Talisca poderá ser o 'salvador' do Brasil

O Brasil lamenta a falta de um 10 à antiga na seleção principal – o dono da posição é agora Óscar, do Chelsea –, mas Alexandre Gallo, treinador dos sub-21, faz questão de descansar o povo canarinho, apontando Talisca como uma solução para o lugar, a par de Rafael Alcântara, do Barcelona, ainda que defina o futebolista do Benfica como um... dez moderno.

“Se há uma solução a curto prazo no futebol de base para essa posição? Temos jogadores que fazem essa função, mas não podemos ter uma equipa previsível. Neste momento temos o Talisca e o Rafael Alcântara, dois médios-ofensivos canhotos que são muito comprometidos com o trabalho tático”, destacou, em entrevista ao jornal brasileiro “Superesportes”, frisando: “Não há essa questão de não haver mais formação.”

Alexandre Gallo destaca a evolução do futebol para explicar o desaparecimento dos 10 clássicos, frisando precisamente a importância do conhecimento tático do futebolista que tem a missão de organizar o jogo da sua equipa, como sucede na seleção de sub-21, que prepara os Jogos Olímpicos de 2016, com Talisca. “O futebol encurtou as linhas e exige que os médios-ofensivos sejam voluntariosos, que tenham velocidade, marquem, sejam fortes, e o jogador tem de se adaptar a isso”, defende, reforçando: “Não pode haver mais aquele jogador que dependia do espaço, mais lento e com espaço para fazer um lançamento. Hoje, tem de ser mais dinâmico”, algo que vê agora em Talisca, jogador que chegou a criticar precisamente pela falta de entrega à equipa, razão pela qual o deixou de fora das convocatórias durante mais de um ano – situação que mudou desde que o futebolista de 20 anos chegou à Luz, onde tem brilhado com golos.