JJ rejeita negociar com o Benfica enquanto Rui Vitória lá estiver. Árabes fazem proposta milionária para contar com ele (10M€/ano); Herrera impõe-se e quer renovar com o FC Porto

Herrera não quer deixar o FC Porto a custo zero e o recado que deixou no final do encontro com o Lokomotiv Moscovo deve pesar na ronda negocial que está iminente entre a SAD e os seus representantes. O processo conheceu poucos avanços e muitos recuos ao longo dos últimos meses, com o facto de ter sido exigido um salário anual de 6 milhões de euros a contaminar a discussão, dado tratar-se de um valor inatingível para os azuis e brancos, que ainda estão sob o controlo apertado do fair play financeiro da UEFA.

O capitão portista deixou a renovação na mão dos seus agentes, sendo convicção da SAD azul e branca, por indícios recolhidos nas últimas semanas, de que já teria sido indicado a Herrera um destino para a próxima temporada. Ao ponto de a imprensa italiana assumir claramente que o internacional mexicano era um alvo assumido da Roma, que estaria disposta a pagar até 10 milhões de euros para se adiantar à concorrência e garantir a contratação já em janeiro. Algo que o FC Porto não admite, dado que o grande objetivo da época será sempre o bicampeonato, além de o apuramento na Champions estar perto, escreve o Record.

"O melhor era que conseguissem chegar a um acordo", disse Herrera na passada terça-feira, no que foi entendido como uma mudança de agulha decisiva por parte de um jogador muito apoiado por parte de Sérgio Conceição e dos adeptos. A SAD tem agora condições para ir um pouco mais longe na sua proposta e também espera uma atitude diferente dos agentes de Herrera. Nem que seja através de um acordo destinado, sobretudo, a garantir que a saída no fim da época tenha retorno, conclui o diário.

Jorge Jesus tem em mãos uma proposta de renovação com o Al Hilal por mais três temporadas, isto é, até final da época 2021/22. Segundo o Record, em cima da mesa do experiente técnico português, o presidente do clube árabe, Mohammad Bin Faisal, colocou uma oferta de 10 milhões de euros por cada uma das novas campanhas.

Para além disso, segundo o Record, o responsável pela sua contratação – entretanto saiu e é agora dirigente na Autoridade do Desporto saudita –, Sami Al -Jaber, tem vindo a seduzir Jesus a manter-se no país, assinalando-lhe o desejo de torná-lo selecionador nacional. E este é um cenário que agrada ao treinador, até por considerar este um novo desafio. Para já, certo é que o timoneiro do Al Hilal continua a bater recordes e já vai na 12ª vitória consecutiva. Neste momento, Jesus tem bem claro que deseja levar esta época até ao fim no comando da equipa, avaliando mais para a frente o futuro.

Luz só... sem treinador. Jorge Jesus, de 64 anos, está disponível para voltar a Portugal e motivos não lhe faltam, desde as saudades do país até às questões familiares, por exemplo. E numa altura em que tem subido de tom a contestação a Rui Vitória, o regresso do antigo técnico encarnado ganhou força, apesar de ser apontada apenas para a próxima época. E se, na Luz, Luís Filipe Vieira e seus pares não cogitam por esta altura qualquer mudança a meio da época – Vitória está ‘garantido’ pelo menos até ao fim da atual –, o jornal Record diz saber que Jesus também não pondera sequer negociar com os encarnados enquanto o atual timoneiro ali estiver.

Na prática, significa isto que o técnico do Al Hilal não quer sentar-se à mesa para estabelecer qualquer princípio de acordo enquanto o atual treinador (ou outro) esteja devidamente vinculado. Caso contrário, a abertura para negociar é total.