“As declarações de Bruno de Carvalho é um problema de saúde pública”; Embaló não vai deixar o Benfica; João Mário colocado no mercado

O Inter parece disposto em abrir mão de João Mário. O médio português está longe de ser titular indiscutível na formação orientada por Luciano Spalletti e o futuro deverá acontecer fora de Itália.

Conforme relata a Gazzetta Dello Sport, o clube da Serie A colocou João Mário e o croata Marcelo Brozovic no mercado de transferências, pelo que assim não farão parte do planos futuros do Inter.

Segundo a mesma publicação, o objetivo passa por vender ambos os atletas por um preço justo, sendo que o dinheiro daí encaixado servirá para colmatar as lacunas apresentadas pelo plantel.

Úmaro Embaló não vai deixar o Benfica. A garantia é dada pelo empresário do jogador, Catió Baldé, que reconhece negociações visando a saída do jogador, mas assegura que Luís Filipe Vieira decidiu-se pela continuidade do jovem avançado.

"O presidente não quer deixar o Embaló. Falámos sobre o futuro dele e chegámos à conclusão que seria bom para ele continuar no Benfica pois no Seixal tem todas as condições para continuar a evoluir" esclarece o agente ao jornal Record, admitindo ainda vários interessados no atacante: "Não é só o Manchester United, mas agora também não vale a pena estar a falar nisso pois é uma possibilidade que já não está em cima da mesa. Conforme disse o presidente na entrevista que deu, a prioridade é manter os jovens valores."

Aos 16 anos, o júnior é uma das principais promessas da formação das águias e até já foi utilizado na Youth League, onde festejou um golo na partida frente ao CSKA. Revelando-se preocupado com a vertente humana, o representante vinca que será mais fácil confirmar o seu potencial caso permaneça no Benfica. "Ele já está há alguns anos no Seixal e sente-se bem. Tem a confiança dos responsáveis do clube e sente que está no local certo para continuar a crescer enquanto jogador", acrescenta.

Dada a sua idade, Embaló ainda tem contrato de formação, que termina em 2019. Neste capítulo, Catió Baldé também parece não estar interessado em queimar etapas.

"Tem o contrato adequado para um jovem da sua idade que joga no Benfica e, neste momento, ainda é cedo para falarmos na renovação. O mais importante, como já disse, é dar-lhe todas as condições para tornar-se cada vez melhor. Quando for a altura certa eu e o presidente do Benfica vamos sentar-nos para falar. Neste momento ainda não temos nada a negociar", acrescenta.

Apesar de não haver vontade do Benfica em vender ou do atleta em sair, certo é que as suas exibições, especialmente na Youth League, continuam a colocá-lo na mira de grandes clubes. O Manchester United esteve muito perto de assegurar os serviços do jogador, mas terá esbarrado então na postura do presidente benfiquista.

Para além do emblema de José Mourinho, que apontava a deixar Embaló em crescimento nos escalões de formação, também o RB Leipzig foi nos últimos dias apontado como tendo colocado em cima da mesa uma oferta de 13 milhões de euros. Em Espanha, o Real Madrid também se mantém entre os interessados.

António Duarte classifica as declarações de Bruno de Carvalho como "um problema de saúde pública". O presidente do Sporting envolveu-se numa troca de argumentos com António Salvador, após o jogo com o Sporting de Braga, e, na opinião do antigo dirigente dos minhotos, ultrapassou todos os limites.

"As declarações do presidente do Sporting é um problema de saúde pública, é uma intoxicação de declarações que nada têm a ver com o futebol, não defendem os seus valores", observa, considerando que António Salvador, que foi à sala de imprensa de Alvalade no final do encontro, limitou-se a "fazer a defesa do seu clube, porque num jogo de futebol, não houve verdade desportiva".

Nesta entrevista à Renascença, António Duarte lamenta a inacção da Liga e da Federação no que diz respeito à avaliação disciplinar deste tipo de casos. "O futebol não é defendido. O futebol tem negócio, mas não pode ser um negócio", sublinha, aconselhando a "uma reflexão profunda" sobre o momento actual.

O antigo dirigente da Liga deixa, também, uma nota de pesar pelo que aconteceu ao organismo, "conduzido para a destruição" desde o tempo de Hermínio Loureiro. "Nunca perdoaram que a sede da Liga fosse colocada no Porto. A Liga teve grandes princípios e valores para defender o futebol, mas hoje é uma casa só de organização das competições profissionais e perderam-se esses valores. Foi com Hermínio Loureiro que isso começou. Hermínio Loureiro foi colocado na Liga para a destruir e consegui-o. Hoje é a Federação que tem esse poder", concluiu.