BdC forçou JJ para emboscada; Vieira deixa cair Salvio. Argentino estará de saída; Herrera em grande destaque em...Itália. Salvio também falado

Eduardo Salvio e Héctor Herrera terminam contrato com, respetivamente, Benfica e FC Porto em junho do próximo ano. E, sem acordo à vista para a renovação, a saída é um cenário que vai ganhando cada vez mais força.
Esta quarta-feira, ambos os sul-americanos aparecem na capa dos jornais desportivos italianos. No caso do extremo argentino, surge como forte possibilidade para o Inter de Milão, equipa do português João Mário.
O jornal Tuttosport escreve que Anthony Martial, francês orientado por José Mourinho no Manchester United, é o “sonho” do emblema nerazzurri, mas Salvio, juntamente com Federico Chiesa, da Fiorentina, são “alternativas”.
Quanto ao médio mexicano, é manchete do jornal Corriere dello Sport pelo suposto interesse, quer da AS Roma – que já no último verão levou Iván Marcano do Dragão a ‘custo zero’ – quer também do Inter de Milão.
Certo é que águias e dragões têm pouco mais de mês e meio para tentar convencer os jogadores a assinar um novo vínculo. Caso contrário, arriscam vê-los a comprometerem-se com outro clube sem qualquer contrapartida financeira.

Bruno de Carvalho forçou Jorge Jesus para emboscada. A derrota na última jornada frente ao Marítimo retirou ao Sporting o segundo lugar, de acesso à Liga dos Campeões. A equipa, insultada pelos adeptos, estava de rastos. E Jorge Jesus percebeu isso. À chegada da Madeira, nesse domingo, decidiu dar dois dias de folga aos atletas, marcando só para as 10h00 de quarta-feira o primeiro treino para preparar a Taça de Portugal. Entretanto Bruno de Carvalho reúne com o técnico e despede-o, mas obriga-o a treinar na hora marcada para o ataque de Alcochete. A emboscada, para o técnico ser envolvido também, foi assim preparada por Bruno de Carvalho, escreve o Correio da Manhã.
O jornal O Jogo também garante que a indicação dada à Juventude Leonina (Juve Leo) pelo antigo líder era para apertar igualmente com JJ.
A “união de aço” propalada pelo antigo responsável máximo pelo clube de Alvalade há muito dava de si no tocante à relação com o técnico, atingindo a rutura a 14 de maio, quando Bruno de Carvalho se avistou com Jesus após derrota em casa do Marítimo no dia anterior, que configurou o afastamento da Champions e decorrente prejuízo financeiro. Do encontro resultou uma suspensão nunca efetivada do técnico. Porém, por esta altura e com Jorge Jesus disposto a fazer valer os seus direitos, o técnico já era um homem marcado. No dia seguinte, Jesus, que até então tinha boa relação com membros da Juve Leo, foi um dos primeiros a serem agredidos na Academia, tendo pedido, em vão, ajuda a Fernando Mendes, o ex-chefe da referida claque, detido três semanas depois. De resto, as provas periciais recolhidas (mensagens de WhatsApp trocadas pelos invasores) denunciam a intenção de agredir JJ, um gesto que não foi espontâneo.
O Ministério Público quer agora ouvir Jorge Jesus na qualidade de testemunha, para melhor perceber as circunstâncias do ataque.

Nem mais um cêntimo. Luís Filipe Vieira está determinado em manter-se firme no que diz respeito ao processo de renovação de Salvio e, escreve o Record, já deu este assunto por encerrado. Ou seja, depois de ter colocado os números em cima da mesa para o internacional argentino, que termina o seu vínculo no final desta época, e visto o empresário declinar a oferta, o presidente benfiquista não irá fazer disparar mais os números, até por considerar que a proposta feita já implica esforço financeiro.
O camisola 18 pretende auferir um vencimento na casa dos 3 milhões de euros líquidos por ano, valor este considerado muito elevado na Luz. Para além disso, o empresário do jogador, Agustín Jiménez, ainda pretende encaixar uma comissão pelo processo, com valores aos quais Filipe Vieira não está sequer perto de ceder. E apesar de, no que confere aos vencimentos do extremo, o responsável máximo do emblema da Luz já ter proposto o aumento para os patamares mais elevados em exercício no plantel, a distância para o pretendido ainda é substancial. Nas conversações mantidas nos últimos dias, o dito Agustín Jiménez frisou a Vieira que a oferta é curta – o agente mantém esta postura, uma vez que tem em mãos uma choruda oferta de um clube mexicano, disposto a abrir os cordões à bolsa tanto no contrato e prémio de assinatura do jogador, como na comissão de intermediação –, mas também esclareceu que, nesta altura, ainda não quer fechar totalmente a porta.
Certo é que, depois de ter oferecido também um contrato de longa duração, Vieira não irá insistir muito neste processo, até porque já está definido que, na próxima época, Jota (polivalente extremo de 19 anos) será promovido em definitivo ao plantel principal. E perante tal cenário, o líder do emblema da Luz também não quer ‘rebentar’ tetos salariais para segurar El Toto, correndo o risco de atrasar a explosão do campeão da Europa de sub-19.
Na prática, por esta altura existe um só caminho para que Salvio, de 28 anos, renove com o Benfica: baixar as pretensões salariais. Esse é um dado que só o futuro pode ditar, até porque o argentino tem vários emblemas no seu encalço.
Recorde-se que Vieira e o referido Jiménez estiveram na última quinta-feira reunidos em Lisboa para discutir estes termos, num processo que teve a colaboração informal de Paulo Gonçalves, amigo de longa data do empresário. O advogado cessou oficialmente funções em setembro para se dedicar à sua defesa no processo E-Toupeira.
Um dos fatores que tem levado o empresário de Salvio a colocar em cima da mesa elevadas exigências salariais e também de prémio pela renovação é o facto de ter em mãos uma proposta de um clube mexicano. Mas apesar de os valores serem tentadores financeiramente, o nosso jornal sabe que o internacional argentino não está inclinado nesta altura da sua carreira a competir no principal escalão daquele país. Aos 28 anos, o extremo quer seguir na Europa e vê até com bons olhos a renovação com o Benfica. Se tal não vier a concretizar-se – termina contrato no final desta época –, aponta a seguir na Europa, e de preferência num clube que dispute a Champions.