18 outubro 2018

A Seleção: Liga das Nações

Esta semana tivemos a oportunidade de assistir a dois jogos da seleção nacional, ainda que ambos não tivessem o mesmo grau de importância. O primeiro, realizado no Stadion Śląski, colocou o nosso país num confronto com a Polónia, que à data, se encontrava em igualdade pontual com a Itália e a 2 pontos da formação lusitana (embora nem todas as equipas possuíssem igual número de partidas efetuadas). O segundo, (de caráter amigável), teve lugar três dias depois diante da Escócia, um conjunto bem mais acessível. Dois encontros, dois onzes quase 100% diferentes, com a exceção de Rúben Dias que assumiu a titularidade tanto na quinta-feira, como no domingo.
No confronto com a turma de Jerzy Brzęczek, o principal destaque na equipa orientada por Fernando Santos foi a inclusão de Rafa no onze inicial que passou, assim, de não convocado a titular na Liga das Nações (o jogador do Benfica tinha sido chamado para substituir Gonçalo Guedes nos 25 eleitos). Dava-se o princípio da partida e as coisas não começavam da melhor forma para Portugal; canto batido por Kurzawa e o promissor avançado Piatek aproveitando algo semelhante a um desentendimento entre Rui Patrício e a defesa da seleção das quinas, cabeceia para o 1-0. A equipa visitante não se retraiu, assumiu o jogo, demonstrando bastante qualidade na ligação entre a defesa e o ataque, e chegou com naturalidade ao seu primeiro tento: Bernardo Silva conduz a bola, deixa-a em João Cancelo que executa um passe para a desmarcação de Pizzi pelo lado direito, o médio do Benfica cruza para André Silva, que se limita a encostar o esférico para repor o equilíbrio no marcador. Os ataques continuavam a pender mais para o lado português e o terceiro da noite acabaria por se concretizar através de um passe fenomenal de Rúben Neves, (um dos melhores em campo, o maestro do meio campo português, cuja missão foi a de fazer circular jogo). Esta entrega de bola foi na direção de Rafa que, por sua vez, tirou o guarda-redes do caminho, mas foi Kamil Glik, que numa tentativa de cortar a bola, inseriu-a dentro da própria baliza. Ao minuto 52 presenciámos uma jogada simplesmente fantástica. Numa transição rápida, William Carvalho põe a bola em Bernardo Silva que, com toda a sua magia, conduz o esférico para o meio e remata colocado para o 1-3. Mil e quinhentos segundos mais tarde, Błaszczykowski beneficia de um ressalto reduzindo, desta forma, a desvantagem para a margem mínima. Não se registariam quaisquer alterações no resultado até ao final.

No encontro com a Escócia pudemos testemunhar a variedade de opções que a seleção nacional dispõe, ainda mais se tivermos em conta o facto de que alguns jogadores que podem ser importantes não têm sido convocados. Apesar de ser notória alguma falta de fluidez nos ataques da turma do ex-selecionador grego (algo normal dadas as 10 alterações executadas na equipa) a capacidade individual dos jogadores vestidos de vermelho foi suficiente para derrotar uma facilmente alcançável seleção escocesa. Realce para Hélder Costa, que marcou na sua estreia; Éder que regressou, foi um dos melhores em campo, evidenciando qualidade a jogar de costas para a baliza e marcou o segundo tento lusitano; Bruma, que marcou numa bela jogada individual; Gedson Fernandes que fez um passe excelente que resultou numa assistência para o extremo do Leipzig; e Kevin Rodrigues que mostrou capacidade ofensiva assinalável.

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