PdC pede calma aos adeptos e quer um vencedor no dérbi. "Quem? Não é preciso dizer... acho que toda a gente sabe"; Fábio Coentrão no adeus anunciado ao Sporting; Benfica aperta cerco e chega aos 10M€ por Nakajima; Dragões sem dúvidas: "Este gabinete de crise serve para iludir, em primeiro lugar, os adeptos do Benfica"; FC Porto queixa-se do controlo antidoping e revela resposta do presidente da ADoP;

Francisco J. Marques comentou na última noite o controlo antidoping efetuado a FC Porto, Benfica e Sporting, defendendo que os dragões têm razões de queixa do procedimento. "Mais uma vez o FC Porto tem razões de queixa. A ADoP (Autoridade Antidopagem de Portugal) enviou dois técnicos para o centro de treinos do FC Porto e eles chegaram lá de manhã e saíram depois das 19 horas. Controlaram os 27 jogadores do plantel a urina e a sangue, inclusive os lesionados e um jogador que não estava lá, por se encontrar em repouso e teve de ser chamado. Esta demora deveu-se por duas razões. Primeiro: a burocracia destes controlos é imensa - preencher os formulários de cada jogador demora 15 minutos e isso dá 6h45 para todo o grupo. Depois, só foram dois técnicos, enquanto que ao Benfica e ao Sporting foram cinco e só estiveram de manhã", começou por explicar sobre o tema o diretor de comunicação e informação do clube.

"Perante isto, o Dr. Nélson Puga enviou um e-mail ao Dr. Rogério Jóia, presidente da ADoP. Começa por dizer que o FC Porto sempre colaborou e colaborará com estas ações de antidoping e depois queixa-se do tempo que demorou, porque cria uma série de problemas. E começa a elencá-los: 'não pudemos fazer as rotinas de tratamento de muitos jogadores, que, nesta fase adiantada da época, por terem lesões crónicas, têm necessidade de realizar; não pudemos realizar os habituais exercícios preventivos de ativação antes do treino que fazemos diariamente; não pudemos fazer as habituais medidas de recuperação após treino e que ajuda a diminuir o risco de lesão e ajuda a recuperar para os treinos e jogos seguintes. Pensámos ser injustificável isto ter acontecido, em parte, devido ao insuficiente número de elementos da ADOP a realizar o controlo antidoping a 27 jogadores, com análise ao sangue e à urina, num dia apenas. Apenas dois elementos da ADOP de manhã e dois da parte da tarde. Nada a dizer ao empenho e os esforços que os todos elementos da ADOP realizaram em relação ao seu trabalho, que foi ininterrupto e em incumprimento dos regulamentos. Qual o motivo de não levar mais elementos da ADOP. Relembro que, para cada jogo de futebol, vai um elemento da ADOP para controlar quatro jogadores. Neste caso foram dois para 27 jogadores. Realço que o último jogador saiu do centro de treinos depois das 19 horas. Porquê a necessidade de realizar tudo num único dia? Para minimizar o impacto negativo e os atrasos provocados por estas ações, ou levam mais elementos ou espaçam-se por vários dias a realização destas ações. Pelo menos no que concerne às análises referentes ao passaporte biológico. Por que não se alivia a carga burocrática do preenchimento de tantos formulários? Continuo à disposição de colaborar nas ações antidopagem promovidas pela ADOP e renovo as intenções de o convidar a visitar-nos, para estreitar relações e para perceber que a luta contra a dopagem e a verdade desportiva é muito a luta que sempre me caracterizou, bem como o clube que representou. Os melhores cumprimentos, Porto 27 de Abril'", contou Francisco J. Marques, anunciado depois a resposta.

"Recebeu resposta do Dr. Rogério Jóia no dia 30 de abril. 'Meu caro Dr. Nélson Puga. Espero que este e-mail o encontre bem. Li com toda a atenção as suas palavras e tenho a dizer-lhe que, quando o atual presidente da ADOP já não for presidente da ADOP e voltarem os tempos antigos, da verdade do combate ao doping, onde apenas se realizavam amostras à urina e a dois atletas sorteados de todos os que estavam a treinar, tudo voltará a estar em harmonia'".

