Matheus Pereira, extremo do Sporting emprestado ao Nuremberga, admite que pediu para ser emprestado, admite que quer provar o seu potencial, elogia Luís Castro e fala sobre a publicação no Twitter que despoletou polémica.
Em entrevista à "Goal", o brasileiro dá a sua opinião sobre ainda não ter alcançado outros voos: "Vamos aprendendo todos os dias, o que falta é um treinador que me dê confiança e que me diga para fazer o que eu sei fazer. Falta-me essa liberdade".
O médio elogiou o antigo treinador no Chaves, que o permitiu mostrar-se ao melhor nível: "O Luís Castro, que é muito bom treinador, deu-me liberdade total. Quando recebo essa liberdade, mostro o meu melhor futebol. Cada treinador tem o seu estilo. Preciso aceitar e respeitar decisões, mas com a minha idade preciso ser visto como aposta, receber mais confiança. Mas estou tranquilo, vou estourar no momento certo".
Matheus Pereira explicou o motivo da saída de Alvalade este verão: "Senti que não tinha espaço no Sporting, então pedi para sair. Ser visto como promessa e depois não se aproveitado, acaba por me impulsionar a procurar outro clube, à procura de jogar".
"Não dava para ficar encostado mais um ano no Sporting. Sou jovem, quero jogar, quero evoluir. No início da carreira, foi difícil lidar com as altas expectativas, nao sabia bem o que fazer. Acho que o Sporting tem muita confiança em mim, não queriam que eu saísse, mas eu insisti", adicionou.
Questionado sobre o porquê de não ser aposta regular no Sporting, Matheus Pereira remeteu para José Peseiro: "Quem pode responder a isso é quem está no comando. Podia ter sido a minha temporada no Sporting, mas não senti o mesmo da parte deles".
O médio emprestado ao Nuremberga falou sobre a publicação no Twitter, onde publicamente se queixou de não jogar: "Criei uma pequena polémica, porque expressei-me pelo Twitter, mostrei insatisfação por não jogar, mas isso ficou no passado".
"Cada ação tem uma reação. Essa minha atitude acabou por gerar uma situação chata. Mas isso já aconteceu, está lá atrás. Acho que ainda há o que esclarecer, mas isso precisa ser no privado, não deve ser exposto", adicionou.
Apesar de estar novamente emprestado, Matheus Pereira sonha em vingar nos leões: "Tenho contrato até 2022 e é o meu sonho vingar no Sporting".
O médio recorda um elogio de Jorge Jesus e a mágoa da crítica de José Peseiro: "O Jorge Jesus, que já ganhou tudo como treinador em Portugal, chegou ao Sporting e disse o seguinte para mim: 'Tu és um grande talento e, se quiseres, vais muito longe. Essas palavras me deixaram muito feliz, foi uma conversa marcante".
"O pior foi ouvir que eu fugi, deram a entender que fugi da luta. Isso não combina comigo, não faz parte do meu perfil. Nunca fugi ou me escondi de nada. A crítica do José Peseiro marcou-me muito. Aceito totalmente as críticas construtivas, mas o que ele disse não tinha nada de construtivo", rematou.
Depois da derrota frente ao Benfica, André Pereira, avançado do FC Porto, confessa que a melhor cura seria o regresso à Luz. "O melhor remédio seria jogar outra vez com o Benfica e repetir aquela visita ao estádio da Luz, porque a revolta estava lá e o sentimento de injustiça também. Queríamos muito voltar ao Porto com os três pontos por causa dos nossos adeptos, porque não há palavras para descrever a tristeza deles. Também já fui adepto e sei o quanto sofria com estes jogos. Saber que regressavam ao Porto tristes foi um sentimento mau".
Sporting perdeu o reinado dos jovens, mas quer recuperá-lo. Durante muito tempo, o Sporting foi o pioneiro na formação de jovens jogadores e as maiores pérolas do futebol português saíam das escolas dos 'leões', como Luís Figo, Simão Sabrosa, Cristiano Ronaldo e, mais recentemente, Gelson Martins e William de Carvalho. No entanto, o panorama mudou e, neste momento, o Sporting foi ultrapassado pelos rivais.
