30 março 2016

Eliseu vai renovar por um ano. Maicon já é português e a transferência fica mais fácil

E tudo o rendimento mudou. Chamuscado por críticas e mal-amado pelos adeptos do Benfica na temporada passada, Eliseu foi dado como transferível no último defeso, mas, à falta de ofertas convincentes, seguiu como membro do plantel transitado para as mãos de Rui Vitória. Aparentava, porém, estar condenado a deixar o clube no fim desta época, quando expirasse a validade do vínculo celebrado em julho de 2014, até que, pela força da qualidade exibicional, convenceu o treinador a
fixá- lo como um dos pilares da equipa, transformando uma provável despedida num cenário de iminente renovação contratual. 
Segundo O Jogo e o Record, o lateral-esquerdo, a caminho dos 33 anos, já tem como absolutamente seguro que continuará no emblema da Luz por mais uma temporada, tendo recebido essa garantia do presidente Luís Filipe Vieira, que, por sua vez, escutara parecer positivo do técnico.
Num quadro em que a convergência e o entendimento entre as partes são plenos, a oficialização do prolongamento do contrato de Eliseu acontecerá a breve prazo, no momento que o Benfica considerar oportuno, isto quando o jogador junta à titularidade nos encarnados a forte hipótese de ser o dono da lateral esquerda da Seleção Nacional no Europeu do próximo verão, em França.

Maicon está no Brasil, mas já recebeu o cartão de cidadão português. O defesa-central concluiu finalmente o processo de naturalização que iniciou há cerca de um ano e passa a dispor de dupla nacionalidade, atributo que o deixa mais perto de uma transferência definitiva. Isto porque passa a ser uma hipótese viável, nos campeonatos europeus com limite de estrangeiros, ao passo que até aqui, por ser extra-comunitário, dificilmente entraria, pelo menos a um preço que motivasse o FC Porto a aceitar a transferência.
A intenção da SAD é fazer um encaixe financeiro significativo com o jogador. O fairplay financeiro que a FIFA tornou obrigatório há alguns anos obriga a SAD a apresentar, no mínimo, um prejuízo não superior a 8,6 milhões de euros, embora a intenção da sociedade liderada por Pinto da Costa até seja apresentar um balanço positivo. Sem milhões da UEFA neste segundo semestre, embora um eventual apuramento direto para a próxima Liga dos Campeões possa oferecer um encaixe de M€12, é obrigatório vender jogadores. Maicon é um dos ativos a transferir. Na época passada houve algumas possibilidades e propostas na ordem dos 10 milhões de euros, mas Lopetegui não abriu mão do capitão. O erro contra o Arouca e toda a confusão que se seguiu fechou-lhe as portas com Peseiro e torna difícil o regresso no verão. De qualquer forma, o FC Porto emprestou o jogador ao São Paulo apenas até 30 de junho, o que certifica desde logo que a intenção é recuperá-lo em pleno mercado para, se efetivamente não o reintegrar, o negociar.
Há vários mercados que agradam ao jogador, pois aliam um bom nível desportivo a um pressuposto salarial ao nível daquilo que Maicon aufere. E, alguns desses, só agora passam a ser possíveis. Em Inglaterra, por exemplo, Maicon não podia entrar porque, por ser não comunitário, teria de ser internacional pelo Brasil, o que não era o caso. Na Rússia só são permitidos seis estrangeiros em campo e na Ucrânia apenas mais um. Maicon deixa de ter problemas. E o FC Porto vê aumentar as possibilidades de um bom negócio.

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