"Isto foi a resposta do Dr. Rogério Jóia, que devia ter vergonha que, perante uma série de argumentos, tenha respondido com ironia e brincadeira. Isto é um assunto muito sério. E se o Dr. Rogério Jóia estivesse preocupado com estas questões, o que devia fazer era, quando faz estas megaoperações, que são para os média, devia dizer: fomos ao clube A, B e C. Neste contolámos x jogadores, naquele x e no outro x. Transparência. No FC Porto foram controlados os 27 jogadores. E nos outros? Foram todos? É que já corre por aí que não foram todos, que existiram jogadores que faltaram. Não sei se é verdade ou não. Mas se a ADOP quer tornar as coisas claras e transparentes, que diga. O Dr. Rogério Jóia devia preocupar-se era com o facto de no seu mandato o ADoP ter perdido a certificação. E sabem porquê? Porque as análises que deviam ter resultados em 15 dias, demoravam três meses. Depois não havia os aparelhos mais recentes; não havia funcionários que chegassem. De quem é a responsabilidade da ADoP? É do IPDJ. Isto vai dar sempre tudo ao mesmo. Além disso, há muita coisa que se diz por aí que fosse bom que não se dissesse: que se perderam análises ao serem enviadas para Barcelona, por exemplo. E não são análises de jogadores do FC Porto. São de outros clubes... no singular. É, mais uma vez, um comportamento inaceitável de alguém que está a cumprir uma função do Estado. Isto é o Estado português. Esta resposta não é admissível. A argumentação do dr. Nélson Puga pode ser contestada, mas, acima de tudo, de uma forma racional e, acima de tudo, decente. Este resposta é indecente e um desrespeito ao Dr. Nélson Puga e ao FC Porto", terminou, numa intervenção no programa Universo Porto da Bancada, do Porto Canal.

Francisco J. Marques comentou ainda a entrevista de Luís Bernardo, diretor de comunicação do Benfica, na BTV, durante a qual explicou o gabinete de crise na Luz. "É uma espécie de reconhecimento de que o grosso de todas as revelações tem interesse público. Nunca fizemos revelações de índole pessoal, mas sim de interesse público. E deixámos de lado a vida privada das pessoas, inclusivamente, havia aspetos de interesse público que se cruzavam com a vida privada das pessoas que optámos por não divulgar. Isso tinha que ver com a informação que o Benfica recolhia da vida íntima dos árbitros. Entregámos tudo às autoridades, mas nunca o tornámos público", afirmou.

"É verdade que, hoje em dia, existem blogues, mas sobre o qual não exercemos influência, que têm feito divulgações de caráter privado. Aí, Luís Bernardo pode lamentar-se à vontade, mas o que ele está a assumir é que em todas as outras coisas há interesse público. Portanto, todas as revelações fazem sentido sobrepor-se à entidade Benfica em preservar a sua privacidade, porque revelam práticas muito questionáveis, complicadas e provavelmente criminosas. Uma coisa garanto: não roubámos nada a ninguém. Nada. Zero. Sobre isso estamos completamente à vontade. Infelizmente, desde há praticamente um ano que este caso leva na opinião pública e o Benfica nunca foi capaz de prestar esclarecimentos concretos sobre as matérias. Ainda não disse nada sobre o caso dos e-mails, do e-toupeira, em que um dos seus quadros arranjou forma de entrar no sistema informático da justiça portuguesa ou dos que envolvem o seu presidente. Este gabinete de crise serve para iludir, em primeiro lugar, os adeptos do Benfica, que são a grande preocupação dos responsáveis do Benfica, para que continuem a sobreviver no lamaçal que criaram. Isto é consequência de práticas dos responsáveis do Benfica; mais nenhum clube tem que ver com isto", completou, em declarações no programa Universo Porto da Bancada, do Porto Canal.

   

Pinto da Costa não quer festejos precipitados. O presidente do FC Porto alerta que o título está perto, mas que para isso os dragões terão de, pelo menos, empatar na receção ao Feirense. Em entrevista ao jornal O Jogo, a figura máxima do emblema azul e branco garante ainda que ser campeão no sofá é algo que não lhe agrada.

"Ainda falta um ponto, estamos no bom caminho, estamos perto, mas ainda não temos o título na mão. Lembro-me de que, há cinco anos, o Benfica festejou o título na Madeira a três/quatro jornadas do fim e depois empatou com o Estoril; a seguir perdeu com o FC Porto, no dia do Kelvin, e perdeu o título", começou por dizer Pinto da Costa, deixando a garantia de que quer festejar o título no Dragão, já no próximo domingo. 

