O alvo na agenda do Sporting (quem pode sair e ficar da mesma posição); O avançado que não interessa aos leões; Dragões voltam a arrasar relvado e antijogo do Marítimo. Árbitro também na mira; Ainda a polémica AG do Benfica

Luís Nazaré, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica, não se conformou com versões colocadas a correr na opinião pública sobre alegados factos ocorridos no último Plenário dos Órgãos Sociais do Benfica, e, instado pelo jornal A Bola a pronunciar-se sobre essa matéria, colocou, na primeira pessoa e dando a cara, tudo em pratos limpos.

«É completamente falso que a Mesa da Assembleia Geral (ou eu próprio) tenha feito qualquer mea culpa sobre as ocorrências da última AG», começou por dizer.

E para não deixar dúvidas reforçou com um «bem pelo contrário», contra-atacando de seguida ao afirmar que «essa informação só pode ser fruto do desejo, e nada mais, de algum presente ou, se calhar, de alguém que nem presente esteve» no encontro.

Outro tema que Luís Nazaré decidiu desmistificar, e ao fazê-lo trouxe à luz novos factos, teve a ver com o comportamento de dois dos vice-presidentes do Benfica na aludida reunião magna. «Não houve protagonistas, nem blocos Varandas-Moniz», afirmou, indo mais longe a seguir, de forma devastadora e deixando uma acusação subjacente: «O primeiro [Varandas Fernandes] pouco disse, após ter tentado, sem sucesso, condicionar-me antes da reunião. Já José Eduardo Moniz manteve-se em absoluto silêncio durante todo o Plenário.»

A terminar, de forma enfática, Luís Nazaré limitou-se a mais uma declaração, perentória: «É a verdade dos factos.»

Lateral esquerdo na agenda leonina. A janela de transferências de janeiro continua a ser planeada em Alvalade. Um dos passos a dar pela administração da sociedade comandada por Frederico Varandas passa por encontrar uma alternativa para o corredor canhoto do sector mais recuado, avança o Record. A medida está, contudo, vinculada à alteração da situação de Marcos Acuña em Alvalade.

Para a concretização de um eventual negócio em janeiro, o Sporting está na disposição de gastar meio milhão de euros numa contratação em definitivo. Ou metade dessa verba, algo na casa de 250 mil euros, num empréstimo até ao fim da temporada. Os valores baixos indicam que os leões estarão atentos a uma oportunidade de negócio para aumentar o leque de jogadores à disposição do treinador Silas. E ao mesmo tempo acrescentar profundidade ao plantel.

Desta forma, Acuña, de 28 anos, poderá voltar a jogar com maior frequência na posição de extremo-esquerdo, afinal onde se destacou no Racing Avellaneda e convenceu o Sporting a contratá-lo em 2017, numa operação financeira a rondar 10 milhões de euros. No ataque, é bom lembrar, o internacional argentino também sobressaiu de leão ao peito. Não obstante, o responsável pelo comando técnico tem sempre a possibilidade de lançar o sul-americano mais recuado como, aliás, ocorre atualmente.

Essa é uma característica muito apreciada por Silas, não só no internacional argentino. O técnico lisboeta tem preferência por jogadores polivalentes, que permitam fazer diversas alterações táticas durante os jogos sem recurso a substituições. Com Borja e Acuña em campo, o treinador consegue mudar o sistema de três para quatro defesas com relativa facilidade. E um eventual reforço permitiria gerir esta situação com mais eficácia.

El Huevo bem referenciado. Outro ponto a ter em atenção será a possibilidade de Acuña abandonar Alvalade no início de 2020. O esquerdino está há muito referenciado por diversos clubes, pois além de se destacar no Sporting, é constantemente titular na Argentina (e recentemente até envergou a braçadeira de capitão). A visibilidade no mercado torna a continuidade de El Huevo sempre incerta a cada reabertura de mercado. Para o Sporting ponderar a venda, contudo, será necessário que algum emblema faça chegar aos responsáveis da SAD uma verba muito avultada, em tudo semelhante à apresentada pelos russos do Zenit S. Petersburgo, no inverno passado – a rondar os 20 milhões de euros.

Cristián Borja chegou a Alvalade a meio da temporada passada, em pleno mercado de inverno, e agarrou com as duas mãos a titularidade na defesa verde e branca. Contudo, esta época a situação alterou-se e o internacional colombiano só tem conseguido ser aposta inicial a espaços. Ainda assim, não está nos planos da SAD do Sporting vender o passe do defesa sul-americano na próxima janela de transferências, apurou o jornal Record junto de fonte próxima – e mesmo no fim da temporada... dependerá das propostas que surgirem. 

Nesta fase, o ex-Toluca (México) não está propriamente valorizado, visto que até tem perdido algum protagonismo desde a entrada de Silas no comando técnico. 

Em cinco partidas, ficou no banco por três vezes, embora tenha entrado sempre já no decorrer da segunda parte. Recorde-se que Borja custou, à SAD leonina, 3,1 milhões de euros por 80% do passe.

Fora dos planos leoninos. Aleksandar Prijovic foi associado ao Sporting, ontem, pela imprensa croata, mas o Record garante que o jogador não está nos planos da SAD. O avançado está descontente no Al Itihad, por ter salários em atraso, e procura alternativa. Chegou a estar perto de Alvalade no verão passado, mas foi vetado por José Peseiro.

Dragões não calam revolta. Depois de Sérgio Conceição ter feito duras críticas ao estado do relvado do estádio do Marítimo, esta manhã, através do Dragões Diário, os azuis e brancos voltaram ao 'ataque', lembrando ainda o antijogo dos insulares e a arbitragem de Jorge Sousa.

"O FC Porto perdeu dois pontos na Madeira, onde esbarrou na muralha defensiva, no relvado miserável e no antijogo do Marítimo e empatou a uma bola. (...) o estado do relvado era deplorável. Como disse Sérgio Conceição, estava encharcado, apesar de há muito não chover na Madeira. E a realização naquele mesmo estádio, 48 horas antes deste encontro, de um jogo seleção feminina de sub-17 de Portugal também não terá ajudado. Alguém na Federação Portuguesa de Futebol lá saberá porque foi escolhido...".

A arbitragem de Jorge Sousa também mereceu reparos. "Em resumo, “o árbitro não teve critério”. O escasso tempo útil de jogo também foi objeto de crítica por Sérgio Conceição, e o que se jogou durante os sete minutos e 23 segundos do já curto período de compensação confirma a razão do técnico: foram menos de três minutos com a bola a rolar", escreveram os dragões.