Benfica recebe 10M€ por avançado; Sem acordo, Rúben Ribeiro vai parar à FIFA; Varandas arruma Alvalade. Sporting está em atraso com várias contratações e deve as comissões a empresários das contratações desta e da época anterior

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, completa um mês de liderança no dia 9 de outubro e, escreve o Record, nos últimos 28 dias já muito foi feito para que o clube comece a ficar à imagem do médico, mas muito há ainda a fazer para que o Sporting recupere o equilíbrio – estrutural e financeiro – que lhe foi sonegado pelos acontecimentos mais recentes.

Desde logo, e segundo informações recolhidas pelo jornal junto de fonte próxima de todos estes dossiês, as principais preocupações de Frederico Varandas prendem-se com o futebol e tudo o que gravita à volta deste sector do clube: a estrutura está a ser alvo de uma profunda restruturação, que vai desde a base da formação até à equipa principal. Anexado a este primeiro propósito – que já está em marcha desde a tomada de posse, com a entrada em funções do team manager, Beto, e do diretor das relações internacionais, Hugo Viana –, encontra-se outra das maiores ‘dores de cabeça’ de Frederico Varandas: a vertente financeira do clube, transversal a tudo, mas com especial ênfase na equipa de futebol profissional. O presidente quer resolver o dossiê finanças com grande celeridade, de forma a poder preparar a próxima temporada sem os constrangimentos que terá de enfrentar, por exemplo, no mercado de janeiro. Entre os vários problemas encontrados e que necessitam de uma resolução rápida estão dívidas ao Racing Avellaneda (Acuña), ao V. Guimarães (Raphinha) e ao Sp. Braga (Battaglia) e um sem-número de outras dívidas relacionadas com comissões a empresários, nomeadamente nas contratações realizadas esta temporada e as várias da época transata, em que escreve o diário... nada foi ainda pago.

Apesar de todas estas contingências orçamentais – as quais poderão ser resolvidas em breve com os encaixes de Rui Patrício e Gelson Martins –, a estrutura liderada por Frederico Varandas (em sintonia com José Peseiro) já definiu as renovações prioritárias, tanto do plantel principal como na formação, mas estes processos só vão avançar depois de o Sporting e o seu presidente... arrumarem a casa. 

Rúben Ribeiro vai parar à FIFA. O Sporting vai avançar com uma queixa junto da FIFA contra Rúben Ribeiro, fruto da já oficializada transferência para o Al-Ain, segundo adianta, este sábado, o jornal O Jogo.

O médio de 31 anos, recorde-se, permanecia livre desde o último dia 13 de junho, data em que avançou para a rescisão unilateral do contrato que o ligava ao clube de Alvalade, alegando justa causa face aos incidentes registados na Academia de Alcochete.

No entanto, a SAD liderada por Frederico Varandas considera que os motivos alegados para fazer a justa causa não são válidos, pelo que irá exigir uma indemnização, quer ao jogador, quer ao próprio clube dos Emirados Árabes Unidos.

Jovic rende 10 milhões. O negócio já esteve perto de avançar na ponta final da última época, como chegou a ser noticiado na Alemanha, mas a troca de treinador no Eintracht adiou a concretização da venda de Jovic pelo Benfica ao emblema germânico. Niko Kovac saiu para treinar o Bayern, que orientou recentemente na Luz, e entrou Adi Hutter, austríaco que, escreve O Jogo, já se rendeu às qualidades do dianteiro de 20 anos e deu o aval ao acionamento da opção de compra que consta do contrato de empréstimo, assinado em junho do ano passado e que era válido por duas temporadas.

Nesse sentido, segundo o diário, os responsáveis do clube de Frankfurt estão já a estudar o melhor momento para avançar com a opção de compra, estando previsto que o mesmo aconteça antes do final da época, num negócio que permitirá ao Benfica encaixar uma verba a rondar os dez milhões de euros, e não 12 como tem sido amplamente noticiado pela Imprensa local.

O encaixe encarnado, contudo, não se ficará por aqui. Como é normal neste tipo de negócios e nos acordos recentemente firmados pelo Benfica, aos cofres da Luz poderão chegar futuramente mais alguns milhões de euros resultantes de uma futura venda, pois as águias reservaram cerca de 30 por cento da mais-valia de uma futura transferência do internacional sérvio, que foi contratado em janeiro de 2016 ao Estrela Vermelha mediante o pagamento de 6,58 milhões de euros.

Deste modo, o Benfica terá um lucro, numa primeira etapa, a rondar os 3,5 milhões de euros, que poderão ser multiplicados posteriormente, caso Jovic venha a ser vendido a outro emblema, com a lucro a crescer exponencialmente ao montante de milhões que venha a ser colocado sobre a mesa do Eintracht, curiosamente o ex-clube do encarnado Seferovic.