FC Porto avança por destaque do campeonato sub-23. Benfica já tinha avançado também; "Qualquer um gostaria de jogar num clube da dimensão do Benfica”; Taça vale um milhão de prémio aos leões

Jhonder Cádiz pretende ver a definição sobre o seu futuro na próxima época o mais depressa possível. O avançado que jogou esta época no Vitória de Setúbal tem tudo encaminhado para poder ser jogador das águias, embora seja pouco provável que integre o plantel de Bruno Lage. Em vésperas de se juntar à sua seleção nacional, que disputará a Copa América, o atacante confessa ter ficado impressionado com os festejos das águias nos últimos dias e assume vontade de, um dia, também estar no Marquês.

“Se gostava de estar numa festa assim? Claro, qualquer jogador gostaria de jogar num clube dessa dimensão [do Benfica,] mas ainda não sei o que me espera na próxima época”, afirmou Cádiz ao jornal O Jogo, sem querer comentar mais sobre a possibilidade de se tornar jogador dos encarnados. Neste momento, perspetiva-se, como revelámos, um contrato até 2024 e um valor de transferência a rondar os três milhões de euros, estando os direitos federativos do atleta na Sanjoanense e parte do passe no Monagas, que cedeu o avançado aos sadinos. O avançado, autor de dez golos, está a aguardar que o seu empresário o informe do passo seguinte na carreira: “Quero tratar do meu futuro o mais rápido possível, vendo sempre o que será melhor para mim.”

Olhando para trás, o venezuelano mostrou-se satisfeito pelo rendimento no Bonfim, onde conseguiu projetar uma imagem positiva do seu valor. “Estou entusiasmado pela época que fiz no Vitória de Setúbal, onde consegui ajudar a equipa a atingir os seus objetivos. Deixa-me muito contente ter dado um bom contributo”, afirmou Cádiz.

Dragões avançam por Rémy. O FC Porto apresentou uma proposta a Valentin Rémy, médio-ofensivo que atuou esta temporada na equipa sub-23 do Vitória de Guimarães. O franês - internacional sub-18 - termina contrato com os minhotos, que não vão avançar com a renovação porque isso implica o pagamento de uma verba ao Montpellier pelos direitos de formação do atleta; no caso, cerca de 200 mil euros.

O jogador de 19 anos não tinha contrato profissional e por isso não podia ser utilizado na equipa B dos vitorianos, mas chegou a treinar várias vezes com o plantel principal.

Em fevereiro, segundo o jornal O Jogo, o Benfica já terá feito uma proposta pelo francês, mas as negociações não terão evoluído, o que fez o FC Porto 'entrar em campo' pelo promissor médio, uma das maiores revelações do novo campeonato nacional de sub-23.

Segundo garante o diário, os dragões já conversaram com Rémy e o seu representante, Domingos Lopes, procurando reforçar a equipa B na próxima temporada e estando dispostos, por isso, a compensar o Montpellier pela sua formação.

Refira-se ainda que, pelos regulamentos, Rémy pode assinar por qualquer emblema francês a custo zero a partir de julho, pelo que o antigo clube terá todo o interesse numa transferência para outro campeonato. 

Taça vale um milhão de prémio aos leões. A vitória na final do próximo sábado e a consequente conquista da Taça de Portugal renderão ao plantel, segundo O Jogo, um milhão de euros de prémio, que será, naturalmente, repartido por todos os atletas que fazem parte do elenco comandado por Marcel Keizer. De acordo com informações recolhidas pelo jornal, esse é o valor definido pelo corpo diretivo liderado por Frederico Varandas para premiar os atletas em caso de triunfo na prova, conquista essa que poderá ser a segunda na temporada que vai terminar no Jamor, depois de erguida que foi a Taça da Liga, em Braga, numa final disputada precisamente frente ao FC Porto, que volta a encontrar no próximo sábado.

A atribuição de um prémio monetário por parte da administração da SAD é prática habitual no mundo do futebol perante conquistas de troféus e outros objetivos classificativos, como é o caso da qualificação para a Liga dos Campeões, sendo igualmente independente dos prémios vigentes nos contratos individuais que cada atleta possui com a instituição. Fora destas contas estão a equipa técnica e o respetivo staff de apoio, que têm naturalmente direito a um incentivo, estabelecido à parte.

Refira-se que depois dos acontecimentos nefastos que antecederam a disputa da Taça de Portugal da última temporada – que o Aves venceu –, concretamente o ataque à Academia a 15 de maio de 2018, o plantel agora capitaneado por Bruno Fernandes assumiu quase como um ponto de honra a conquista do troféu que escapou na estação anterior. “Todos os jogadores portugueses têm noção do que é disputar uma final da Taça de Portugal. Cabe-nos por isso a missão de passar a mensagem a quem ainda não tem essa noção. O objetivo passa por conquistar aquilo que não conseguimos no ano passado. Vamos dar o nosso melhor”, disse anteontem Bruno Fernandes, capitão dos leões.