Governo desafiado a retirar estatuto de utilidade pública ao Sporting

Manuel Moura dos Santos apela, em declarações à RR, a que o Governo pressione a demissão de Bruno de Carvalho e restante direção do Sporting com a retirada do estatuto de utilidade pública ao clube.

"O Estado, neste momento, olha para isto impávido e sereno. Devia pressionar esta direção e dizer: 'no estado de coisas em que estamos, equacionamos retirar o estatuto de utilidade pública ao Sporting'", afirma o conhecido adepto leonino.

Para o agente e produtor musical, "a única maneira de repor a legalidade no Sporting é usar todos os meios legais disponíveis para pressionar esta direção a demitir-se".

"Este tipo de situações resolve-se de uma forma pacífica, recorrendo aos meios legais disponíveis para fazer valer aqueles que no parecem ser os direitos dos sócios, ou de uma forma violenta. As revoluções e a história contam-nos isso, mas a ideia não é essa", ressalva.

Moura dos Santos deixa apelo ao Governo

Moura dos Santos aponta para soluções mais pacíficas para a resolução deste diferendo.

"Através dos meios, locais disponíveis e nunca quebrando a lei, queremos fazer valer os nossos direitos enquanto sócios. Promessa que, aliás, foi feita pelo atual presidente desta direção quando foi eleito presidente: os sócios seriam o seu farol. Não são", avisa o adepto leonino.

Manuel Moura dos Santos acredita que esta via é a única disponível, visto que a situação "chegou a um ponto absolutamente insustentável".

"É uma violação tão grave dos estatutos, um desrespeito, não só pelo presidente da mesa da assembleia-geral, que representa os sócios, como pelas medidas que ele tomou. Achamos que isto é mais que motivo para uma participação disciplinar a este presidente e à direção em geral", avisa.

Manuel Moura dos Santos termina revelando alguma preocupação no que toca à próxima temporada:

"Pelo andar das coisas, a [próxima] época está comprometida. Hoje, o Sporting devia estar a preparar a próxima época e está a viver esta situação".

Moura dos Santos deixa um aviso a uma eventual futura direção, caso a atual caia.

"Aconteça o que acontecer, e vamos partir do principio que isto se resolve e vem uma nova direção, vai ter enormíssimas dificuldades em gerir o que estes senhores deixarem", alerta.