de direito próprio nos locais. Aquilo que costuma acontecer nas pessoas de bom senso e nas pessoas que gostam das instituições que dirigem é que, quando acham que já não têm mais nada a dar, têm que se demitir. No caso da SAD isto é evidente. Enquanto as modalidades seguem o seu caminho, o clube e o futebol estão a dar sinais muito negativos aos sportinguistas, que têm tido muita paciência neste sentido", começa por dizer, em declarações à RR, à margem do evento "International Club of Portugal", num hotel em Libsoa.
O antigo candidato fala em falta de experiência da equipa liderada por Varandas e de desunião no clube: "O que está aqui em causa, na minha opinião, é alguma falta de experiência e de visão estratégica da administração da Sporting SAD. Tudo isto vem deste facto e de falta de alguma
O mais recente conflito com as claques são mais um exemplo daquilo que Pedro Baltazar chama de "falta de agregação da família sportinguista". O antigo candidato à presidência leonina destaca a importância dos grupos organizados de adeptos e da necessidade do seu enquadramento dentro do clube.
"Acho que as claques são necessárias. Como costumo dizer, nos anos 2000, só havia meia dúzia de pessoas a ver e meia dúzia de claques acompanhar os jogos do Sporting fora de casa. As claques são necessárias, claro que têm de ser enquadradas dentro de um modelo de colaboração. Isto é, eles têm que ser tão sportinguistas como dizem que são ou então sportinguistas como os outros", diz.
Pedro Baltazar perdeu as eleições à presidência do Sporting em 2011, quando foi eleito Godinho Lopes presidente da SAD leonina. Apesar da derrota expressiva nessas eleições, em que ficou atrás também de Bruno de Carvalho e José Dias Ferreira, Baltazar não fecha a porta a nova candidatura e garante que o clube não estaria no estado atual, caso tivesse vencido há oito anos.
"Eu estou sempre aberto a poder ser útil. Não me arrependo de ter sido candidato em 2011, acho que no caminho para aqui teríamos feito muito melhor do que foi feito até aqui. Pior também era muito difícil e estou a falar desde de 2011 até agora. Embora o sporting tenha tido bons momentos dentro destes anos. Com certeza absoluta que tenho a disponibilidade. Continuo a ser do Sporting. Os amores não se deixam, é como os filhos. Estarei sempre disponível para arranjar as soluções mais convenientes em termos de Sporting", remata

Num artigo publicado no blogue Novo Geração Benfica, Rui Gomes da Silva assinalou a contagem decrescente para as eleições e elencou algumas ideias que quer implementar se for eleito presidente. O antigo dirigente pretende afastar dos órgãos sociais e dos cargos de administração profissionais que não sejam benfiquistas.
"E se quero um Benfica de todos, também quero que todos os que lá trabalham em lugares de gestão, a partir de agora – com exceção dos profissionais que treinem e joguem – sejam do Benfica! Todos! Quem tem 46% da população portuguesa não pode deixar de escolher para trabalhar no Benfica... só benfiquistas! Ou acham que será assim tão difícil encontrar alguém muito competente para trabalhar no Benfica, a não ser entre os adeptos dos nossos rivais e quase nunca nos que sofrem pelo nosso clube?", escreveu Gomes da Silva.
Vincando que apresentará o programa a seu tempo, o antigo dirigente deu já algumas luzes: "Terá, obviamente, medidas sobre uma mais que necessária reorganização interna, nomeadamente a nível estatutário, sobre a 'governação' do clube e da SAD, sobre quais os objetivos do futebol profissional, da formação e das modalidades, sobre as relações e o respeito para com os sócios, sobre a internacionalização, sobre uma verdadeira política de comunicação, na valorização de um património e no respeito a uma História ímpar que não poderá ser propriedade de ninguém e muito menos de uma só pessoa, por mais 'escolhida' que se julgue!"
No mesmo artigo, onde repete críticas a Luís Filipe Vieira, revela o que considera ser "falta de transparência" nos negócios do clube. "Que esclareça – em relação a cada transação – o custo e as comissões pagas. Quem não deve não teme... E ser claro só engrandece o clube e os seus dirigentes!", vincou o antigo dirigente, considerando o negócio de Caio Lucas, por mais de 4 M€ por 75 por cento, "bom para muita gente". O brasileiro, refira-se, estava livre.

Bilic considera Matheus uma “pechincha”. Matheus Pereira continua a dar cartas no West Bromwich Albion e o treinador da equipa inglesa não tem dúvidas sobre o extremo emprestado pelo Sporting. “É uma pechincha”, frisou Slaven Bilic em declarações à imprensa inglesa.
A opção de compra pelo extremo de 23 anos está fixada em 8,25 milhões de libras (cerca de 9,5 milhões de euros), algo que a formação quer exercer já em janeiro. Contudo, o WBA será obrigado a exercer a opção de compra em duas situações: se Matheus realizar 32 jogos oficiais ou se os ingleses ascenderem à Premier League.
A surpresa perante a situação de um jogador que já conta três golos e seis assistências em 13 encontros oficiais é quase total. “Ele é um bom exemplo para os miúdos porque há aqueles que pensam que tudo vai acontecer assim rapidamente”, frisou Bilic, dando um exemplo do profissionalismo de um brasileiro que cumpriu praticamente toda a formação em Alcochete. “Todos os clubes os têm e nós também os temos. O Matheus está todos os dias no ginásio depois do treino, numa bicicleta. Ninguém esperava isso de um número 10 brasileiro. Está lá 45 minutos quando não é uma hora para manter o físico. É essa a chave”, vincou.

1 comentário:

  1. «Todos os que trabalharem na gestão do Benfica terão de ser benfiquistas...» defende o demagogo.

    Competência e profissionalismo não contam para RGS, benfiquismo sim. Terá de nos explicar nos próximos meses como tenciona medir o benfiquismo necessário à gestão intermédia do clube, sabendo nós que há muitos “benfiquistas” no blogue que o acolhe que nem para gerir um curral de cabras serviriam. E a seguir não nos venha dizer que não basta ser sócio, mas que terá de ser um sócio apoiante das ideias da Direção. E, quando os resultados da equipa de futebol não forem os desejados, não se venha desculpar dizendo que só aceita os jogadores na equipa que sejam benfiquistas desde pequeninos…

    A ânsia de cativar os benfiquistas para tentar ganhar uns quantos votos é obvia, e leva RGS a fazer propostas demagógicas para uma estrutura intermédia do clube que se quer PROFISSIONAL e o mais COMPETENTE possível. Reduzir o leque recrutamento de profissionais para essa estrutura nunca contribuirá para aumentar a sua qualidade e competência, antes pelo contrário.

    RGS começa mal com esta proposta demagógica. Ou está a guardar o melhor para o fim, ou então não tem propostas para clube. Do que vou ouvindo e lendo (cada vez menos, pois falta-me a paciência para tanta banalidade), acredito mais na segunda hipótese.

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