Paulo Gonçalves ainda trabalha na SAD do Benfica. Trata do recurso do caso Bilal; Rúben Ribeiro 'acusa' Sporting culpa o Sporting por estar sem jogar. Não esperava o regresso dos jogadores. Varandas pediu 5M€ para...negociar a sua saída; “Benfica-FC Porto à porta fechada? Não acredito no Pai Natal” - Pinto da Costa;

O presidente do FC Porto comentou pela primeira vez o caso relacionado com a interdição do Estádio da Luz por um jogo, que até poderá ser o próximo clássico com os dragões, marcado para 7 de outubro, caso a providência cautelar apresentada pelo clube lisboeta no Tribunal Arbitral do Desporto não reverta a decisão tomada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que confirmou a punição aplicada inicialmente pelo IPDJ na sequência do processo relativo à ilegalidade das claques benfiquistas.
“O Benfica jogar à porta fechada com o FC Porto? Não, isso não é possível. Num jogo com outra equipa qualquer, que não seja um dos grandes rivais, ainda acho possível, mas com o FC Porto é impossível. Se eu acreditasse nisso, mais depressa acreditava no Pai Natal. Se eu não acredito no Pai Natal, como é que vou acreditar nisso?”, disse Pinto da Costa ao JN, reforçando a convicção sobre o assunto: “Se me diz que o Benfica, um dia qualquer, vai jogar com o FC Porto ou com o Sporting à porta fechada, pelo menos enquanto se souber as coisas que se vão sabendo, aposto um contra mil como não acontecerá”.
Sobre o clássico propriamente dito, o dirigente portista disse acreditar numa vitória dos dragões, a exemplo do que aconteceu na época passada, pois “o FC Porto pode vencer qualquer adversário, em qualquer campo, e a Luz não é exceção”, mas acrescentou que a prioridade da equipa azul e branca tem de ser o jogo de amanhã em casa com o Tondela (20.30 horas), que, a nível de campeonato, antecede a deslocação à Luz.
“O próximo jogo é com o Tondela e é mesmo no dia em que o FC Porto comemora 125 anos. É um jogo importante, diante de uma excelente equipa. O Tondela já ganhou no Dragão [na temporada 2015/16]. Na época passada, venceu na Luz. Não estamos a pensar no Benfica porque o mais importante é mesmo ganhar ao Tondela”, referiu Pinto da Costa.
Em relação ao que já está jogado no campeonato, o líder azul e branco sublinhou que “ainda é muito cedo” para tirar conclusões: “Tenho visto o campeonato como ele está a ser. O FC Porto está a um ponto dos dois primeiros classificados. Ainda estamos no início, no aquecimento”.

"Nunca imaginei que os jogadores que rescindiram voltassem". A crise vivida no Sporting na parte final da última temporada conheceu vários capítulos, um dos quais a rescisão unilateral de vários jogadores que preferiram abandonar o clube, na sequência dos acontecimentos vividos na Academia de Alcochete.

Um desses jogadores foi Rúben Ribeiro que quebrou o silêncio, três meses depois de viver esse momento de angústia, numa entrevista concedida ao jornal Record.

"Não olhei aos outros. As minhas ações são responsabilidade minha, não tomo partido de ninguém. Ouvi a minha mulher e os meus filhos, foi o que mais pesou". Rúben Ribeiro sublinhou que nunca quis prejudicar o Sporting. 

"Sim, queria uma saída limpa, porque, como já disse, o Sporting deu-me todas as condições a mim e à minha família. Além disso, deu-me o prazer de ter vestido aquela camisola. O meu objetivo foi sempre o de jogar no Sporting. Mesmo tendo possibilidades de jogar noutros grandes clubes, a minha escolha foi sempre o Sporting, daí que jamais tenha pensado em prejudicar o clube. A minha decisão nada teve a ver com questões financeiras, porque se fosse isso o mais importante, não teria ido para o Sporting, teria feito outras opções".
"Nada fiz de errado para estar nesta situação. Estou sem clube, não por minha culpa, mas mais por culpa do Sporting, porque tinha todas as condições para estar a jogar e a fazer o que mais gosto. O Sporting conseguiu sempre barrar a minha saída e o meu regresso, porque houve colegas meus que voltaram, eu fui dos poucos que não foi convidado a voltar depois das reuniões que tivemos. Neste momento estou à espera de que seja reconhecida a justa causa para depois voltar a fazer o que mais gosto."

