Suspensão tira Bruno de Carvalho da corrida às eleições; FC Porto rejeita 35M€ por Alex Telles; Nani fica livre para assinar pelo Sporting entre três e quatro anos; JJ quer levar Quaresma

O Al Hilal, clube orientado por Jorge Jesus, parece estar disposto a tentar a contratação do internacional português Ricardo Quaresma, com a forte possibilidade de existir um acordo em breve. Segundo o que é avançado pela imprensa turca, o clube de Jorge Jesus pretende oferecer 10 milhões de euros ao Besiktas, formação onde alinha o extremo, de 34 anos, além de tentar cativar o jogador com um proposta de salário a rondar os 7 milhões de euros. 

O negócio começou a ser mencionado já na última terça-feira, principalmente entre a imprensa turca e os órgãos de comunicação social árabes, mas, ao que tudo indica, a hipótese de Quaresma deixar a Turquia e rumar à Arábia Saudita ganhou agora mais força, graças a várias notícias que mencionam existir conversações adiantadas entre o internacional português e o clube árabe.

O FC Porto recusou nos últimos dias duas propostas, de valor idêntico, feitas pelo Bayern Munique e pela Juventus por Alex Telles. Os dois gigantes europeus estavam, segundo O Jogo, dispostos a pagar 35 milhões de euros para levar o rei das assistências dos dragões, mas a SAD recusa-se a vender o jogador, considerado indispensável por Sérgio Conceição para a nova temporada. O FC Porto, recorde-se, já perdeu – só no sector mais recuado– Ricardo, Dalot, Marcano e Reyes (e Osorio foi cedido) e não está disposto a ficar sem um dos elementos que mais produziram em 2017/18.

Resistir ao assédio será um dos desafios para este defeso. Alex Telles tem muito mercado e não será impossível que os interessados subam a parada até ao valor da cláusula de rescisão, que é de 40 milhões de euros. O brasileiro trocou recentemente de empresário - passou para a “equipa” de Giuliano Bertolucci –, que foi quem apresentou à SAD azul e branca as ofertas, sendo que a do campeão alemão era mais vantajosa financeiramente para o defesa-esquerdo, que tem passaporte italiano e por isso se torna num alvo ainda mais apetecível para os tubarões europeus.

Alex Telles sempre manifestou o desejo de continuar no FC Porto, que poderá acenar-lhe em breve com a renovação de contrato e consequente aumento salarial e da cláusula de rescisão. No calor dos festejos do título, o lateral disse que, por si, ficaria no FC Porto para sempre. No aeroporto, à partida para as férias e mais a frio, voltou a dizer o mesmo. 

“Sinto mesmo isso, não menti, a minha família e eu amamos a cidade. Gosto muito do clube e sinto-me bem”, atirou. Uma declaração de amor que pode ser um trunfo para o FC Porto até ao final de agosto, porque a verdade é que nas últimas semanas se tem intensificado o assédio. Primeiro com PSG, Chelsea e Liverpool, agora com Bayern e Juventus, que está a tentar precaver-se para a provável saída de Alex Sandro, outro lateral que brilhou no Dragão, para o Manchester United. Segundo as últimas notícias, o campeão italiano pede 60 milhões de euros pelo brasileiro.

Nani está a um passo de ingressar no Sporting, naquele que será o segundo regresso a Alvalade – esteve cedido por empréstimo em 2014/15 –, isto depois deter deixado o clube no verão de 2007, rumo ao Manchester United, por 25,5 milhões de euros. Desta vez, segundo O Jogo, Nani vai entrar em Alvalade na condição de jogador livre, uma vez que os espanhóis do Valência abdicam do ano de contrato que ainda têm com o atleta, isto fazendo-lhe igualmente a vontade.

Tudo porque Nani mantém firme o desejo de regressar a casa depois de uma época de altos e baixos nos italianos da Lázio de Roma, emblema no qual atuou por empréstimo, a troco de dois milhões de euros. Ao serviço dos laziali, Nani fez 25 jogos e apontou três golos, isto num total de 632 minutos. A escassa utilização, condicionada por alguns problemas físicos, acabou por colocar Nani num patamar de inferioridade no momento em que Fernando Santos, selecionador nacional, elaborou a convocatória para o campeonato do mundo da Rússia.

