As sociedades desportivas dos três grandes pagaram à Banca 43 milhões de euros na temporada de 2013/14. Este valor diz respeito a juros, mas também a comissões e a outros serviços prestados pelas instituições. São quase 3,6 milhões por mês que a Banca recebe de Benfica, FC Porto e Sporting, escreve o CM.
A Benfica SAD apresentou custos financeiros de 23,7 milhões, uma subida de 4,5% (mais de um milhões de euros) face à época transata. Assim, a sociedade presidida por Luís Filipe Vieira pagou à Banca cerca de dois milhões de euros mensais.
No final de junho, a Benfica SAD tinha aproximadamente 318 milhões em empréstimos. De notar que a sociedade das águias consolida as contas de várias empresas do grupo, nomeadamente a Benfica Estádio.
Segue-se a FC Porto SAD, que registou custos financeiros de 12,7 milhões em 2013/14 (quebra de 1,2%). Ou seja, quase 1,1 milhões por mês. Segundo o relatório e contas da SAD, no final de junho, a sociedade tinha um endividamento bruto superior a 149 milhões. Ainda assim, um valor inferior à divida financeira da Sporting SAD, que se situava acima dos 180 milhões de euros.
Apesar disso, a SAD do clube de Alvalade é a que registou menores custos financeiros, com os pagamentos à Banca a caírem 29,7% (menos 2,7 milhões) para um total de 6,5 milhões de euros (542 mil euros por mês).
Entre os maiores ‘beneficiados’, estão o Novo Banco (antigo BES) e o BCP, os grandes financiadores das três SAD. Só ao Novo Banco, as sociedades devem quase 200 milhões.
No final de junho, as três SAD tinham dívidas financeiras superiores a 647 milhões de euros. Ou seja, os empréstimos (desde os bancários à emissão de obrigações, passando por outros mecanismos de financiamento) são responsáveis pela maioria do passivo que, na mesma data, atingiu os 947 milhões de euros.
E como os gastos financeiros das SAD estão indexados à evolução das taxas de juro, um aumento de 1% destas taxas, por exemplo, teria um impacto nos custos pagos pela Benfica SAD superior a 1,7 milhões de euros. Na Sporting SAD, uma subida igual significaria ter de entregar à banca mais 1,145 milhões. Já a FC Porto SAD adianta que um aumento de 0,5% na Euribor aumentava os encargos financeiros em 327 mil euros.
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