17 novembro 2019

SAD do Sporting precisa de 65 M€ até ao fim de janeiro; Empresário de Acuña vem a Lisboa; "O meu sonho continua a ser o FC Porto"

Após ter feito a pré-temporada com a equipa principal do FC Porto, Diogo Queirós partiu para aquela que é, aos 20 anos, a sua primeira experiência fora de Portugal, ao ser emprestado ao Mouscron, atual oitavo classificado do campeonato belga.
Em entrevista publicada, este domingo, pelo jornal O Jogo, o internacional sub-21 português explicou o que o fez optar pela cedência a um emblema estrangeiro, e deixou uma garantia: "O meu sonho continua a ser o FC Porto".
"Experiência numa I Liga europeia e, com todos os jogos que tenho feito, estar mais preparado para no próximo verão, quando voltar ao FC Porto, dar a melhor resposta possível. Ao contrário deste ano, espero ficar no clube", afirmou.
O jovem defesa-central revela que "precisava de um desafio maior", e admite que o facto de Sérgio Conceição ter admitido publicamente que o considerava "um elemento importantíssimo" para o futuro lhe deu algum alento."
"Fiquei contente por saber que ele acredita em mim. Senti um pouco de tristeza por ver que não foi agora, mas também faz-me ter a esperança de que é possível e de que irá acontecer no futuro se continuar o meu caminho e a trabalhar muito", concluiu.

Empresário de Acuña vem a Lisboa. Há muito que Sporting e representante de Marcos Acuña estudam os contornos da renovação do médio, mas a verdade é que até este momento não há ainda luz verde para que seja oficializada.
Por isso, e segundo A Bola, o empresário do internacional argentino, Pablo del Rio, virá a Lisboa até final do ano para fechar o dossier, que está em banho-maria.
Acuña, 28 anos, está vinculado aos leões até junho de 2023. A cláusula de rescisão está fixada nos €60 milhões.

SAD do Sporting precisa de 65 M€ até ao fim de janeiro. É uma necessidade que a SAD tem nos próximos meses, concretamente até ao final de janeiro, início de fevereiro. Garante O Jogo que a sociedade que gere o futebol profissional do emblema de Alvalade precisa de encaixar cerca de 65 milhões de euros para fazer face a compromissos com fornecedores, entre clubes, empresários e outros fornecedores correntes, boa parte deles, em bom rigor, resultam de uma herança que o elenco liderado por Frederico Varandas, coadjuvado pelo administrador financeiro Francisco Salgado Zenha, tem de gerir por força, fundamentalmente, da ação dos últimos anos de Bruno de Carvalho na presidência do clube e SAD.
Claro que entre estes compromissos figuram dívidas que têm de ser saldadas progressivamente como as transferências de Rosier para Alvalade ou Luciano Vietto, como pagamentos à empresas de intermediação, entre elas a Proeleven ou a Stellar, assim como a outros fornecedores. Um olhar para o último relatório e contas da SAD, referente ao exercício findo em junho último dá uma ideia das verbas em causa nessa altura, por exemplo 22,3 M€ a clubes, 15 M€ a empresários por negócios realizados e 10,6 M€ referentes a outros fornecedores correntes, totalizando cerca de 47,9 M€, isto sem esquecer que fora destas contas estavam os 18,9 M€ a outros credores, relacionados com custos, por exemplo, com o estádio ou prémios de assinatura. Porém, nos meses que se seguiram, num processo que se mantém naturalmente até janeiro, as obrigações perante os fornecedores têm aumentado, por exemplo coma entrada de atletas como Jesé, ou custos intermediação desta e outras operações como as de Fernando ou Bolasie, entre outras rubricas já mencionadas.
Certo é que em Alvalade, depois de ter sido considerada apenas a venda de atletas até um valor de 15 M€ na reabertura do mercado de transferências de janeiro, a verdade é que entre saídas de ativos, aliados aos respetivos cortes da massa salarial, a SAD tem de manter a política de substancial redução de custos, olhando para nomes como os de Coates, Acuña, Wendel ou Bruno Fernandes enquanto ativos capitalizadores de receitas. O caminho das receitas extraordinárias com a venda de jogadores, procurando no substitutos para as posições carenciadas a baixo custo é aquele que nos dias de hoje apresenta-se como o mais provável para o emblema verde e branco.
Mais distante está, diga-se, a possibilidade de uma nova cedência de créditos decorrentes do contrato de cessão de direitos de transmissão televisiva e multimédia, de exploração da publicidade estática e virtual do Estádio José Alvalade, de distribuição do canal Sporting TV e direitos de patrocinador principal, o qual foi celebrado em dezembro de 2015. É que daí para cá, logo após setembro de 2018, o Sporting já tinha descontado 205,4 M€ dos 515 M€ do acordo válido para 12 anos –, tendo em março de 2019 descontado mais 74 M€ referentes a épocas futuras com afetação até 2022. Ora, caso os leões entrem por esta via, conhecida como factoring, vão afetar substancialmente as receitas televisivas já exíguas referentes à temporada 2022/23, sendo que o contrato está em vigor até 2028. Seja como for, é um caminho que não está de todo descartado.

1 comentário:

  1. Os dragartos foram avistados, a morrer de frio, no mesmo barco de refugiados, algures entre o norte de África e a Europa, à espera de serem resgatados pelas autoridades. A PG da República não faz nada? Não têm barcos no Mediterrâneo?

    O Jogo agora acordou e para não dizerem que os corruptos estão sozinhos no barco, também lhes juntou a lagartada.
    Só que cometem um erro grave. O Sporting não tinha 515M a receber da NOS, porque 69M já tinham sido recebidos por BC até 2018, referente ao antigo contrato.
    Por isso, quem de 515M tira 69M ficam com apenas 446M, que era o valor do contrato original que fizeram com a MEO. Até 2028.
    Era este o valor a partir do qual começaram a antecipar receitas.

    SCP: 515M-69M (já recebidos) =446M = 37M/ano.
    Que inclui:

    3 anos de Direitos televisivos 69M de 2015/16-2017/18. Já recebidos.
    10 anos de Direitos televisivos de 2018/19-2027/28.
    12 anos de canal TV 2016/17 a 2027/28.
    13 anos de camisolas 2015/16 a 2027/28.
    13 anos de publicidade estática e virtual 2015/16 a 2027/28.

    Se, como diz o pasquim, após Setembro de 2018 já anteciparam (receberam e gastaram) 205M + 74M = 280M, restam 166M até 2028, o que dá cerca de 18M por ano.

    Dá para pagar quase 1/3 dos custos de pessoal atuais.
    E é um pau!

    Já pensaram em vender os “dois juízes-conselheiros do Supremo, um procurador da República e um juiz-desembargador" que ele disse que tinha na sua lista? São capazes de valer algum dinheiro.

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