Boavista e Federação Portuguesa de Futebol selaram ontem o diferendo a propósito do Apito Final, no qual o clube axadrezado chegou a reclamar uma indemnização por danos sofridos, na sequência do processo que ditou a despromoção, superior a 20 milhões de euros. A verba a pagar ao Boavista não foi divulgada, mas o jornal Record escreve que será substancialmente inferior aos números já referidos, podendo situar-se na casa dos 2 milhões de euros.
O clube do Bessa anunciou que a totalidade da compensação acordada "será aplicada em exclusivo no pagamento à Autoridade Tributária de débitos fiscais da Boavista SAD, conforme garantia prestada no Acordo SIREVE, que está a ser cumprido, como também deliberado em tais órgãos".
As negociações foram conduzidas pelo lado do Boavista por João Loureiro, presidente do clube, e conheceram vários altos e baixos. O caso ameaçava arrastar-se vários anos no tribunal. Este acordo desde já serve para aliviar o garrote financeiro do clube, obrigado a pagar mensalmente mais de 70 mil euros ao Estado, no âmbito do plano de pagamento que acordou e que viabilizou o regresso à 1.ª Liga.
A verba que vai entrar permitirá também, conforme anunciou o clube, "um abatimento significativo e imediato" do passivo da SAD. Além da compensação económica, este acordo, sublinha o Boavista ainda, "tem um valor simbólico de suprema importância para todos os boavisteiros, pois significa o reconhecimento da injustiça praticada". Os processos judiciais corriam o risco de se arrastarem muitos anos nos tribunais e, conforme se refere também, "sem certezas quanto ao seu desfecho". Por isso, o clube do Bessa entendeu fechar este acordo e garantir uma relação institucional sem conflitos com a Federação Portuguesa de Futebol.
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