Agente de Viviano explode com críticas. Lembra que os leões ainda nem pagaram pelo guardião; Benfica aponta a Enzo Pérez. Gabriel está num impasse e Siliki é inegociável. "Nem com jogadores incluídos, nem com dinheiro nenhum"; O problema de Jonas e o futuro que será resolvido na próxima semana

Findos os testes de pré-temporada, os factos deixam bem claro um cenário que tem motivado interrogações: Jonas passou de grande figura da equipa a ser a última opção a lançar no ataque. Sem mais balões de ensaio pela frente, segue-se o primeiro jogo ‘a doer’, contra o Fenerbahçe – na próxima terça-feira, a Luz acolhe a primeira mão da 3ª pré-eliminatória da Champions –, e o camisola 10 está por esta altura atrás de Castillo e Ferreyra, reforços de verão.
Mas, afinal, o que se passa com o internacional brasileiro? Segundo o Record, os problemas na zona lombar, ‘herdados’ da última época, têm atrasado a curva ascendente de forma física, que os atletas trabalham nesta fase.

Na verdade, o Pistolas não integra o boletim clínico e está apto a competir. Mas nem por isso os encarnados deixam de gerir a forma física de Jonas com pinças. O jogador vai sempre cumprindo trabalho específico para manter o problema controlado e é isso que tem acontecido, tanto que tem sido utilizado. No entanto, estes cuidados também atrasam a ascensão de forma e, conhecendo naturalmente a situação, Rui Vitória também não quer ‘forçar’ o artilheiro. Nos três jogos da International Champions Cup (Borussia Dortmund, Juventus e Lyon), Jonas foi sempre o último avançado a receber ordem de entrada. Para além disso, é, dos três, aquele que soma menos minutos e o único que fechou a fase de preparação sem ter faturado, não entrando nestas contas o jogo à porta fechada com o Swindon Town.

Tendo esta gestão por base, Vitória tem preferido rotinar ao máximo os reforços Castillo e Ferreyra, de forma a entrosá-los naquilo que deseja ver aplicado em 2018/19. Afinal, com Jonas essa questão não existe, pois o melhor marcador da última edição da Liga já conhece as ideias.

Jonas quer renovar contrato – é válido até 2019 – mas, no máximo, a SAD aponta a dar mais um ano de vínculo ao goleador, que também joga com o interesse de clubes brasileiros (o Santos confirmou) e árabes para esticar a exigência salarial na Luz. O camisa 10 quer subir para a casa dos 2 milhões de euros líquidos. Vieira tem apontado a saída nesta janela só mediante os 20 milhões de euros da cláusula de rescisão, mas tudo será definido aquando da chegada do irmão e agente do jogador, Tiago Gonçalves, a Lisboa. As reuniões com o presidente benfiquista estão agendadas para a próxima semana.

Enzo está nos planos. Os responsáveis encarnados continuam no terreno em busca de um reforço para o meio-campo e depois das negociações por Gabriel, do Leganés, e da abordagem ao Rennes por Siliki, situações que não avançaram, foi agora feita uma aproximação, apurou O Jogo, ao argentino Enzo Pérez, que alinhou de águia ao peito entre 2011 e 2014.

Perante o impasse na contratação do luso-brasileiro Gabriel, com o Leganés a não abdicar de 12 milhões de euros pelo médio de 24 anos, os encarnados perguntaram por Siliki, francês de 22 anos do Rennes, mas também este processo não avançou. Aliás, ao diário, o líder do clube gaulês deixou bem claro qual é a sua intenção. “O Benfica não falou connosco diretamente, mas sim através de um intermediário. A nossa resposta foi clara, não vai sair do Rennes, pode escrever o que lhe digo, está completamente fora dos nossos planos vender este jogador”, assegurou Olivier Letang. “Nem com jogadores incluídos, nem com dinheiro nenhum. Fica no Rennes”, acrescentou ainda.

Pelas conclusões que já foram tiradas das incidências da pré-temporada, tanto Rui Vitória como a estrutura diretiva continuam a considerar essencial a contratação de mais um elemento para o meiocampo, estando definido como perfil qualidades semelhantes às apresentadas por Pizzi, mas acrescentando-lhe maior capacidade de recuperação de bola e dinâmica defensiva. É aqui que se enquadram os dois nomes já procurados e também Enzo Pérez, internacional argentino que se fez médio na Luz e rendeu 25 milhões de euros às águias na venda ao Valência.

Agora na Argentina, o médio de 32 anos do River Plate – desejado pelo Sporting, que abordou o clube mostrando intenção de o contratar por três milhões de euros –, entra nos planos do Benfica, como se percebe pelo contacto efetuado com o próprio. Segundo apurou o diário, os responsáveis encarnados procuraram saber qual é a sua situação no clube e se está com vontade de voltar a emigrar, numa abordagem que não foi uma proposta, mas sim uma aproximação. De momento, Enzo Pérez não estará a pensar deixar o seu país, por causa da família, mas não rejeitou já o cenário.

Ricardo Cabrita, da empresa DH Sports, que intermediou a transferência de Viviano para o Sporting, não entende as críticas veladas ao guarda-redes. Ao Record, o empresário sai em defesa do internacional italiano e revela que, de momento, os leões ainda não tiveram de despender qualquer verba pela sua saída da Sampdoria.

"Quando se falar no ordenado do jogador é preciso analisar o plantel do Sporting, os prémios que se estão a dar a outros jogadores e isso tudo... Quando falam no mau negócio que foi a vinda dele para o Sporting, verifiquem as condições em que a operação foi efetuada. Posso dizer que, nesta altura, o Sporting tem um jogador no seu plantel pelo qual ainda não pagou nada", afirma Ricardo Cabrita, responsável pela transferência de Viviano ainda durante o mandato de Bruno de Carvalho.

O agente considera ainda que é falacioso dizer que o guarda-redes tem neste momento um salário elevado. Para Ricardo Cabrita, o vencimento do guardião não é sequer comparável aos que, por exemplo, eram praticados na temporada anterior. "Quando se fala dos salários do Viviano é preciso verificar os valores que estão a ser pagos ao plantel e comparar também com o que era a prática comum a época passada, isto relativamente aos que saíram", argumenta Cabrita, sem explicar a quem se está a referir.

Por outro lado, o empresário admite que o jogador chegou com peso a mais à pré-época, mas explica que tal se deveu a uma intervenção cirúrgica que serviu para remover um parafuso do joelho. "Quanto ao mau profissionalismo e às condições em que se apresentou, o jogador chega de férias depois de uma paragem de quase dois meses e meio. Nesse período de tempo fez uma minicirurgia para corrigir uma outra anterior, o que o obrigou a parar por aconselhamento médico. Chegou ao Sporting com apenas quatro quilos acima do peso ideal", constatou.