29 abril 2018

Adiós, Don Andrés

Quando apareceu na equipa do Barcelona, na época de 2002/2003, os adeptos blaugranas estariam longe de imaginar que este, na altura, jovem jogador espanhol iria permanecer tanto tempo no seu clube – clube esse onde venceria 8 Ligas Espanholas, 6 Taças do Rei, 6 Supertaças de Espanha, 4 Ligas dos Campeões, 3 Supertaças Europeias e 3 Mundiais de Clubes.

​Dono de uma capacidade passe digna de Melhor Jogador do Mundo, Iniesta sempre foi um jogador que apresentou uma grande capacidade de liderança e uma facilidade estupenda em chegar à grande área contrária (neste aspeto não me esqueço de um golo marcado ao Real Madrid, de Rafa Benítez, na época 2015/2016, onde Don Andrés marcou um belíssimo golo). Além desse golo, Iniesta marcou outros belos golos pelo emblema culé e que todos os adeptos e simpatizantes do Barcelona, em Espanha e no resto do Mundo, jamais esquecerão.

​Outro pormenor que não se deve rejeitar quando se fala de Andrés Iniesta foi aquela dupla com Xavi Hernández, no meio-campo do Barça e com Sergio Busquets nas costas, que fez do Barcelona uma das melhores equipas da história do desporto-rei e que dominou o futebol espanhol, no período em que Pep Guardiola foi o timoneiro da equipa catalã. Com Xavi em campo, o atual número oito do Barça parece que tinha uma relação de telepatia com o seu companheiro de meio-campo e tornavam-se quase difíceis de travar e muitos golos “ofereceram” a Lionel Messi.

​E essa mesma parceira certeira com Xavi foi transposta para a Seleção de Espanha, que sob a orientação do malogrado Luis Aragonès e de Vicente Del Bosque, trouxeram a qualidade de jogo do Barcelona, no seu famoso Tiki-Taka, e essa parceria resultou em dois Campeonatos da Europa e um Campeonato do Mundo para La Roja.

​Mas com o passar do tempo, Iniesta ficou mais envelhecido e já não apresenta o fulgor de outros tempos e muitas vezes já vai ficando no banco do Barcelona, quando Ernesto Valverde utiliza outras opções para a zona nevrálgica da sua equipa, como, por exemplo, Paulinho, Rakitic ou André Gomes. Aos 33 anos de idade, Andrés Iniesta despede-se do futebol ao mais alto nível e agora fica a pergunta: continuará a jogar num campeonato periférico ou colocará um ponto final na sua carreira? A resposta deverá ser conhecido dentro de pouco tempo, mas até lá quero prestar esta homenagem a um dos melhores médios que vi jogar (com todo o respeito por grandes craques, como, por exemplo, Pirlo, Xavi ou Scholes): Andrés Iniesta. Ou, como muitas vezes lhe chamo, Don Andrés. Adiós, Don Andrés.

Visão do Leitor: João Nobre

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