Ponderado pedido de destituição de Varandas; Contratação de um matador na agenda leonina; Há clubes disponíveis a pagar 25M€ por Fábio Silva. Dragões esperam pelos 18 anos do jogador para o 'blindar'; JJ quer voltar a Portugal

Em grande no Flamengo, onde lidera o Brasileirão folgadamente, Jorge Jesus começa a fazer planos para o futuro. E, nesta altura, o maior desejo do técnico é regressar à Europa, em particular a Portugal, por sentir necessidade de estar mais perto da sua família e amigos, escreve o Record. O português de 65 anos sente-se bem no Brasil, onde tem noção de que poderá conseguir um lugar na história, em especial se vencer a Libertadores (disputa a segunda mão das meias-finais, depois do 1-1 em casa do Grémio, na madrugada de quinta-feira).
Do lado do emblema do Rio de Janeiro, a vontade é manter Jesus. De tal forma, que já lhe foram feitas propostas para prolongar o contrato que termina em dezembro. Por enquanto, a resposta definitiva tem sido adiada, até porque o técnico ambiciona ficar mais perto de casa. Um vontade que é, aliás, do conhecimento de elementos da sua equipa técnica, que acreditam que será isso a acontecer.

Em Portugal, pelo estatuto que tem, Jesus só poderia entrar num dos três grandes. E, nesta altura, todas as portas parecem fechadas. Sérgio Conceição é intocável no FC Porto, passando-se o mesmo com Bruno Lage no Benfica. Quanto ao Sporting, o técnico não está nos planos de Frederico Varandas. Mas as coisas podem mudar até janeiro, altura em que estaria livre. Obviamente que os resultados de Benfica e FC Porto poderão ter algum peso e abrir as portas ao técnico, bem como o que suceder nos próximos tempos em Alvalade, onde existe contestação à atual direção. Jesus seria a primeira escolha de alguns dos nomes que se têm posicionado para uma possível corrida eleitoral no clube leonino. Da parte do treinador, há total abertura para regressar a casa, sendo que o salário nunca seria um entrave, até porque tem consciência de que dificilmente em Portugal poderá conseguir um salário igual ao que aufere atualmente.

Entretanto, na conferência de imprensa de análise ao Flamengo-Fluminense (2-0) serviu também para abordar a situação pessoal de Jorge Jesus. O treinador foi questionado sobre eventual saudade de Portugal: "Trabalhava nas melhores equipas, porque tenho um contrato que poucas equipas do mundo pagavam. Aconteceu a primeira vez, aconteceu a segunda vez aqui no Brasil. Não me sinto como se fosse na minha casa, mas estou extremamente satisfeito pela maneira como fui recebido. Os adeptos dão-me carinho e os resultados estão a acontecer."

Ex-candidatos, ex-dirigentes e sócios ponderam avançar com pedido de destituição de Varandas. As vaias e cânticos de que Frederico Varandas foi alvo no Pavilhão João Rocha, sábado, durante o jogo de futsal entre Sporting e Leões de Porto Salvo, foram um novo episódio de desagrado. É certo que têm sido os grupos organizados de adeptos – as claques – quem mais se tem expressado contra o atual presidente, mas, segundo apurou o nosso jornal, a sucessão de acontecimentos tem juntando e misturado os maiores opositores à atual Direção num movimento que pode mesmo terminar com pedido de destituição.
Ex-candidatos, antigos dirigentes e sócios com muitos anos de Sporting têm-se sentado à mesa para discutir o momento do clube e, escreve O Jogo, brevemente devem iniciar a indispensável recolha de assinaturas para que seja apresentada à Mesa da Assembleia Geral um requerimento tendo para uma reunião magna de carácter extraordinário.
Tal como aconteceu no processo que culminou com a saída de Bruno de Carvalho, é, segundo o artigo 51.º dos estatutos, necessário um mínimo de mil votos de sócios efetivos e em pleno gozo dos seus direitos, acompanhados pela assunção das despesas inerentes à assembleia. A acompanhar o pedido para uma AG extraordinária tem de constar, naturalmente, uma argumentação para o objetivo do encontro, neste caso a cessação de um mandato – para existir um termo de comparação, a fundamentação da assembleia que tirou Bruno da presidência tinha 23 páginas. Eis que entra o último pressuposto para que, de facto, os sócios do Sporting sejam chamados a “casa”: é o líder da Mesa, neste caso Rogério Alves, quem determina se a justificação que acompanha o pedido é suficiente para convocar uma assembleia extraordinária.
Estes encontros multiplicar-se-ão nos próximos dias e é precisamente a argumentação o ponto principal que estará na mesa para discussão.

