As críticas à arbitragem de Jorge Jesus após a vitória do Flamengo por 2-0 no terreno do Athletico Paranaense pode valer uma suspensão pesada ao técnico português.
O treinador do mengão foi denunciado pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) por «declarações ofensivas». A ANAF garante que as palavras de JJ atingem «honra, dignidade, injúria, agravo, ultraje e afronta ao árbitro da partida.»
Em virtude, Jesus será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva por duas infrações: «ofender a arbitragem» «assumir conduta contrária à disciplina ou ética desportiva». A punição para a primeira infração vai de quatro a seis jogos, a da segunda de uma a seis partidas. Ao todo, o luso arrisca-se a falhar 12 encontros, ou seja, o que resta do campeonato brasileiro.
Flamengo e Jorge Jesus serão julgados no próximo dia 24 de outubro.
Oposição aperta cerco a Frederico Varandas e contactos intensificam-se. O endurecimento de posições ficou adiado por respeito à memória de Rui Jordão mas a derrota com o Alverca agudizou, irremediavelmente, a crise do Sporting. Frederico Varandas tem enfrentado contestação crescente de diversos setores do clube, desde os grupos organizados de adeptos (GOA) aos opositores internos, a maioria ex-candidatos à presidência. Ao mesmo tempo que o líder procura soluções para colocar travão à profunda crise do futebol profissional, e o jornal Record avança que, nos bastidores, já existem movimentações com vista a um potencial cenário eleitoral.
Seja numa perspetiva de curto prazo (provocada por demissão ou destituição, à imagem do que sucedeu com Bruno de Carvalho), seja com o pensamento no final do mandato, em 2022, a verdade é que alguns nomes bem conhecidos do universo sportinguista têm vindo a intensificar contactos, no sentido de preparar uma futura corrida à presidência.
Entre eles está o banqueiro José Maria Ricciardi, que assumiu estar "atento" ao trabalho de Varandas, para além de dar nome a uma página nas redes sociais onde promete "reerguer o Sporting". Noutro quadrante, o antigo vice-presidente do Sporting, Carlos Vieira foi figura notada na recente AG da SAD e tem sido presença frequente nos jogos do Sporting, em casa ou fora, mantendo-se próximo de Rui Caeiro ou Bruno Mascarenhas, também eles ex-dirigentes no consulado de Bruno de Carvalho.
Por sua vez, João Benedito tem optado pelo silêncio, mas já se disse ‘vigilante’ em relação à crise. O candidato que foi o preferido por mais sócios em 2018 (Varandas ganhou em votos) é uma das figuras que tem estado a desenvolver contactos. Resta ainda o antigo presidente do Comité de Governação da FIFA, Miguel Poiares Maduro, que poderá ter uma palavra importante a dizer neste contexto. Recentemente, divulgou um "apelo", subscrito por várias personalidades do Sporting, onde se manifestou "seriamente preocupado" com os recentes acontecimentos em Alvalade.
Silas quis explicar declarações perante todo o plantel do Sporting. "A primeira coisa que tiro é que não precisamos de heróis, precisamos é de construir uma equipa". A frase proferida por Silas, após o desaire com o Alverca, foi entendida como uma indireta a Bruno Fernandes, uma crítica ao excesso de protagonismo assumido pelo capitão dos leões. Segundo o Record, o treinador do Sporting fez questão de, na reunião mantida ontem, pela manhã, na Academia de Alcochete, esclarecer as suas declarações da véspera.
Silas explicou, diante de todo o plantel, bem como de Hugo Viana e Roberto Severo, que a ideia que quis passar foi precisamente a oposta: é fundamental responsabilizar todos os jogadores e não apenas um. Quer nos desaires, quer nos sucessos.
E juntou mais uma ideia ao seu esclarecimento. Não se pode esperar que seja apenas um elemento a resolver todos os problemas do grupo. As soluções têm de ser coletivas.
Uma linguagem direta, acessível aos jogadores e que pretendeu acabar, em definitivo, com os rumores da existência de um mal-estar entre treinador e capitão de equipa, devido às referidas afirmações. Uma potencial polémica que, dentro do grupo, morre à nascença. "Não há caso nenhum!", garantiu fonte oficial do clube de Alvalade.
O encontro de quinta-feira foi o primeiro, esta temporada, em que o camisola 8 começou no banco de suplentes. Uma ausência justificada com a necessidade de gerir a condição física dos elementos mais utilizados do plantel, sobretudo aqueles que na semana anterior tinham estado ao serviço das respetivas seleções. Bruno Fernandes era um deles. Saliente-se, porém, que quando percebeu que tinha de mexer na equipa, ao intervalo, para tentar alterar o rumo dos acontecimentos, Silas olhou de imediato para o capitão, fazendo-o entrar no arranque do segundo tempo.
Pior arranque só há meio século. Em 2019/20, o Sporting soma 12 jogos em cinco provas, com um registo medíocre: quatro vitórias, dois empates e seis derrotas. Ou seja, os leões registaram desaires em metade das partidas oficiais, arranque que está ao nível dos piores da história.
É preciso recuar a 2005/06, com José Peseiro, para encontrarmos algo semelhante ( seis derrotas, cinco vitórias e um empate, este último já com Paulo Bento). Em 2012/13, época do famigerado 7º lugar na Liga, os leões somaram menos derrotas (cinco), mas também menos vitórias (duas), para além de cinco empates. Pior só há meio século, em 1966/67: duas vitórias, quatro empates e as mesmas seis derrotas.
Diz-se por aí que o Sporting bateu no fundo.
ResponderEliminarNo entanto, olhando para as ditas alternativas a Varandas, bem como para a divisão entre os adeptos (croquetes, viúvas,... etc.) e creio que o fundo ainda pode ser mais fundo. Oxalá me engane.