Os dois jogadores que o Benfica ainda ofereceu ao Braga; Pinto da Costa 'ataca' Benfica; "Tenho sido alvo de ataques, especialmente de adeptos do Benfica"

O Der Spiegel publicou, esta sexta-feira, na íntegra a primeira entrevista do hacker Rui Pinto depois de ter sido condenado a prisão domiciliária pelas autoridades húngaras. Numa extensa publicação, o jovem português reiterou a vontade em ser julgado fora do país-natal.

«Estou certo de que não terei um julgamento justo em Portugal. As autoridades portuguesas não são inteiramente dependentes, há que ir contra vários interesses obscuros e escondidos.
É claro que há juízes e funcionários do Ministério Público que levam os seus trabalhos a sério, mas a máfia do futebol está em todo o lado. Querem fazer passar a mensagem de que não me devia ter metido com eles...Estou nervoso porque tenho sido alvo de ataques, especialmente de adeptos do Benfica. Desde há alguns meses que tenho recebido inúmeras ameaças de morte no Facebook e já mostrei essas mensagens às autoridades francesas. Disseram-me que as devia levar muito a sério. Tenho medo de não sair vivo se meter um pé numa prisão portuguesa.»

Jorge Nuno Pinto da Costa utilizou o espaço que lhe é destinado na Revista Dragões, vulgo 'A página do Presidente', para dirigir várias críticas ao Benfica. Em causa está a postura adotada pelo rival no fim da meia-final que opôs águias e dragões, que os últimos venceram por 3-1.

Ora, de acordo com o líder azul e branco, a final four da prova serviu para ressaltar "um regresso ao condicionamento dos árbitros" e" às tristes figuras de quem não tem dignidade de reconhecer que o adversário foi mais forte". "É claro que me refiro ao que aconteceu depois da meia-final em que o FC Porto derrotou com clareza o Benfica e que serviu para o nosso adversário voltar a um tipo de comportamento próprio de quem durante anos pôs e dispôs a seu bel-prazer de um sem número de gente que não servia o futebol, mas servia o Benfica", escreveu Pinto da Costa, que deixou ainda a garantia de que os dragões irão manter-se de olho neste tipo de comportamentos.

"O FC Porto continuará atento e vigilante, para que as competições não voltem a ter vencedores pré-anunciados. Enquanto esperamos que a justiça faça o seu trabalho, o futebol tem de ser capaz de se autorregular e de impedir que quem se diz anos à frente faça o tempo voltar dois ou três anos para trás", frisou o presidente do FC Porto.

Os dois jogadores oferecidos ao Braga. O Benfica sentiu que necessitava de injetar qualidade no seu ataque para a fase decisiva da temporada e por isso apontou as baterias nada menos do que ao artilheiro do campeonato, Dyego Sousa, que lidera a tabela dos finalizadores com 13 golos.

Todavia, como seria de esperar, o processo tornou-se bastante complicado face à renitência de António Salvador em permitir a saída de uma peça fundamental para a sua ambição desportiva sem que fosse acionada a cláusula de rescisão de 20 milhões de euros. Em cima da mesa estava uma oferta da Luz que apontava ao pagamento de 14 milhões de euros por 75% do passe. 

Todavia, ante a iminência de serem consumadas as saídas de Castillo e Ferreyra, e não havendo luz verde da SAD arsenalista, as águias fizeram chegar à Pedreira uma derradeira aproximação que visava permitir que a operação atingisse o valor global de 20 milhões de euros. A solução passou por juntar géneros aos valor monetário, completando um pacote que poderia demover Salvador. 

Assim, o Benfica prontificou-se a pagar 12,5 milhões de euros por Dyego Sousa, enviando ainda para Braga o lateral-esquerdo Yuri Ribeiro e o avançado Heriberto. O defesa encontra-se integrado no plantel das águias, enquanto o dianteiro encontra-se cedido ao Moreirense. O curioso é que são peças do espólio encarnado que encaixavam nas necessidades bracarenses, o que denota que a proposta foi meticulosamente estudada, escreve o Record.