Sponsors do Benfica atentos ao caso E-Toupeira. “Condenação afastará empresas”; Benfica pode regressar ao mercado se entrar na champions; Viviano fica em Alvalade mesmo sem ser opção. “Está muito feliz”, garante o empresário; Fábio Coentrão pode chegar a Alvalade depois do fecho do mercado

O mercado está quase a finalizar, mas o Benfica pode voltar à carga por uma nova contratação, uma vez que os responsáveis do clube admitem tentar mais um reforço para o eixo atacante. O perfil é conhecido: um dianteiro com mobilidade, que possa também ser utilizado nos corredores laterais, adaptando-se assim ao modelo táctico atualmente utilizado, o 4-3-3, mas também à possível incursão ao 4-4-2.

Segundo o jornal O Jogo, a negociação depende do apuramento para a Liga dos Campeõe...

Fábio Coentrão está na calha para ser leão, mas para que tal aconteça é preciso que o lateral-esquerdo acerte a rescisão do seu contrato com o Real Madrid. Essa esta presa por um milhão de euros, mas a partir do momento que seja um jogador livre, pode assinar vínculo com a SAD - e ser inscrito - mesmo após o encerramento da janela de mercado.

Emiliano Viviano não tem espaço no plantel de José Peseiro e, por isso mesmo, é um dos jogadores que está na porta de saída de Alvalade. No entanto, o cenário não é assim tão simples e, esta quarta-feira, o empresário garantiu que o guarda-redes ficaria no Sporting.

"O Viviano está contente no Sporting e vai ficar. Está muito feliz. Está a gostar desta nova aventura e de Lisboa. Por que haveria de querer sair?", disse Claudio Vigorelli, em declarações ao jornal A Bola.

Relativamente às notícias que dão conta da falta de empenho do guardião, o seu empresário foi direto: "Como pode ser? Estamos a falar de um jogador experiente, internacional italiano, com mais de 200 jogos pela Serie A, mais de 300 jogos na carreira. Ele empenha-se."

"O que se passou é que houve uma lesão na primeira jornada, em que ele ia ser titular, e agora é o treinador que decide quem joga."

Viviano, que chegou à baliza do Sporting esta temporada, ainda foi uma contratação de Bruno de Carvalho.

Os patrocinadores do Benfica estão atentos ao desenrolar dos acontecimentos, no que diz respeito ao facto de a SAD encarnada ter sido constituída arguida no âmbito do processo E-Toupeira. O Record tentou contactar os principais ‘sponsors’ dos encarnados, mas obteve apenas resposta por parte de três: Adidas, Sagres e CocaCola. E ambos optaram por não comentar o caso publicamente, ainda que estejam a acompanhar a situação atentamente. Refira-se que o nosso jornal não obteve qualquer resposta por parte de NOS e Emirates.

De resto, esta tem sido a posição dos principais patrocinadores do Benfica desde que o nome do clube começou a ser ligado a vários casos de Justiça, tendo o E-Toupeira sido o mais recente a ser tornado público. Recorde-se que este caso não é do âmbito desportivo, mas sim civil, o que não implicará sanções desportivas. Os encarnados, recorde-se, reagiram logo na segunda-feira, depois de a Procuradoria Geral da República ter tornado público o facto de a sociedade benfiquista, liderada por Luís Filipe Vieira, ter sido constituída arguida no processo E-Toupeira. Este caso diz respeito a uma investigação sobre um alegado espião que estaria a passar informações à SAD do Benfica sobre processos judiciais envolvendo a mesma.

“Investidores estão em posição expectante”. A constituição da SAD do Benfica como arguida no caso E-Toupeira está a agitar o universo benfiquista, mas no que ao impacto que tal terá na marca diz respeito, os responsáveis do clube da Luz não deverão estar preocupados, pelo menos para já. De acordo com Pedro Dionísio, diretor da Pós-Graduação em Gestão e Marketing do Desporto do INDEG-ISCTE, problemas de maior apenas virão caso seja provado que o Benfica é culpado. “Estas situações não são boas para nenhuma instituição ou marca. Mas ser arguido não significa que existe uma condenação e dado o elevado número de processos, nesta área, com arguidos em Portugal entrou-se em alguma ‘banalização’, o que, aliado à demora da Justiça, faz com que investidores e patrocinadores possam ficar numa posição expectante sobre o desenrolar dos acontecimentos”, perspetivou o especialista, explicando, posteriormente, que “se houver condenação é natural que exista afastamento de empresas”.

De qualquer forma, Pedro Dionísio considera que os responsáveis benfiquistas deverão colaborar com as instituições para que tudo se esclareça rapidamente. “Neste momento, a posição que deve ser tomada é de colaboração com a Justiça e procurar que os processos sejam mais céleres, porque o ambiente de suspeição não é favorável, sobretudo para atrair novas empresas, o que é lamentável, dado o sucesso do futebol português a nível internacional com expoente máximo na vitória no Euro’2016 e o grande interesse e paixão que desperta junto dos consumidores”, concluiu.