"Sinto-me triste, porque o Sporting poderia ter resolvido a situação da melhor forma, não queria dinheiro, não queria nada, só queria que resolvessem a minha situação, que não me prejudicassem conforme também não os prejudiquei a eles", acrescentou explicando de seguida o processo.

"Tínhamos uma proposta concreta superior àquilo que o Sporting pagou ao Rio Ave, que foram 400 mil euros, e poderia chegar a valores superiores com a inclusão de objetivos, por exemplo se o Nantes chegasse à Liga Europa poderia passar os 500 mil euros. Fui a Alvalade com o mandatário do Nantes para ter uma reunião com o presidente Sousa Cintra para apresentar as condições. Primeiro era para se fazer o negócio, passado um tempo pediram outro valor, que era um milhão de euros, e passado mais um tempo pediram outro, que era cerca de dois milhões. Andámos nisso mais ou menos um mês e meio. O presidente do Nantes ligou várias vezes a Sousa Cintra para tentar resolver da melhor forma e o presidente Sousa Cintra se atendeu uma vez ou duas foi o máximo. Sousa Cintra tinha chegado há pouco tempo e não estava a par da situação toda e do outro lado estamos a falar de uma pessoa muito diferente, um milionário, que apesar disso ligou sistematicamente a Sousa Cintra, que não tinha interesse em responder. Penso que o Sporting nunca tentou resolver o caso da melhor forma", explicou.

"Sobre a reunião com Varandas? Disse que não tinha nada contra mim, tinha trabalhado comigo, até me estava a tratar por menino, gostava muito de mim, mas nada podia fazer porque antes era médico e naquela posição era presidente do Sporting. Não ficou nada resolvido. Fomos lá para tentar resolver a situação da melhor forma e o que ele nos disse é que só sairia por uma proposta de cinco milhões e mesmo assim iria pensar".

O antigo jogador dos leões revelou ainda que ficou surpreendido com os regressos de Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia. "Não fazia a menor ideia, sinceramente, nunca me passou pela cabeça que regressassem. Não imaginei que voltassem ao clube".

Paulo Gonçalves trata do recurso do caso Bilal. O Benfica anunciou anteontem reforços para a assessoria jurídica no âmbito dos processos judiciais em que as águias estão envolvidas, mas é ainda o agora ex-assessor jurídico que patrocina alguns casos, como o mais recente, conhecido ontem, a envolver a FIFA e o ex-jogador encarnado Bilal Ould-Chikh, agora com 21 anos e que fez apenas 13 jogos pela equipa B.
Ainda ontem, Paulo Gonçalves passou a tarde nas instalações da SAD, na Luz, em reunião com Célia Falé, a advogada que trabalha há vários anos no clube e que assume no imediato as funções que eram da responsabilidade do ex-assessor jurídico cujo pedido de demissão foi aceite pelos dirigentes encarnados no passado dia 17, na sequência da acusação deduzida ao próprio e à SAD no processo e-Toupeira.
Pelo conhecimento sobre o caso e estratégia seguida, Paulo Gonçalves passou a pasta e traçou caminhos a seguir sobre o despedimento do extremo Bilal Ould-Chikh, após a FIFA ter negado a invocação da justa causa no despedimento. Na sequência da decisão da Câmara de Resolução de Disputas, o Benfica vê-se na contingência de pagar ao jogador 3,5 milhões de euros, verba que corresponde ao remanescente do contrato rescindido em março de 2017 e que vigorava até junho de 2020.