O plantel do Sporting deverá ser reajustado em janeiro e a prioridade passa por assegurar mais um ponta-de-lança para concorrer com Luiz Phellype. Ainda faltam dois meses até à reabertura do mercado, mas os responsáveis leoninos já estão a avaliar as soluções viáveis. A possibilidade de reforçar o plantel foi admitida pelo diretor desportivo, Hugo Viana, em entrevista ao Record. "Vamos estar atentos ao mercado de janeiro e, se houver uma boa oportunidade, quer de venda ou reajustamento, iremos analisar", afirmou deixando assim a porta aberta a entradas e saídas. A contratação de mais um 9 é a maior necessidade, até porque a mesma não foi preenchida em agosto, mas se surgir a possibilidade de garantir um 6 em condições vantajosas a SAD também não hesitará. De resto, jogadores como Lucas Robertone, do Vélez, continuam referenciados.
Pedro Mendes poderá começar a ser utilizado no campeonato a partir de janeiro, se Silas entender que deve ser inscrito. O melhor marcador da Liga Revelação, por ora, só está em condições de jogar na Liga Europa, um erro que Hugo Viana assume mas atribui na génese a Marcel Keizer. O avançado terá assim possibilidade mostrar o seu valor, na certeza de que, para já, não está em agenda a sua renovação pois tem contrato até junho de 2023.

'Blindar' Fábio e afastar 'tubarões' que já querem bater os 25M€. O alvoroço que Fábio Silva tem provocado na primeira época na equipa principal tem extravasado as fronteiras portuguesas, ao ponto de despertar cada vez mais clubes para o potencial que vai revelando, e levará o FC Porto a avançar para uma nova renovação. Segundo O Jogo, a SAD azul e branca só espera que a nova pérola do clube complete 18 anos (em julho) para o prender a um contrato de longa duração - o atual termina em 2022, como impõem os regulamentos - e a uma cláusula de rescisão milionária. O objetivo é afastar emblemas como o Atlético de Madrid ou a Juventus, que têm acompanhado de perto a evolução do internacional sub-19 português e já demonstraram vontade em pagar a cláusula atual, que ronda os 25 milhões de euros. O valor é considerado elevado para um atleta com esta idade, mas espanhóis, italianos e outros preferem avançar agora, fazendo uma aposta clara no potencial, do que deixar para mais tarde, quando a quantia exigida pelos portistas poderá ser significativamente superior. No entanto, o avançado continua a preferir manter-se no clube do coração, no qual vai aprendendo diariamente na equipa principal, e só mesmo um projeto irrecusável o fará ceder às tentações de imigrar com tão tenra idade.
Boa parte da explicação para os constantes relatórios que os principais clubes europeus têm recebido de Fábio Silva reside nos recordes que este tem alcançado com apenas 17 anos. O avançado já tinha sido o mais novo a estrear-se no campeonato (Gil Vicente), numa competição europeia (Young Boys) e a ser titular (Santa Clara) pelo FC Porto e, anteontem, com o Coimbrões, juntou-lhes também o registo de jogador mais novo da história dos azuis e brancos a marcar num jogo oficial, com 17 anos e três meses. Um feito muito celebrado pelos companheiros que se encontravam no relvado e também no banco de suplentes, como Soares ou Otávio, e que teve prolongamento nas redes sociais [ver peça à parte], onde o avançado teve a possibilidade de dizer o que sentia. “Primeiro passo a caminho de um dos objetivos desta temporada. Muito feliz pelo meu primeiro golo como sénior pelo FC Porto e por voltar a entrar na história deste grande clube. Seguimos juntos”, escreveu no Instagram, recebendo mais de 28 mil gostos.
Além do recorde, o golo ao Coimbrões veio retirar um certo peso dos ombros de Fábio Silva, que há muito ambicionava com este momento. O avançado já havia sido titular com o Santa Clara, na Taça da Liga, mas sabia que o embate da Taça de Portugal se perspetivava como uma ocasião de ouro para voltar a escrever o nome do “Guiness Book” do FC Porto, uma vez que as oportunidades na equipa principal não abundam. A concorrência de Zé Luís, Marega e Soares é bastante forte e, pela forma como entrou com a equipa de Vila Nova de Gaia, até Aboubakar vai começar a reclamar por mais minutos. Descer à equipa B no futuro, como estava inicialmente planeado, de forma a ganhar experiência de jogo, não está fora de hipótese. Mas por enquanto Conceição prefere mantê-lo por perto...