Juve Imparável, Lusitano Brilha em Terras Castelhanas e a Liderança Bracarense

No sábado por volta das 17:00 assistimos àquele que é, tendo em conta a situação atual do futebol italiano, o confronto de maior destaque da Série A. O Nápoles visitou o Allianz Stadium numa partida que terminou com a vitória do conjunto anfitrião. Contudo, foi a equipa visitante que entrou melhor no jogo. Pressionando alto e jogando no meio-campo adversário, a turma de Carlo Ancelotti conseguiu criar diversos lances de perigo e provocar erros defensivos da Juventus nos instantes iniciais.
Através de um deslize do central Bonucci, que precipitadamente executou um passe em zona de perigo e perdeu a bola, Allan conduziu o esférico e colocou-o em Callejón, que por sua vez o entregou a Mertens. Este limitou-se a encostar o pé para fazer o primeiro golo da tarde. A partir deste momento, a Vecchia Signora controlou o encontro efetuando jogadas de ataque rápidas e recuperações de bola com facilidade. Rolava o minuto vinte e seis quando Ronaldo enganou Hysaj, cruzou para a área e viu Mandzukic cabecear para o 1-1. No início da segunda parte, testemunhámos a formação comandada por Allegri a procurar o golo que lhe daria, pela primeira vez durante o jogo, a vantagem no resultado. Hipótese que se consumou; Cristiano pega na bola, realiza uma diagonal para o meio, chuta forte e colocado, o remate embate no poste e o croata autor do primeiro tento conclui o lance, marcando o terceiro do jogo. O craque português que parecia mais inclinado para as assistências do que para os golos, voltaria a fazer um passe decisivo, desta vez com a cabeça. Canto para a equipa de Turim, CR7 desvia o esférico para Bonucci redimir-se do equívoco do primeiro tempo e, garantir os três pontos para a Juventus. Antes disto, ainda ocorreu a expulsão de Mário Rui após acumulação de cartões amarelos. O Nápoles, mesmo com dez, teve capacidade de atacar e meter à prova Szczesny. O marcador permaneceria inalterado até ao final da partida.

Esta semana existiu um português em particular evidência no nosso país vizinho. André Silva, atual melhor marcador da Liga Espanhola, bisou na surpreendente vitória do Sevilha frente ao Real Madrid e marcou o primeiro golo do conjunto Andaluz no confronto com o Eibar. Um começo de sonho para o atacante lusitano, depois da época negativa ao serviço do AC Milan que o levou a perder a titularidade no onze de Fernando Santos para Gonçalo Guedes. Gattuso, atual técnico da formação de Milão, chegou mesmo a ser questionado pelos jornalistas se foi a melhor opção deixar sair o avançado que, presentemente, brilha num dos mais importantes campeonatos do mundo. O jovem nascido em Gondomar, foi extremamente elogiado pela imprensa internacional tendo sido apontado pelo site Goal como o herdeiro de Ronaldo em terras castelhanas. Curiosamente, o ex-Porto tem números melhores na sua estreia na Liga Santander do que o compatriota cinco vezes Bola de Ouro. Todavia, penso serem exageradas estas comparações, pois (na minha opinião) é quase impossível para André Silva atingir o nível do capitão da seleção nacional. Por outro lado, creio que terá espaço e tempo para evoluir no Sevilha (que com certeza exercerá a opção de compra) e poder, mais cedo ou mais tarde, dar o salto para um clube de topo do futebol europeu.

Gostaria de não deixar de abordar, sucintamente, um pouco do que se passou nesta jornada da Liga NOS. O principal realce vai para a liderança isolada do SC Braga, algo que não se verificava desde 2009/10, época em que os guerreiros lutaram até ao final com o Benfica pelo título. Penso que o Braga enquanto equipa e estrutura progrediu nestes últimos anos, circunstância que pode contribuir para um desfecho mais risonho para os minhotos. Outra situação que pode ajudar o atual líder é o facto de não estar nas competições europeias (obviamente que estar presente nestas provas é sempre benéfico, mas a certa altura do campeonato ter menos cansaço físico pode ser vantajoso).