FC Porto estará na frente do PSG para garantir 'promessa' brasileira; Empresários tentam saídas negociadas no Sporting. Situação de Gelson mais complicada. Acuña continua irredutível

Em contagem decrescente para o final do prazo limite (14 de junho) que permitirá aos jogadores invocar a rescisão por justa causa tendo por base o ataque à academia (a 15 de maio), intensificam-se em movimentações para minorar os danos e evitar um cenário de rutura total. Depois de Rui Patrício e Podence terem rescindido, e de Acuña há muito ter tomado essa decisão, há cinco casos a gerar grande alarme na SAD do Sporting e que estão a concentrar todos os esforços no sentido de ser encontrada uma solução negociada: Battaglia, William Carvalho, Bruno Fernandes, Gelson Martins e Bas Dost.

Augusto Inácio tem sido o porta-voz de Bruno de Carvalho no contacto com os jogadores, diretamente ou via representantes, e há, segundo o Record apurou, um conjunto alargado de empresários com procurações para tentarem trazer propostas válidas que se enquadrem dentro das pretensões da SAD e, naturalmente, dos atletas. A verdade é que as diligências feitas até ao momento não resultaram em grandes avanços e, neste sentido, o perigo de rescisões continua muito elevado, já que os jogadores, apesar de preferirem uma saída amigável, sentem que têm bases para avançar para essa decisão e o prazo para o fazerem está a esgotar-se. E, do outro lado, Bruno de Carvalho também já deixou claro, a propósito de Patrício e Podence, que não irá ceder a chantagens, nem fragilizar, no seu entendimento, a posição negocial do Sporting. O equilíbrio não é fácil de conseguir, tanto mais que os jogadores têm feito passar uma mensagem clara: se o presidente sair, recuam na intenção de rescindir; se ficar, a ideia dominante é a de passarem das palavras aos atos.

No caso concreto de William, Bruno Fernandes e Gelson, o Mundial é um fator a ter em conta. Os três partem sábado para a Rússia e há a expectativa de que possam querer as respetivas situações resolvidas antes. William tem vindo a ser pressionado, inclusive via Holdimo, para ficar ou esperar uma transferência. Quanto a Bruno Fernandes e Gelson, os riscos de que a corda parta são maiores. O médio foi o primeiro a sugerir, ainda no balneário da academia, no dia 15 de maio, que não voltaria a jogar no Sporting. 

Situação de Gelson mais complicada. Gelson, um dos jogadores mais valorizados em Alcochete, insere-se na lista de nomes que a SAD está a tentar negociar, mas se não surgirem novidades nos próximos dias a situação ameaça complicar-se. Segundo o Record, os dirigentes leoninos receberam uma oferta de 25 milhões de euros pelo passe do extremo, de 23 anos, mas optaram por recusá-la por considerarem o valor demasiado baixo. O internacional português, recorde-se, está blindado por uma cláusula de 60 milhões de euros, mas esta garantia perdeu força com as agressões registadas em Alcochete. O jovem quer evitar seguir o caminho de Rui Patrício e Podence, mas se não houver acordo pode avançar para solução litigiosa para garantir a saída.

Acuña está decidido a não regressar ao Sporting. O empresário do jogador já recolheu em Portugal toda a documentação necessária para dar entrada ao processo que vai ser oficializado nos próximos dias. Os responsáveis leoninos têm efetuado todos os esforços para impedir este cenário, mas o atleta mostra-se irredutível. O internacional argentino, de 26 anos, foi um dos principais visados pelos agressores e, como é natural, teme pela sua segurança e pela da sua família.

FC Porto na frente. O PSG terá chegado atrasado à luta pela contratação de Éder Militão, avança a imprensa francesa. Alegadamente, o FC Porto está na frente da negociação e o jogador estará inclinado em aceitar a proposta dos portugueses, ainda que Antero Henrique tenha avançado nos últimos dias pelo central/lateral do São Paulo. O preço mínimo avançado é de dez milhões de euros.