José Veiga, antigo director-geral do Benfica que entrou em rota de colisão com Luís Filipe Vieira, é da opinião que o caso que envolve Óscar Cardozo "não dignifica" o clube da Luz.
Em entrevista à RR, Veiga - sem desculpar a atitude do paraguaio no Jamor - aconselha o clube a respeitar o "histórico" de Cardozo na Luz.
"O Benfica tem de respeitar o passado dos seus atletas. O Cardozo deu muito ao Benfica e, portanto, deve sair com dignidade, se tiver que sair."
José Veiga considera ainda que, depois de Cardozo ter empurrado Jorge Jesus na final da Taça de Portugal, "a situação devia ter sido resolvida de seguida". "Havia várias formas. Uma delas era, logo a seguir à final da Taça, promover uma conferência de imprensa na qual o jogador pediria desculpa. Claro que seria multado num processo interno e depois entravam as férias. Se tivesse que ser vendido, devia tê-lo sido de imediato", defende Veiga.
Nestas declarações, em pleno braço de ferro entre águias e o "Takuara", o ex-dirigente lamenta o "arrastar" do caso em nome da "imagem" do clube.
"É mau para o Benfica, é uma má imagem dada para o exterior", alerta. "E depois", prossegue, "isto transporta-se para o balneário, para os profissionais".
"Estamos próximos do início do campeonato e, neste momento, o importante seria a tranquilidade no grupo de trabalho. Não dignifica em nada o clube e os seus dirigentes. Isto afecta mais o treinador ou o presidente? Penso que mais o treinador, pois é o elo mais fraco e quando as coisas correrem mal será o treinador a sair e não a Direcção. Não é o treinador o culpado neste caso, porque quem está a resolver o assunto é a Direcção e não o técnico. O treinador só tem que se preocupar em treinar e em treinar da melhor forma. A Direcção é que já devia ter resolvido o assunto há muito tempo e, infelizmente, ainda não o fez", completa José Veiga.
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