"Está a esconder-se a verdade aos sportinguistas"; "Não me lembro de ver o Benfica perder de uma forma tão justa"; Vieira foi ao balneário após o clássico e acredita que não há motivo para dramas

A derrota por 2-0 no Estádio da Luz frente ao rival FC Porto não deixou nem os adeptos encarnados, nem o grupo de trabalho nem os dirigentes felizes, mas, mesmo assim, Luís Filipe Vieira fez questão de ir ao balneário das águias, logo após o apito final do clássico, deixar uma mensagem de incentivo, numa tentativa de levantar o moral da equipa após um desaire claro.

Segundo O Jogo, o líder benfiquista, imediatamente depois de acabada a partida, foi dizer ao plantel do Benfica algumas palavras de tranquilidade total para o que falta disputar na presente temporada, assegurando que mantém confiança de que, apesar deste percalço no caminho, acredita que não há nenhum motivo para dramas.

Na perspetiva de Luís Filipe Vieira, e embora o desfecho do embate com o FC Porto tenha sido uma espécie de balde de água gelada no grupo, esta foi apenas uma batalha perdida numa das principais metas da temporada, que passa pela renovação do título de campeão nacional.

A prioridade agora apontada para o plantel orientado por Bruno Lage é a deslocação a Braga, agendada para o próximo domingo e com início marcado para as 21h00, num jogo em que o presidente do emblema campeão nacional espera ver uma equipa de cabeça levantada, como referiu aos jogadores e equipa técnica durante a curta conversa.

"Não me lembro de ver o Benfica perder de uma forma tão justa". José Manuel Capristano, antigo dirigente do Benfica, classifica como "estrondosa" a derrota das águias diante do FC Porto (0-2), registada no passado sábado e referente à 3.ª jornada da I Liga. Capristano acredita que Sérgio Conceição "montou uma estratégia magnífica" e que o melhor jogador das águias foi Odysseas Vlachodimos.

"Fraquíssima exibição do Benfica. Como é que é possível passar-se do 80 para o oito? Não sei explicar. Não me lembro de ver o Benfica perder de uma forma tão justa. O FC Porto ganhou muito bem e jogou muito bem. Não há elemento que não seja o guarda-redes que eu consiga destacar no Benfica. E repare, uma equipa que joga em casa e que perde 0-2 e o melhor jogador é o guarda-redes... Está definido o jogo que foi", começou por dizer o antigo dirigente do Benfica, em declarações à Renascença, prosseguindo.

"O Sérgio Conceição montou uma estratégia magnífica. Não está nada perdido, mas foi um balde de água fria para milhões de benfiquistas. A forma como o Benfica perdeu com o FC Porto é que foi... Não digo humilhante, porque não gosto da palavra. Mas foi quase. Foi uma derrota estrondosa", concluiu.

"Está a esconder-se a verdade aos sportinguistas". Concluída a terceira jornada, ocupa o Sporting a liderança da Liga, a par do Famalicão. Estatuto a que José Eduardo não atribui especial relevância, atendendo ao «momento extraordinariamente difícil» do clube e da equipa.

«A liderança na classificação não quer dizer nada, não vamos pensar em lideranças quando o Sporting atravessa um momento extraordinariamente difícil. Falo do clube e da equipa. O momento é muito difícil em todos os aspetos, financeiro, de organização, de união/desunião que existe. As pessoas responsáveis têm obrigação de dizer a verdade aos sócios e adeptos do Sporting. Não se pode, constantemente, acenar com quimeras e ilusões. Isso dá mau resultado e depois os níveis de frustração são muitos maiores. Não é de agora, é de sempre, está a esconder-se a verdade aos sportinguistas», assinalou o antigo jogador dos leões e ex-candidato à presidência, em declarações à Rádio Renascença.

José Eduardo não esconde a preocupação com a transferência de Bas Dost para o Eintracht Frankfurt, fazendo votos para que a Direção presidida por Frederico Varandas «consiga arranjar um jogador que marque os golos» que o holandês garantia ao leão.

«Penso que será muito difícil no quadro do futebol português e internacional arranjar um jogador que faça 20 golos por época, pelo menos. Desportivamente é uma má decisão. Eu fui jogador de futebol e sei que quando um jogador não se sente bem no clube, sente que tem valor e alternativas, quer sair. Quando um jogador não é bem tratado no aspeto psicológico, quando não é considerado e animado quer sair, é normal», argumentou.