Toupeira no IPDJ pesquisa material sobre as claques do Benfica; Benfica segue 'pérola' do Fenerbahçe; Os jogadores com os dias contados em Alvalade; Militão e Felipe estrearam-se pelo Brasil. Battaglia titular na Argentina. Cervi e Acuña também jogaram

Depois de bater os Estados Unidos por 2-0, a seleção brasileira somou novo triunfo, desta feita no encontro particular com El Salvador, que venceu por esclarecedores 5-0.

Tal como havia sido anunciado por Tite na véspera, Éder Militão, defesa contratado pelo FC Porto ao São Paulo este verão, foi titular, tendo disputado os 90 minutos do encontro realizado no FedExField, nos Estados Unidos.

O também dragão Felipe também teve oportunidade de somar a sua primeira internacionalização pela canarinha.
O central começou a partida no banco, mas entrou para o lugar de Dedé no arranque da segunda parte.

Já Rodrigo Battaglia somou, nesta madrugada, a sua primeira internacionalização pela seleção argentina, no empate a ‘zeros’ com a Colômbia. Franco Cervi e Acuña foram suplentes utilizados.

Janeiro aguarda várias mudanças em Alvalade. A nova direção encabeçada por Frederico Varandas, que tomou posse no último domingo, já começou a pensar qual vai ser a composição do plantel nos próximos tempos e, por isso, o mercado de transferências de janeiro poderá acarretar várias alterações no plantel às ordens de José Peseiro. Começando pela baliza, é crível que pelo menos um guarda-redes, dos quatro disponíveis, possa sair. Emiliano Viviano foi reforço ainda com Bruno de Carvalho na condição de presidente e ainda aguarda a estreia. Uma proposta considerada como razoável poderá levar à saída do italiana de Alvalade. Bruno César é outro jogador que não deverá passar de janeiro. O médio brasileiro também procura a estreia e pode conhecer um clube diferente desde janeiro de 2016, altura em que chegou a Alvalade. Luc Castaignos finda contrato, tal como Fredy Montero, sendo dois jogadores que a SAD verde e branca quererá rentabilizar assim que possível.

Com a possibilidade de vir a entrar também um lateral-esquerdo, posição que acabou por não ser reforçada no último defeso, entre Jefferson ou Lumor, um deles será preterido, uma situação que com o meio-campo também se depara. Radosav Petrovic e Josep Misic são cartas ‘descartáveis’, caso o miolo seja reforçado. 

O Benfica segue de perto Elif Elmas, polivalente médio do Fenerbahçe, que até foi titular nos dois encontros da 3.ª pré-eliminatória da Champions contra as águias. De acordo com a imprensa turca, os encarnados tiveram um 'olheiro' – tal como o Manchester City – no jogo da seleção de Elmas (Macedónia) com a Arménia, para a Liga das Nações.

O jogador de 18 anos entrou na lista de observação há mais de um ano, quando atuava pelos macedónios do Rabotnicki e já brilhava pelos sub-21, antes de fazer história ao estrear-se pelos AA com 17 anos.

Toupeira no IPDJ. Não foi só no CITIUS que, com credenciais alheias ou pelo menos através de computadores de terceiros, foram obtidas informações relativas a processos envolvendo o Benfica. O jornal Record escreve que em maio de 2017, no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), também uma ‘toupeira’ procurou material relacionado com o clube da Luz, mais concretamente com as suas claques. Quem e com que intuito são dúvidas que não se desfizeram apesar da investigação das autoridades, acabando o caso por ser arquivado em janeiro de 2018.

Voltemos ao início, ao dia 8 de maio de 2017, uma segunda-feira. Lídia Praça, vogal do Conselho Diretivo do IPDJ – exonerada recentemente –, chega de manhã ao seu gabinete e constata que o respetivo computador está ligado. Ainda equaciona a possibilidade de se ter esquecido de o desligar (ou bloquear) na sexta-feira, antes das folgas do fim de semana. Mas, de imediato, descarta a ideia. O PC mostra uma busca que, com toda a certeza, sabe não ter feito. Alguém utilizara o seu computador para consultar, através do email geral do IPDJ, pastas relacionadas com as claques do Benfica.

Os serviços informáticos são chamados mas não conseguem explicar o sucedido. Lídia Praça – que comunicou a situação em reunião do Conselho Diretivo –opta, de seguida, por fazer uma denúncia ao diretor da Unidade de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária. A mesma, assinada por Augusto Baganha, diretor do organismo na altura – também ele afastado de funções nos últimos dias – segue por email a 18 de maio.

Já este ano, a 8 de janeiro, o Ministério Público profere o despacho de arquivamento. Ainda assim, nele consta que tudo aponta no sentido de ter existido um crime de acesso ilegítimo. O documento diz mesmo que, "com elevado grau de certeza", após análise ao disco rígido, o acesso ao computador terá sido "presencial". Dito de outra forma, as autoridades acreditam na existência de uma ‘toupeira’ no IPDJ. Pura e simplesmente, não conseguiram reunir material suficiente para chegar à sua identificação. Mas, com o caso E-Toupeira (onde se sabe terem sido consultados casos envolvendo o IPDJ) na ordem do dia, não é de excluir que o sucedido a 8 de maio de 2017 mereça um novo olhar por parte das autoridades.

Contactada pelo Record, Lídia Praça não se quis alongar em comentários a este caso, mas confirmou o essencial. "Houve um acesso indevido ao computador pessoal que estava no meu gabinete, é verdade. Não fiz aquela busca, de todo. Por isso tentei esclarecer o assunto. Informei o Conselho Diretivo e avancei, com o seu conhecimento, para uma denúncia às autoridades que, mais tarde, arquivaram o processo", esclarece.

Mas, meses volvidos, depois de ter conhecimento de outros acessos indevidos, no caso ao sistema CITIUS, Lídia Praça equaciona se não existirá algum relacionamento. "Não sei, mas talvez pretenda mais esclarecimentos. Não sei o que se passou em maio de 2017, com que credenciais estava o meu computador ligado, se houve entradas indevidas no gabinete no fim de semana... Lembro-me até que nesse dia 8 de maio houve um estranho apagão no IPDJ. Durante um longo período da tarde ficámos sem energia", diz.

Coincidências? Se sim... são muitas. E pelo meio ainda houve a sua exoneração do IPDJ, num processo também ele complexo.