“Plantel do Benfica é curto para este nível”; Desejos de Luís Filipe Vieira custam caro a Bruno Lage; Sérgio Conceição assume culpa mas...

Os desejos de Luís Filipe Vieira na Liga dos Campeões estão a custar caro a Bruno Lage. Na prova milionária, o Benfica está a fazer uma campanha pálida e longe de convencer os adeptos.

Segundo o CM apurou, o presidente traçou como meta para a Champions a valorização e potencialização dos jovens da formação do Seixal. Além da conquista do campeonato.

Tanto Luís Filipe Vieira como o responsável financeiro Domingos Soares de Oliveira reconhecem a importância de uma presença na Liga dos Campeões.

Além do encaixe financeiro, há uma valorização dos ativos. Vieira traçou o rumo e Lage tem tentado implementar essa política, o que não tem sido fácil, como se comprova pelos resultados da equipa: apenas uma vitória e o apuramento para os ‘oitavos’ muito complicado.

O CM avança que já há vozes divergentes sobre a prometida renovação de contrato do técnico que assumiu a equipa em janeiro deste ano, sucedendo a Rui Vitória. Depois disso, sagrou-se campeão nacional.

A verdade é que a liderança no campeonato, com dois pontos de vantagem sobre o FC Porto, vai segurando Bruno Lage no cargo.

O técnico, de 43 anos, tem contrato até 2023 e Vieira já manifestou a vontade de renovar esse vínculo após a conquista da Supertaça (5-0 ao Sporting no Algarve). Mas esse desejo não é, nesta fase, consensual na SAD benfiquista.

“Plantel do Benfica é curto para este nível”. Ao quarto jogo na Liga dos Campeões, o Benfica encaixou a terceira derrota, em Lyon (3-1) e praticamente hipotecou as possibilidades de seguir para os oitavos de final, como era objetivo. Tudo porque, segundo a análise de Petit, o grupo de trabalho encarnado carece de qualidade em maior quantidade para estas andanças europeias.

“O plantel é curto para a Champions e, para a próxima época, a estrutura deve estar a pensar que tem de ir ao mercado. Estes dois anos onde se fez a aposta na prata da casa mostraram que isso não chega para um palco como é este”, afirma o jogador, que alinhou de águia ao peito de 2002 a 2008, confrontado com as declarações da véspera de Bruno Lage, dando conta da necessidade de olhar internamente e para o mercado de modo a “aumentar a competitividade”.

Pela análise de Petit, quando faltam dois jogos (em Leipzig e em casa com o Zenit), “o Benfica dificilmente passará à fase seguinte”. E a explicação é simples. “Faltam jogadores com ‘ratice’ e experiência de Liga dos Campeões”, refere, desvalorizando a próxima janela de transferências: “Numa ida ao mercado em janeiro dificilmente o Benfica encontrará esse tipo de jogador pois os que a têm já alinharam esta época nela e, por isso, não poderão ser inscritos”.

Olhando para a derrota em França, Petit considera que “o Benfica não entrou bem no jogo e o Lyon em duas chegadas à frente fez dois golos. Na primeira parte o Benfica não teve bola nem profundidade. Na segunda, com Seferovic e depois Pizzi, a equipa teve mais bola mas, mesmo assim, mostrou que é muito curta para este patamar. Notou-se falta de experiência e maturidade, o que é essencial em jogos da Liga dos Campeões”.

Sérgio assume culpa pela derrota. Sérgio Conceição arcou com a responsabilidade pela derrota do FC Porto no reduto do Rangers, por 2-0, e assumiu que a estratégia de três centrais não funcionou, mas deixou uma mensagem de esperança, com vista ao apuramento para os 16 avos de final: "Dependemos só de nós."
"Quando perdemos 2-0, a estratégia nunca é boa e o treinador é sempre o culpado. Com quatro pontos e três abaixo do primeiro, temos de ganhar os últimos dois jogos", sublinhou o técnico portista, em declarações à SIC Notícias, no final da partida do grupo G da Liga Europa.
Sérgio Conceição considera que o FC Porto entrou bem no jogo e conseguiu surpreender o Rangers, com a estratégia montada:
"Tivemos algumas situações na primeira parte, perto da grande área, que devíamos ter sido mais incisivos. Foi um jogo muito equilibrado na primeira parte, sem grandes oportunidades. Estávamos confortáveis no jogo para arriscar na segunda parte. Aconteceu a lesão do Pepe, que afetou a estratégia. Mesmo assim, tivemos situações em que tivemos oportunidade para rematar sem demorar tanto tempo. O golo galvanizou o adversário e intranquilizou a equipa e o segundo golo foi inevitável."
O treinador do FC Porto explicou que a estratégia de três centrais passavam por contrariar os pontos fortes dos escoceses.
"Pretendia que houvesse segurança no corredor central, porque os alas do Rangers jogam muito por dentro, junto do Morelos. Queria quebrar a dinâmica do adversário na largura, tendo jogadores abertos, o Telles e o Manafá, e tínhamos médios interiores para provocar infiltrações, porque percebíamos que podíamos fazer mossa", esclareceu Sérgio.