30 novembro 2017

"Ser titular no Benfica causou mal-estar no balneário"

Marcelo Moretto foi jogador do Benfica entre 2005 e 2010. Chegou à Luz com grande alarido, mas a sua relação com os adeptos foi sempre intermitente, nunca conseguindo afirmar-se como figura consensual. Agora, volvidos sete anos, o antigo guardião recorda a sua passagem pelo Benfica.
"Eu acredito que o meu começo foi muito bom. Vinha de uma boa sequência no V. Setúbal. Mas, olhando mais friamente, e 10 anos depois, eu acredito que podia ter sido melhor do que fui. Se tivesse sido lançado no ‘onze’ com mais calma, com mais tranquilidade... Para eu também me poder ambientar ao clube e à dimensão do Benfica. Com todo o respeito que eu tenho pelo Vitória, que é também um clube do meu coração, a dimensão de um clube para o outro é completamente diferente. Saí de um estádio onde jogava para quatro, cinco, seis mil adeptos, para o Benfica. Ali jogava para 60 mil. Houve também aquele episódio com o FC Porto… Quando entrei na equipa, o Quim estava muito bem e a opção causou mal estar no seio do grupo. Eu estava numa posição delicada. Tinha feito três ou quatro treinos e o Koeman chamou-me. Perguntou se estava pronto, eu respondi que sim, e ele disse-me: “A partir de hoje és o novo número 1 da baliza do Benfica”. Eu entrei na equipa, fiz alguns bons jogos, mas depois caímos um pouco de rendimento. A imprensa, na altura, apontou alguns culpados pelo momento menos bom e eu fui um deles", disse em entrevista ao portal Desporto ao Minuto.
"Nós tínhamos grandes jogadores. O Simão Sabrosa, o Nuno [Gomes], o Ricardo Rocha, o próprio Quim… E tínhamos muitos brasileiros, essa foi a minha sorte. Eles acolheram-me muito bem, mas os portugueses também. Só que nós percebemos as coisas. Foi uma coisa que ficou chata, até porque o Quim era uma pessoa muito querida dentro do balneário e acabou por ser uma situação muito delicada. Se estivesse no lugar do Quim também ficaria muito chateado", acrescentou ainda o antigo guarda-redes.

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