Villarreal quer vender Semedo, a "pior contratação da sua história"; Sporting silenciou todos os atletas das modalidades; "O comportamento do Estoril está a ser condenável", acusam os dragões

O ‘boicote’ decretado por Bruno de Carvalho à comunicação social estende-se a todos os atletas, de todas as modalidades, do clube. No fim de semana, as equipas de ciclismo e atletismo não prestaram quaisquer declarações públicas, explicando que tinham ordens superiores.

Segundo o Record, os responsáveis de cada secção do clube receberam uma nota a explicar que, por indicações da administração do clube, dirigentes, treinadores, jogadores/atletas e restantes colaboradores do Sporting ficaram "expressamente proibidos" de prestar declarações a qualquer órgão de comunicação social.
As exceções, claro, são as entrevistas obrigatórias por contrato (as flash-interviews do futebol na Liga NOS, por exemplo) ou à Sporting TV.

Esta indicação vai ao encontro daquilo que havia sido dito por Bruno de Carvalho, no discurso após a vitória na assembleia geral. Nessa altura, o presidente do Sporting apelou aos sócios que deixassem de comprar jornais, bem como ver canais de TV portugueses, e também pediu aos comentadores que representam o clube em programas de televisão para os abandonarem. Esta posição foi depois reafirmada e reforçada pelo diretor de comunicação, Nuno Saraiva.

A contas com um processo disciplinar, após ter sido detido por, alegadamente, ter sequestrado, agredido, roubado e ameaçado um homem com uma pistola, Rúben Semedo deixou o Villarreal com um sério problema em mãos.

O central, recorde-se, rendeu ao Sporting 14 milhões de euros no verão. E, segundo avança o jornal espanhol El Confidencial, ainda que o seu rendimento nos treinos tenha sido “sempre aplaudido” pela estrutura do submarino amarelo, o mesmo não se pode dizer do comportamento extra-futebol.

Num artigo intitulado “Semedo incendeia o Villarreal, a pior contratação da sua história”, a publicação refere que a estrutura do clube assume que esta transferência foi “um erro descomunal” e que terá efeitos imediatos.

Fernando Seguí, homem responsável por levar Rúben Semedo para Villarreal, é apontado como um dos principais culpados e verá a sua ação no mercado seriamente condicionada nas próximas janelas de transferências.

O clube já teria recebido “referências inquietantes” do jogador por parte de responsáveis do Reus, emblema na temporada 2014/15, por empréstimo do Sporting. No entanto, estas foram ignoradas devido às suas “enormes qualidades”.

No entanto, os vários problemas que tem causado desde que chegou a Espanha terão ditado o fim da linha para o jogador de 23 anos. O Villarreal já estará a trabalhar para o vender assim que possível e, pese embora esteja a exigir uma elevada verba, sabe que “seria impossível recuperar o forte investimento realizado”.

Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, acusou o Estoril de pretender reduzir o número de adeptos dos dragões que esta quarta-feira pretendem assistir à segunda parte do jogo da 18ª jornada, iniciado a 15 de janeiro e interrompido depois de ter sido disputada apenas a primeira metade. "O comportamento do Estoril está a ser condenável no que deve ser o comportamento para com os adeptos de futebol. Os adeptos que estiveram na primeira parte do jogo não puderam trocar o bilhete e amanhã também não. Isto é chico-espertice saloia para impedir adeptos do FC Porto estarem presentes. O Estoril não assume a responsabilidade de devolver o dinheiro a quem não pode estar no jogo e assim diminuir o apoio ao FC Porto. A Liga está a par disto. Isto é terceiro-mundista", afirmou.
"As pessoas compraram bilhetes e não têm culpa que o clube organizador não tivesse o estádio em condições. Os adeptos têm o direito de trocar os bilhetes e amanhã não o poderão fazer. Porquê? Porque o Estoril não quer e só por isso o Estoril merece ser castigado. Demonstra uma forma saloia", acusou Francisco J. Marques.