Depois da criação da Academia de Alcochete, os 'leões' ficaram no topo do futebol de formação em Portugal, mas ao longo dos anos esse investimento foi abrandando e, em 2011, Godinho Lopes foi avisado que o desinvestimento em olheiros pelo país iria sair caro ao clube.
Por essa altura, já o futebol de formação tinha sofrido um corte de orçamento que foi de seguida canalizado para o futebol profissional, com o objetivo de tornar o Sporting campeão, algo que não chegou a acontecer. E, enquanto os 'leões' desinvestiam nos jovens, os rivais contrariavam esse padrão.
A gota de água surgiu, já este ano, com os ataques à Academia de Alcochete, não pelo ato em si, mas pelas consequências que causou: a rescisão de cinco jogadores formados no Sporting (Rui Patrício, Gelson Martins, William Carvalho, Podence e Rafael Leão).
Para piorar a situação, depois da saída dos jogadores acima mencionados, o clube optou ainda pelos empréstimos de João Palhilha, Domingos Duarte, Francisco Geraldes, Matheus Pereira, Ivanildo, Demiral e Iuri Medeiros - todos eles formados no Sporting.
Atualmente, em 29 jogadores que constituem o plantel principal de José Peseiro, apenas quatro são formados no Sporting - Luis Maximiano, Jovane Cabral, Carlos Mané e Nani -, desses quatro, apenas um tem a condição de titular (Nani).
Em anos anteriores, o Sporting era ainda o clube na frente das seleções nacionais - tanto na equipa principais como nas seleções jovens. Na temporada 2010/2011, os 'leões' tinham 47 jogadores nas seleções jovens - contra 40 do FC Porto e 34 do Benfica. Mas, ao longo destes oito anos, a situação inverteu-se e muito. Atualmente, o Benfica é o clube com mais jogadores nas Quinas.
Na temporada que decorre, as 'águias' têm 25 jogadores nas seleções jovens, enquanto o Sporting tem 21 e o FC Porto tem 13. Apesar do padrão ter invertido nos últimos anos, a verdade é que os três grandes perderam impacto nas seleções jovens e atualmente têm metade dos jogadores que tinham em 2010, a representar o país - no que diz respeito aos escalões de sub-17, sub-19, sub-20 e sub-21.
Também na seleção nacional AA é possível notar a ausência dos 'leões'. Na temporada 2010/2011, o Sporting tinha sete jogadores na equipa principal. No ano seguinte, caiu para quatro futebolistas e em 2012/2013 tinha apenas um. Atualmente, apenas um jogador dos 'leões' formado no Sporting foi chamado à seleção nacional.
Ainda durante a campanha, Frederico Varandas deixou claro que, caso fosse eleito, teria especial atenção à formação do clube e ao scouting. "Só nos aguentamos no escalão de sub-17, em termos de Seleção. O paradigma mudou. Temos de ter recrutamento, área técnica... Temos de ser mais efetivos e, para isso, precisamos de investimento", começou por priorizar o novo presidente dos 'leões'.
"Temos de dominar Lisboa, Setúbal e Braga, os distritos mais jovens, e em escalões de seis a oito anos. Temos de ir buscar os melhores, ter as melhores condições de treino, com Unidade de Performance, porque não é só entrar na Academia e sair jogador", afirmou Varandas ainda na campanha.
"Temos de remodelar por completo a formação do clube. Não se impõe gostar do Sporting, ensina-se. Perdemos muita competitividade e qualidade. Sei o que é preciso alterar, onde investir e em que pessoas. Teremos problemas para os próximos cinco/seis anos. A formação vai ser a base da equipa", garantiu.
Com um projeto delineado e com soluções em cima da mesa, Frederico Varandas tenta agora reaver o sucesso que o Sporting em tempos mostrou ter com os jovens.
Os s@pos perderam o comboio não perceberam que já não se movimentam sós - (SLB; FCP; SCB; VSC e VFC apareceram em força) - e a seu bel prazer nem se convencem que foram irremediavelmente ultrapassados, nem a puta da Academia, (donde a PUMA que lhe dava nome fugiu a sete pés !...), é deles, sobretudo, pelo Glorioso !...
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