06 setembro 2015

Pai de Imbula pede calma e diz que o melhor do filho está para vir. "Quando estiver mais identificado, verão o jogador que ele é"

A expressão “puxar a brasa à sua sardinha” não é estranha para ninguém. Em França, ainda que ela não se use, percebe-se, pela forma como se argumenta para justificar algo, que há variantes com o mesmo sentido. Esse foi o caminho trilhado por Willy Ndangi para fazer um curto balanço do rendimento de Gianelli Imbula neste início de temporada. Importa sublinhar, neste caso particular, que Ndangi não só representa o médio que o FC Porto contratou ao Marselha por 20 milhões de euros, mas é também pai do jogador. 
“Acompanho Gianelli em todos os jogos, é assim desde os seis anos”, disparou Ndangi, concordando que o rendimento do filho está longe de ser o ideal. “Tenho a certeza de que ele vai render mais no futuro”, sossegou. “As coisas não estão a correr como deviam, talvez porque ainda falta algum tempero naquele coletivo. Em França, costuma dizer-se que a maionese ainda não pegou, que o molho ainda não está ligado”, explicou, referindo-se, em especial, ao funcionamento do sector onde o filho costuma jogar.
Em campo, Imbula tem mostrado não estar ainda bem identificado com as funções que lhe são pedidas. “Nos dois primeiros jogos [V. Guimarães e Marítimo] pediram-lhe para jogar mais adiantado no terreno e notou-se mais em campo. Aliás, na Madeira fez aquela assistência para o golo do Herrera, porque estava a jogar mais à frente. Contra o Estoril, o treinador pediu-lhe para baixar e jogar mais junto do seis e depois tirou-o. Não sei se não estava satisfeito com ele, mas é normal, ainda só fez três jogos, é novo, e está a perceber o que é verdadeiramente o futebol ao mais alto nível. Ainda está a assimilar muita coisa, mas vale muito mais do que aquilo que já mostrou”, garantiu ao jornal O Jogo.
A impressão que fica, apesar de tudo, é que se esperava um pouco mais de um jogador que custou 20 milhões de euros. “Entendo isso, mas os adeptos têm de perceber que não é por ele ter custado 20 milhões de euros que ia entrar na equipa como uma estrela, até porque nem tem tido tanta bola como isso quando está em campo”, apontou Ndangi. “Mas, quando estiver mais identificado com os jogadores e com o sistema de jogo da equipa e do treinador, verão o jogador que ele é”, prometeu. “Respeito a hierarquia e as decisões do treinador, mas acho que é apenas uma questão de tempo para o verem brilhar. Agora, é claro que o treinador é quem sabe o que é melhor para o coletivo e para o sistema da equipa, porque o mais importante é que o FC Porto vá somando os três pontos”, completou.

“Aparece bem nos grandes jogos”. Apesar das exibições de Imbula terem variado apenas entre tons mais ou menos cinzentos, nem tudo tem sido assim tão mau para Willy Ndangi, que já viu um pouco daquilo que o futuro reserva: “Gostei muito da exibição dele contra o V. Guimarães. Nesse jogo esteve mais próximo daquilo que é, mais solto e mais perto do seu valor.” O discurso de Ndangi, além de soar a premonitório, até acaba por colocar uma certa pressão em cima dos ombros de Imbula. “Setembro será um mês importante para o FC Porto, com os jogos da Champions e o clássico com o Benfica, é preciso ter calma com ele, mas se for como é costume, aparece muito bem nos grandes jogos”, rematou.

1 comentário:

  1. Quando tiver mais identificado?? Ele disse logo que o Marselha é que o quis vender, aliás deu a entender que queria ter ficado no Marselha e que está contrariado no FCP, e assim como é que pode jogar bem?? Enfim....

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