O principal alvo de mercado do Benfica; Nuno Gomes assume ofertas particulares e que encontrava Paulo Gonçalves no estacionamento da Luz. Funções de Paulo Gonçalves desconhecidas para os líderes do Braga e Vitória SC; "Querem colocar o símbolo de arruaceiro ao Sérgio Conceição"; Coentrão sobre as declarações no final do jogo com o Sporting: “Se há clube que eu amo é o Rio Ave”. Em Portugal já não jogará em outro clube. Agradece ao Benfica e Sporting e promete acompanhar sempre os...leões

Sérgio Conceição foi expulso no final da partida frente ao Boavista, do passado domingo, e esta terça-feira foi multado pelo CD, embora não tenha sido suspenso, podendo assim estar no banco frente ao Portimonense.

Francisco J. Marques saiu em defesa do seu treinador e disse que “Conceição festejou de forma exuberante e por causa disso foi expulso".

O diretor de comunicação do FC Porto apontou o dedo a Jorge Simão, treinador do Boavista, e frisou que o técnico dos dragões não merecia o tratamento de que foi alvo.

"A perplexidade é quando se compara com o comportamento que o Jorge Simão teve desde o início do jogo, saindo várias vezes da área técnica. Chegou a ir ao meio-campo, chegou a esbracejar quando não conseguiu fazer uma substituição. Querem colocar o carimbo de arruaceiro ao Sérgio Conceição, que não o é de todo. Todos nos lembramos do regime de exceção que teve Jorge Jesus durante anos, que fazia o que queria. O Sérgio também tem a sua forma intensa de viver os jogos", disse no programa Universo Porto, do Porto Canal.

Francisco J. Marques deixou ainda críticas ao estilo de jogo do Boavista e refere que é preciso mudar mentalidades.

"Esteve sempre parado, muitas faltas sem serem sancionadas, lances que deviam ser amarelo, como aconteceu numa falta sobre Marega e Herrera. O Boavista tentou que não houvesse jogo. Nos primeiros 15 minutos jogaram-se cinco e meio. O tempo útil de jogo foram 45 minutos e 27 segundos. Esta mentalidade no futebol português tem de acabar", acrescentou.

Lateral-esquerdo para avançar. O Benfica está no mercado à procura de um lateral-esquerdo para colmatar a mais do que provável saída de Grimaldo, defesa que está debaixo de olho de vários emblemas europeus. Segundo o Record, o objetivo é que esse reforço chegue já em janeiro e, por isso, há já uma lista reduzida de possíveis nomes a atacar em breve, apesar de na Luz se pretender segurar o espanhol até ao fim da temporada. A equipa técnica pretende que este elemento chegue a curto prazo, de forma a poder prepará-lo atempadamente, já a pensar em 2019/20. 

Esta prioridade é também o resultado das dificuldades de afirmação de Yuri Ribeiro como alternativa. O jovem formado na Luz só foi utilizado duas vezes e nunca convenceu Vitória de que seria uma verdadeira alternativa a Grimaldo. 

No Seixal há esperança de que Nuno Tavares, de 19 anos, possa chegar em breve à equipa principal, mas é necessário uma opção que dê já garantias a a curto prazo. 

Nuno Gomes assume ofertas. No passado dia 26 de novembro, na última diligência antes do debate instrutório, Nuno Gomes contou que, enquanto jogador dos encarnados, “muitas vezes” deu camisolas no parque de estacionamento reservado ao plantel da equipa profissional. Última testemunha arrolada pelas águias ouvida naquele dia, após os presidentes de V. Guimarães e Sp. Braga, Júlio Mendes e António Salvador, respetivamente, Nuno Gomes adiantou ter estacionado naquele local, onde encontrava Paulo Gonçalves, não sabendo se por “direito ou cortesia”. Disse mesmo que levava amigos. “Ficavam à espera dos jogadores para tirar fotografias e pedir autógrafos.” Enquanto diretor do Caixa Futebol Campus, Nuno Gomes tinha direito a quatro bilhetes para os jogos na Luz. “Muitas vezes tinha necessidade de pedir à Ana Zagalo alguns bilhetes extra (...) Muitas vezes cheguei a comprar do meu bolso para oferecer.” Só recorria ao CEO da SAD, Domingos Soares de Oliveira, quando precisava de um lugar na tribuna presidencial, porque “não queria incomodar o presidente”.

Júlio Mendes e António Salvador marcaram presença no debate instrutório na condição de testemunhas arroladas pela Benfica SAD. O presidente do V. Guimarães garantiu conhecer Paulo Gonçalves das relações institucionais travadas com as águias mas nunca se interrogou sobre “o limite das funções”. Sublinhou também não ter conhecimento de possíveis informações privilegiadas que a SAD da águia pudesse ter tido em relação a árbitros.

Já o homólogo do Sp. Braga assumiu ter pedido, a nível pessoal em apenas uma ocasião, um convite para ver um jogo na Luz, garantindo depois, sobre Paulo Gonçalves, nunca se ter apercebido da autonomia de funções que este tinha. 

“Se há clube que eu amo é o Rio Ave”. O Rio Ave será a última paragem de Fábio Coentrão em Portugal. O vila-condense tenciona acabar a carreira no clube que o formou ou, em alternativa, jogar mais duas temporadas no estrangeiro, antes de pendurar as botas, aos 33 anos. Contactado ontem pelo nosso jornal, o internacional português sublinha o enorme respeito pelo Rio Ave e a ligação afetiva que o fez voltar no verão, abdicando para isso de uma época de contrato com o Real Madrid e, sabe de uma verba a rondar 1 milhão de euros.

“Se há clube que eu amo desde que nasci, e nunca saiu do meu coração, é o Rio Ave. As pessoas que me são próximas sabem que perdi muito, muito dinheiro para ir para o Rio Ave. Se alguém faz isto, tem de gostar do clube. Está na cara, nem tem discussão”, conclui Coentrão, em declarações ao Record recusando-se, porém, a confirmar valores.

E prosseguiu, sobre Sporting e Benfica: “Como já disse, não vou jogar em mais nenhum clube dos chamados grandes em Portugal. Disso tenho a certeza. Ou acabo no Rio Ave ou vou para fora mais dois anos. Estou muito grato ao Sporting, como estou grato também ao Benfica, por tudo o que fez por mim quando lá estive. Estou de consciência tranquila. Dei sempre tudo aquilo que tinha. Quanto ao Sporting, é e será sempre, a partir de agora, o clube que eu hei de acompanhar para o resto da minha vida”, assume. Ainda a propósito das declarações no final do Rio Ave-Sporting, quando manifestou, mais uma vez e sem surpresa, simpatia clubística pelos leões, Coentrão desfaz equívocos. “É perfeitamente normal cada um ter um clube da terra e gostar de um grande. Quando falei do Sporting, estava a referir-me a isso, nunca metendo em causa o amor que tenho pelo Rio Ave. Isso seria impossível. Aliás, não me lembro de alguém em Portugal ter feito o que eu fiz este ano, ter abdicado do que eu abdiquei para poder cumprir o sonho de voltar a jogar no clube das minhas origens.”