"Eu gostava que acontecesse no nosso estádio, gostava que qualquer um dos nossos adversários [Sporting ou Benfica] vencesse...", explicou o presidente do FC Porto, prosseguindo. 

"Se tenho alguma preferência? [muitos risos] Não é preciso dizer... acho que toda a gente sabe. Já uma vez fomos campeões no Hotel Tivoli, no sofá, como se diz - foi com o Mourinho... Eu nem estava lá, estava a jantar num restaurante e, de repente, vi tudo aos saltos porque o FC Porto foi automaticamente campeão. Sinceramente não achei graça nenhuma a isso; acho que no nosso estádio é que se deve ser campeão", rematou Pinto da Costa. 

Fábio Coentrão no adeus anunciado ao Sporting. Quis o destino que, muito provavelmente, o último jogo de Fábio Coentrão no Estádio José Alvalade fosse contra o Benfica, o emblema que o projetou internacionalmente. Aos 30 anos, após ter passado por seis épocas complicadas no Real Madrid (uma cedido ao Monaco), o internacional português conseguiu relançar a sua carreira no Sporting, onde está prestes a terminar o período de empréstimo.

Com mais um ano de contrato com o Real Madrid, a permanência de Fábio Coentrão em Portugal é pouco menos do que uma miragem, escreve o Record. Com um vencimento bruto anual de 4 milhões de euros, o lateral muito dificilmente poderá continuar no Sporting, que lhe paga um quarto do vencimento (1 milhão).

Jorge Jesus, em conferência de imprensa, já admitiu que gostava de continuar a trabalhar com o jogador, mas também assinalou a dificuldade de concretizar esse desejo, especialmente após o renascimento dos últimos meses. Certo é que, depois do dérbi, Coentrão ainda terá três jogos para disputar de leão ao peito, incluindo a final da Taça de Portugal.

Numa entrevista ao jornal Record no início da época, Fábio Coentrão expressou o desejo de receber o Benfica neste dérbi já com o cabelo pintado de verde, manifestando assim a sua confiança na conquista do título. Este desejo não se vai concretizar, mas o esquerdino poderá deixar o Sporting com mais uma Taça da Liga no currículo. E em jogo está ainda a Taça de Portugal.

O Benfica está a apertar o cerco a Shoya Nakajima, polivalente extremo do Portimonense, de 23 anos. Segundo o jornal Record apurou, os responsáveis encarnados estão determinados no ataque ao internacional japonês, que pode atuar em qualquer das faixas e até como segundo avançado.

De acordo com as informações recolhidas pelo diário, Luís Filipe Vieira já terá demonstrado abertura para chegar aos 10 milhões de euros pelo dianteiro, depois de em janeiro último já ter chegado aos 3,5 milhões por metade do passe. Este é um valor naturalmente considerado alto para a SAD benfiquista, mas possível de atingir também mediante um verão marcado por bons encaixes financeiros com vendas de elementos do plantel. Neste sentido, uma possível transferência de Salvio – o Mundial da Rússia poderá ser uma boa montra de valorização – perfila-se como via para o recheio dos cofres, abrindo assim mais a porta a um investimento que a SAD dos tetracampeões nacionais considera que ainda poderia sempre ter retorno avultado.

Afinal, a Portimão já chegaram ofertas de emblemas como Shakhtar Donetsk, estando igualmente os alemães de Borussia Dortmund e Eintracht Frankfurt em cima do jogador.

Ora, os referidos 10 milhões de euros que a sociedade anónima do Portimonense também estabelece como base negocial referem-se basicamente a... metade da cláusula de rescisão de Nakajima. Os algarvios já adquiriram entretanto os 80 por cento dos direitos económicos do jogador que estavam nas mãos do FC Tokyo.

Da mesma forma que o Benfica aguarda com expectativa pela possível valorização de Salvio no Mundial da Rússia, também o Portimonense tem igual esperança no que diz respeito a Nakajima. O dianteiro foi recentemente chamado para representar o seu país em dois jogos particulares – contra Mali e Ucrânia, nos últimos dias 23 e 27 de março, respetivamente –, tendo inclusive marcado na estreia e feito na altura o empate (1-1) final, apesar de só ter disputado os últimos 30 minutos.