No sábado, também ficámos saber que o 43º Presidente do Sporting Clube de Portugal é Frederico Varandas. Acredito que neste momento, tal como maioria das pessoas, as suas principais tarefas serão unir o clube e, como os sportinguistas esperam há dezasseis anos, ganhar o campeonato nacional. Objetivo que se alcançado, lhe valeria muitos apoiantes em eleições futuras, porque seria dos últimos 5 presidentes o único que conseguiria tal feito. Também não deixa de ser curioso que o homem que tem como missão unificar o universo leonino não tenha sido o candidato votado por mais sócios (teve cerca de menos mil sócios do que João Benedito a votar na sua lista), mas sim o candidato com mais votos.
Também gostaria de comentar sobre os finalistas aos prémios The Best entregues pela FIFA. A grande novidade, foi sem margem para dúvidas, a ausência de Lionel Messi dos três finalistas algo que não se verificava desde 2006. Os candidatos acabaram por ser os mesmos ao prémio de melhor jogador do ano da UEFA, ganho por Luka Modric. Creio que neste momento existe uma grande necessidade (de algumas fações do mundo do futebol) em acabar com o reinado Ronaldo/Messi, que perdura há já dez anos. Com todo o respeito por Mohamed Salah e Luka Modric, que realizaram épocas sensacionais, penso que o craque português deve vencer o prémio de melhor do mundo no dia 24 deste mês. Conduziu o Real a um histórico tricampeonato europeu, sendo pela sexta vez consecutiva o melhor marcador da prova, foi um dos segundos melhores marcadores do Mundial 2018, terminando com uma média de um golo por jogo. Fundamental na conquista do mundial de clubes, terminou também a temporada 2017/18 como o melhor marcador por clubes e seleções. Nas nomeações para melhor guarda-redes, a FIFA privilegiou o desempenho no campeonato do mundo da Rússia, visto que tanto Courtois (o melhor na sua posição do torneio), como Lloris e Schmeichel se destacaram sobretudo nesta competição deixando de fora possíveis candidatos, como Keylor Navas e Jan Oblak.
Por último gostaria também de escrever sobre a seleção nacional que defrontou na sexta-feira a vice-campeã do mundo e três dias depois a Itália. Numa convocatória sem Ronaldo e com várias ausências de peso, Fernando Santos optou por chamar jogadores que não costumam ser opções regulares (casos de Bruma, Rony Lopes e Renato Sanches, entre outros) e promover algumas estreias, como Cláudio Ramos, Gedson Fernandes, Pedro Mendes e Sérgio Oliveira. No jogo frente à Croácia num 4-3-3 clássico, Portugal mostrou bons indicadores, tanto coletivos como individuais e não seria de estranhar se a vitória tivesse pendido para o lado português. No primeiro jogo de Portugal na Liga das Nações, frente a Itália (a primeira vitória da seleção das quinas num jogo oficial sobre esta congénere desde 1957) o selecionador nacional optou pelo mesmo onze, tendo a vitória sido justa. Portugal apresentou grande solidez defensiva, com João Cancelo a provar que está no caminho certo para se tornar num dos melhores laterais do mundo, mostrando-se mais evoluído no capítulo defensivo, ele que é, por natureza um extremo a atacar. No meio campo a surpresa (também no jogo com a Croácia) foi William Carvalho que mostrou bastante qualidade em terrenos mais adiantados. Com a sua capacidade física conseguiu por várias vezes conduzir a bola por largos metros sendo o lance do golo lusitano nascido a partir do jogador do Bétis e Bruma. O extremo do Leipzig, tal como no jogo anterior, mostrou irreverência e vontade de ter sempre a bola no pé, mas nem sempre definiu da melhor maneira, apesar de ter feito a assistência para o golo de André Silva. Quem parece condenado a assumir o papel de principal arma da seleção na ausência de Ronaldo e numa eventual era Pós Cristiano é Bernardo Silva. Um jogador com classe, taticamente e tecnicamente evoluidíssimo, é alguém que se nota que está acima de todos os outros.
O cerco aperta-se às Toupeiras.
ResponderEliminarModric fez uma grande época mas não merecia o prémio
Parabéns pelo ótimo tópico muitíssimo bem estruturado e fundamentado
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