Na Bíblia Sagrada, mais precisamente no livro de Lucas encontra-se uma parábola que conta a história de dois irmãos que recebem de forma antecipada as heranças do pai. Um dos filhos recebe o dinheiro e sai de casa abandonando a sua família indo ao encontro de um mundo de luxúria o outro acompanha o pai e a restante família. Tempos depois o jovem que havia abandonado a família e depois de esbanjar todo o seu dinheiro sente-se só e reconhece verdadeiramente o valor da família, regressa a casa onde é recebido de braços abertos.
De facto, através desta passagem da Bíblia podemos fazer várias ligações ao mundo que nos rodeia. Sejamos cristãos, agnósticos, ateus, judeus, muçulmanos, o que quer que seja. No caso, podemos fazer um paralelismo com o que se passou até agora neste mercado de transferências.
São vários os casos que se deram de jogadores que regressaram à casa mãe. Uns para poder expandir a sua carreira e outros em busca de renascer e de voltar a ter o protagonismo que outrora lhes era reconhecido.
Não precisamos de sair do nosso país para assistirmos a um caso destes. André Horta, jovem português de 19 anos, fez a maior parte da formação no clube dos encarnados mas depois devido à falta de oportunidades no clube da luz virou-se para o sado e foi no Setúbal que começou a dar nas vistas fazendo com que o Benfica lhe contratasse, ocupando o lugar que outrora era de Renato Sanches.
Para os lados de Alvalade acontece novo caso. Beto. O antigo guarda-redes do Sevilha e do Porto volta à casa onde foi formado. Beto fez a maior parte da sua formação em Alvalade e pertenceu aos quadros dos leoninos até 2004 onde depois acabou por assinar contrato com o Chaves.
Para os lados da Baviera temos outro caso. Matts Hummels, defesa central, um dos melhores do mundo, esta temporada voltou ao clube rival do Borussia, o Bayern de Munique. O alemão havia sido formados nos lados da Baviera até que em 2009 saiu de "casa" em busca de uma aventura no futebol. Acabou por ser transferido para o Borussia por uma verba a rondar os 4 milhões, experiência que teve muito êxito. Foi no clube alemão que o central ganhou notoriedade sendo considerado atualmente um dos melhores do mundo na sua posição.
O caminho inverso fez Mário. Mário Gotze, herói da final do Mundial de 2014, está de regresso ao Westfalenstadion. O jovem alemão formado no Borussia em 2013 trocou o seu clube pelo Bayern. Nas primeiras temporadas acabou por realizar alguns bons jogos no clube da baviera mas quando se esperava que fosse explodir acabou por desaparecer gradualmente. Este ano e de forma a ganhar algum protagonismo e a jogar onde de facto se sente em casa volta ao Borussia tornando-se mais uma opção para a frente de ataque da equipa de Tuchel.
Em Espanha temos outro caso. O avançado Àlvaro Morata, formado nos Blancos do Real devido à falta de espaço na equipa e tapado pela constelação de estrelas madrilena saiu para Turim em 2014 em busca de ganhar algum protagonismo. Volvidas duas temporadas em que apontou 27 golos em Turim e onde acabou por ganhar a frente de ataque dos rojiblancos o jovem espanhol regressa a casa onde vai disputar um lugar com o mal amado Benzema.
O caso mais mediático e atual vem de Inglaterra. Em 2011, Paul Pogba, jovem francês formado no United começava a aparecer nos red devils pelas mãos de Sir Alex Fergunson. Passado um ano o jovem francês havia assinado pela Juventus. Foram várias as notícias na altura em que Sir Alex Fergunson se lamentava pela não renovação do jovem prodígio. A verdade é que na Juventus o jovem mostrou toda a qualidade que o mítico Fergunson já previa. Em 2016, dá-se finalmente o tão esperado regresso de Pogba. O francês está nas bocas do Mundo. O jovem regressou a casa.. mas a muito custo. Serão todos estes jogadores bons filhos? A próxima época já nos irá dar a resposta.
MUITO BOM!
ResponderEliminarEste blog não para de crescer dia após dia. Parabéns a todos
excelente texto
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