Agora, Nani sabe que é dispensável por parte do Valência, que liberta a massa salarial inerente a um campeão europeu, que chegou ao clube che, em 2016, a troco de 8,5 milhões de euros. O extremo, que completa no próximo mês de novembro 32 anos, olha para o Sporting como um regresso a casa e igualmente como uma possibilidade de poder voltar à equipadas Quinas, isto se a tu ar com a regularidade que é desejada pelas partes, até porque a posição em que atua é uma das carências identificadas por José Peseiro, que deu conta disso mesmo a Sousa Cintra. O presidente da SAD, ontem, em Alvalade, participou em reuniões para consumar o acordo, que, diga-se, está muito perto de ser consumado. Nani, esse, encontra-se de férias alargadas – pois está dado como dispensado – e poderá rubricar um contrato entre três e quatro anos, baixando naturalmente as suas pretensões salariais.

Suspensão tira Bruno de Carvalho da corrida. É a ‘pergunta para 1 milhão de dólares’ e a resposta depende, em parte, de Bruno de Carvalho, mas o facto é que dificilmente o ex-presidente do Sporting poderá apresentar-se a votos no dia 8 de setembro. Aliás, ele ou qualquer outro dos seis membros do antigo Conselho Diretivo, incluindo Carlos Vieira, que está a ser pressionado para se candidatar.

Todos estão suspensos da condição de sócios, em resultado do processo aberto pela Comissão de Fiscalização, a 13 de junho. Ora, segundo o jornal Record apurou, e este era um fator-chave para determinar se Bruno poderia concorrer, não só a medida de suspensão preventiva continua e continuará em vigor, tendo em conta a gravidade das acusações, como a decisão do processo não é esperada antes do prazo limite para a apresentação de candidaturas, que é 9 de agosto (30 dias antes do ato eleitoral). Isto significa que, sem um desfecho em tempo útil, favorável ou desfavorável, Bruno permanecerá suspenso e, assim, impedido de entrar na corrida.

Em causa está a complexidade do caso e as diligências que vão ser necessárias, nomeadamente a audição de testemunhas. Bruno de Carvalho e os restantes elementos não demissionários do CD, destituídos em AG a 23 de junho, responderam fora do prazo à nota de culpa, mas a defesa foi aceite pela Comissão de Fiscalização. O órgão, no entanto, identificou na resposta uma série de erros técnicos e jurídicos e foi obrigado a pedir um aclaramento.

Só quando o mesmo for feito, e até ontem isso não tinha acontecido, é que poderão ser iniciadas as diligências. O tempo condiciona as opções de Bruno de Carvalho, mas esse argumento não permitirá queimar etapas. A Comissão de Fiscalização deverá vir a público esclarecer a questão, em breve, mas, segundo informações recolhidas pelo diário, é muito difícil, e até improvável, que conclua a instrução e possa decidir até 9 de agosto. A menos que recorra à Justiça e consiga, via providência cautelar, obter luz verde para se candidatar, Bruno de Carvalho não terá, mesmo, legitimidade estatutária para tentar o regresso à presidência já nestas eleições.

A suspensão foi deliberada ao abrigo do artigo 20º do novo regulamento disciplinar, em vigor desde 17 de fevereiro e proposto a votação pelo próprio BdC.

A Comissão de Fiscalização decidiu aditar ao processo já existente uma segunda participação disciplinar contra Bruno de Carvalho, apresentada esta semana e que denuncia alegadas irregularidades na AG de destituição, a 23 de junho. Por razões de celeridade processual, a queixa, subscrita por 11 sócios, não vai dar origem a um novo procedimento disciplinar, ao contrário do que chegou a ser noticiado, mas antes ser incorporada naquele que já decorre desde 13 de junho. Em causa está, nomeadamente, o facto de BdC ter votado na referida AG, quando não o podia fazer (por conflito de interesses e porque estava suspenso da condição de sócio).