29 agosto 2015

De uma Vitória certa, a um empate amargo

Com o começo da nova época para o Enorme, seria de esperar uma melhoria no tipo de jogo que vemos no cube. Afinal, temos o campeão da II Liga a treinar, e temos um plantel renovado. De facto, temos tudo, ou tínhamos, para ganhar o jogo…até aos 70 minutos.
O Vitória fez uma primeira parte excelente. Assistimos a um meio campo organizado, contrariamente ao observado na época passada. Jogadas criadas a partir da defesa, com uma circulação de bola rasteira. Trocámos o 4x3x3 pelo 4x4x2 (4x1x3x2), dando oportunidade a jogadores como André Horta de mostrar o seu potencial. André Claro dá origem ao primeiro golo. E que golo foi! Uma trivela de fora da área para o lado esquerdo da baliza de Gideão, jogada esta resultante de uma das tais trocas de bola rasteiras entre Claro e Venâncio.
No entanto, parece que não foi o suficiente. Mesmo jogando contra 10 (expulsão de Idris por acumulação – 68’), o Enorme encostou-se e passou a queimar tempo, achando que poderia manter o resultado, ao passo que o Boavista atacava incessantemente. Isto deu origem a um jogo fatigante de posse de bola/defesa na equipa. Juntando ao facto da defesa ser adaptada (Fábio Pacheco e William, adaptados de trinco a central e de central a lateral, respetivamente), criou lacunas que deram origem ao primeiro golo por parte de Afonso Figueiredo (74’). Era neste momento que Quim Machado deveria já ter substituído Paulo Tavares, que já se queixava da coxa (mais tarde substituído por Dani aos 78’). Ruca, o protagonista do segundo golo (45’), também deveria ter sido substituído mais cedo, por acusar cansaço. Este apenas saiu, dando lugar a Uli Dávila aos 83 minutos. Apenas nos 10 minutos de jogo que este último teve, criou 2 jogadas de perigo na baliza adversária. Tanto Uli como Zequinha deveriam ter entrado muito mais cedo, tanto por “refrescarem” o campo, como por criarem um desequilíbrio grande (um pouco como o Quaresma foi para o Porto na época passada). A falta de laterais e também a de um Guarda-Redes experiente foi sentida neste empate. Rúben Semedo tinha chegado há pouco tempo, e não tenho dúvidas que seria um jogador que teria feito a diferença em campo. Também Diego, um dos melhores guardiões da Liga nas épocas 2010/2011 e 2011/2012, poderia ser uma peça vital para o Vitória no jogo, e no restante desta época. A vinda por empréstimo do guarda-redes Ricardo (FCP) também será uma boa notícia e uma oportunidade para Lukas Raeder de aprender com estes dois colegas experientes.
Mas será a primeira jornada suficiente para criticar o treinador e as suas táticas? Claramente que não. Já vimos uma grande evolução na equipa, e é sabido que Quim Machado é um treinador exigente. E isso verificou-se na 2ª jornada, com uma goleada contra o Académica de Coimbra (0-4). Golos de Suk (17’; 55’), André Claro (57’) e Costinha (81’). É verdade que a AAC não é um clube forte. Mas se pensarmos que o Enorme quase desceu de divisão, qualquer clube é um desafio. E uma goleada destas fora de casa é um grande feito. Não só por ser um resultado impressionante, mas também pela moral que dá aos jogadores para a jornada seguinte. A equipa jogou de uma forma sólida e, apesar de do adaptado Fábio Pacheco não me convencer como central (expulsão por acumulação – 78’), a defesa aguentou-se muito bem. Se continuarmos a jogar desta forma, e a equipa continuar a evoluir, podemos esperar um Vitória bem classificado novamente!
Na próxima jornada o Enorme irá defrontar o Rio Ave, no Bonfim. É possível esperarmos algumas mudanças no plantel. Será esta a estreia de Rúben Semedo?

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