O guarda-redes que o Benfica pode contratar; "O JJ foi despedido verbalmente e humilhado por BdC"; Descida de divisão do Sporting fora de hipótese

Octávio Machado garante que Jorge Jesus foi 'despedido' e 'humilhado' por Bruno de Carvalho. O antigo diretor geral para o futebol do Sporting revelou que Jorge Jesus foi despedido por Bruno de Carvalho na reunião da SAD realizada na passada segunda-feira em Alvalade.

De acordo com Octávio Machado, o treinador do Sporting foi ainda 'humilhado' por Bruno de Carvalho perante o Conselho Diretivo e a equipa técnica.

"O Jorge Jesus foi despedido verbalmente e humilhado perante o Conselho Diretivo e a equipa técnica, na segunda-feira. Está no Sporting por paixão e porque quer levar a época até ao fim. Não sai de lá nesta altura complicadíssima, quer dar a alegria aos adeptos da vitória na Taça de Portugal", afirmou Octávio Machado à CMTV.

O Sporting estará a salvo de ser castigado com a descida de divisão, mesmo que venha a ser provado pelas instâncias disciplinares da Liga e da Federação que algum dos seus funcionários tenha corrompido jogadores das equipas adversárias, escreve o Record. Ao contrário do que acontece em casos de corrupção de árbitros, punível com descida de divisão ao abrigo do ponto 1 do artigo 62º do Regulamento Disciplinar da Liga, "os clubes que derem ou prometerem recompensa a qualquer agente da equipa adversária (...) serão punidos com as sanções previstas no nº 2 do artigo 62º", como se pode ler no artigo 64º.

Ora esse ponto prevê "a sanção de subtração de pontos a fixar entre o mínimo de cinco e o máximo de oito e, acessoriamente, a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 250 UC [25.500 euros] e o máximo de 1.000 UC [102 mil euros]". Todos estes artigos estão dentro da secção ‘Infrações Específicas dos Clubes’, onde também se pode ler que "o clube é responsável pelos atos cometidos por qualquer dos seus dirigentes, representantes, funcionários e demais agentes desportivos a si vinculados, bem como pelos atos cometidos pelos seus representantes de facto, quando comprovadamente praticados a seu mando e no seu interesse".

André Geraldes ou Gonçalo Rodrigues, ambos funcionários do clube – considerados dirigentes no Regulamento Disciplinar [alínea c) do artigo 4º] –, arriscam penas de "suspensão entre o mínimo de um e o máximo de oito anos", além de multa entre 5.100 e 51.000 euros. A mesma moldura penal é aplicada aos jogadores que sejam apanhados em esquemas de corrupção.

Os órgãos disciplinares, quer da Liga quer da Federação Portuguesa de Futebol, dificilmente poderão avançar no inquérito sem que haja uma acusação formal do Ministério Público contra os suspeitos. Tudo porque nem Comissão de Instrutores (CI) nem Conselho de Disciplina (CD) têm, como é óbvio, os meios de produção de prova ao serviço da Polícia Judiciária. No fundo, CI e CD pouco mais podem fazer do que inquirir testemunhas. Coisas como buscas, operações de vigilância ou escutas telefónicas estão fora de hipótese.

Por isso, estão sempre dependentes das conclusões da investigação criminal, à qual só deverão ter acesso depois de levantado o segredo de justiça, quando – e se – for deduzida a acusação. E, mesmo aí, há vários elementos de prova que os órgãos disciplinares não poderão utilizar, com especial destaque para as escutas telefónicas. É que a lei portuguesa impede que sejam utilizadas fora de processos judiciais.

Makaridze na mira do Benfica. Mile Svilar é, nesta altura, a única carta garantida no baralho de Rui Vitória para a próxima época no que respeita à defesa das redes encarnadas, estando Luís Filipe Vieira à procura de um reforço para a posição. Depois de garantida a contratação de Vlachodimos, guardião de 24 anos do Panathinaikos, o presidente do Benfica aponta a mais um nome e, segundo O Jogo, tem em cima da mesa a possibilidade de garantir Makaridze, do Rio Ave, cujo contrato está a expirar, pelo que poderá chegar sem custos de transferência.

A contratação de Vlachodimos, garantida em fevereiro mediante o pagamento de 2,4 milhões de euros, compensa a saída de Paulo Lopes, guarda-redes de 39 anos que deixa o plantel encarnado após seis época consecutivas na Luz, naquela que foi a sua segunda passagem pelo clube. Porém, Luís Filipe Vieira já recebeu a indicação do empresário Jorge Mendes da existência de propostas por Bruno Varela, o último titular da época agora a terminar, o que poderá obrigar a nova incursão ao mercado para completar o habitual trio de guarda-redes.

É neste âmbito que entra o interesse em Makaridze, que começou a época no Moreirense, mas se transferiu depois para o Rio Ave, como forma de compensar uma lesão de Cássio. Contudo, o georgiano de 28 anos, devido ao atraso na assinatura do contrato válido até final da época, chegou na mesma altura em que o titular das redes vila-condenses recuperou e, como tal, acabou por não somar qualquer minuto, tal como havia sucedido ainda em Moreira de Cónegos.

De referir que Makaridze esteve nos planos encarnados há cerca de um ano, quando o Benfica vendeu Ederson ao Manchester City, mas a discordância salarial fechou-lhe a porta da Luz e, semanas depois, de Braga, que também o tentou contratar.