Com o foco na reconquista do campeonato, a SAD encarnada não deixa de ir já alinhavando o que pretende ver concretizado no final da época no que à arrumação do plantel diz respeito. Neste sentido, escreve o jornal Record, Cervi está apontado à venda no próximo verão.
Titularíssimo no arranque da época, foi mantendo o estatuto enquanto Rui Vitória esteve no comando técnico. No entanto, o internacional argentino, 24 anos, perdeu espaço com a chegada de Bruno Lage e, desde então, arrancou de início em apenas dois jogos do campeonato, a prioridade assumida das águias. Mesmo alargando o espetro para todas as competições, o camisola 11 acrescenta apenas mais um par de encontros como titular, relativos precisamente aos 16 de avos-de-final da Liga Europa, com o Galatasaray. Aí, recorde-se, Lage tem aproveitado para poupar alguns elementos mais desgastados, dando minutos a outros com menos rotação competitiva.
Ora, face à abundância de extremos no plantel – para Lage, diga-se, Pizzi tem atuado preferencialmente como falso-ala na direita – e à clara aposta na formação, nomes com Cervi e também Zivkovic – este último, na senda do que já havíamos noticiado – têm a porta de saída aberta. Afinal, Luís Filipe Vieira e seus pares não querem travar de forma alguma a ascensão de jogadores como Jota, estando ainda Willock na rota de promoção ao plantel principal na próxima época. O desejo de ‘libertar’ Cervi não significa, porém, que este esteja em saldos. Com contrato até 2023 e uma cláusula de rescisão de 80 milhões de euros, tem mercado em Inglaterra e só deixará a Luz mediante a chegada de uma oferta tentadora.
Léo Jardim, guarda-redes do Rio Ave, está na lista do Sporting para reforçar o plantel na próxima época. Segundo o Record, o brasileiro tem sido seguido pelo scouting leonino e as exibições têm agradado, razão pela qual a SAD já estabeleceu os primeiros contactos.
O negócio está ainda numa fase exploratória e não há qualquer proposta oficial na mesa. No entanto, os leões já sabem que para contratar Léo Jardim, de 23 anos, terão de despender um montante a rondar os 3 milhões, ainda que o Rio Ave não esteja na disposição de negociar o brasileiro, a menos que o negócio seja atrativo para todas as partes. O Sporting não é o único clube interessado na sua contratação e esse facto poderá inflacionar o passe, daí que haja a possibilidade de incluir jogadores no negócio, como Gelson Dala.
Léo Jardim chegou esta época ao futebol português depois de ter sido formado no Grémio de Porto Alegre, onde acabou por chegar à primeira equipa. Sem espaço, foi emprestado ao clube vila-condense, que incluiu uma cláusula de opção de compra no seu contrato – e que de resto já a acionou. O Grémio, que vendeu Marcelo Grohe ao Al Ittihad, da Arábia Saudita, pretendia que o brasileiro regressasse, mas a SAD escudou-se na cláusula de opção que constava do contrato e Léo Jardim é agora jogador do Rio Ave, ainda que o Grémio tenha parte do seu passe. Por isso, uma eventual transferência terá sempre de ter a anuência do clube brasileiro.
Até ao momento, o guardião contabiliza 31 jogos efetuados e várias exibições de qualidade; a SAD leonina, atenta à evolução do jogador, pretende antecipar-se e garantir a sua contratação.
Léo Jardim é representado pelo empresário brasileiro Rogério Braun, que já trabalha com o guarda-redes desde os tempos do Grémio de Porto Alegre. No entanto, foi estabelecida uma parceria com Deco, ex-jogador do FC Porto e agora empresário, que poderá ser peça-chave em todo o negócio. Deco, recorde-se, é igualmente o empresário de Raphinha e foi quem negociou a transferência do brasileiro para Alvalade, ainda com Bruno de Carvalho à frente dos leões. Apesar da saída deste do cargo de presidente dos leões, o antigo jogador mantém boas relações com a administração dos verdes e brancos, nomeadamente com Hugo Viana (diretor desportivo do Sporting), e poderá agilizar a operação. O ex-jogador, tal como Rogério Braun, tem sido abordado por vários clubes.
SAD do Sporting admite queixa-crime contra Bruno de Carvalho. O programa ‘Investigação CM’, da CMTV, teve acesso a documentos que mostram que a transferência de 330 mil euros do Sporting para o clube de Cabo Verde Batuque foi feita a 25 de maio de 2018, 10 dias depois do ataque à Academia de Alcochete. A verba dizia respeito ao protocolo assinado entre os dois clubes para que os leões tivessem direito de preferência sobre a compra de sete jogadores do clube africano. O Sporting nunca chegou a contar com os jogadores, nem sequer terá recebido relatórios sobre eles. Mas uma fonte conhecedora do processo disse à CMTV que o dinheiro voltou a Bruno de Carvalho. Terá sido usado um esquema para "lavar dinheiro".
Confrontado pela CMTV, o presidente do Batuque garante que os sete jogadores existem, apesar de sobre quatro deles não existir qualquer informação. Mas recusou esclarecer sobre os resultados práticos que resultaram do protocolo com o Sporting.
As dúvidas em torno do protocolo com o Batuque foram suscitadas por uma conferência de imprensa de Frederico Varandas, a 22 de fevereiro, na qual o presidente do Sporting revelou conclusões preliminares da auditoria forense. Os leões, segundo escreve o Record, deverão expor este caso concreto ao Conselho Fiscal e Disciplinar, liderado por Baltazar Pinto, no sentido de ser aberto um novo processo interno, e ponderam, também, interpor uma queixa-crime nos tribunais civis, pois entendem que existe matéria que justifica a ação judicial.
A decisão final só será tomada quando a investigação às contas do clube estiver concluída. Em causa está um pagamento de 330 mil euros ao clube cabo-verdiano, em maio. Meses antes, em janeiro, terá sido ponderada a rescisão do mesmo protocolo.
O protocolo do Sporting com o Batuque não surge mencionado em nenhum dos relatórios enviados à CMVM nos últimos anos, o que significa que não há dados contabilísticos públicos sobre o tema. O que existe, para já, são documentos privados que foram alvo de análise na auditoria forense e que permitiram à atual direção avançar com conclusões preliminares.
A parceria com o clube cabo-verdiano, ainda assim, já tinha sido publicitada pela administração de Bruno de Carvalho, ao lado de outras semelhantes, no Relatório de Sustentabilidade relativo a 2016/17 e apresentado em AG a 4 de fevereiro de 2018. O Batuque é referido na área de "protocolos de cooperação para o fomento do futebol de formação" junto a vários clubes, do Oeiras ao Caála.
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