18 janeiro 2013

Lance Armstrong confessa: «Era impossível vencer sete vezes o Tour sem recorrer ao doping»


Lance Armstrong (foto AP)Lance Armstrong confessou, em entrevista concedida a Oprah Winfrey, ter consumido substâncias proibidas durante a carreira. O norte-americano admitiu que «seria humanamente impossível vencer a Volta a França em sete ocasiões sem recorrer ao doping».
«A cortisona existiu na minha carreira desde meados dos anos 90. A história foi perfeita durante muito tempo. Tinha um casamento feliz, filhos, ganhei sete vezes o Tour... Todos os erros foram da minha responsabilidade, a culpa é toda minha. Estava habituado a controlar tudo na minha vida, tudo o que dizia respeito ao desporto», contou Armstrong.
«O sistema de dopagem era profissional e inteligente mas muito conservador. Dopava-me dias antes do início das corridas. A última vez que cruzei essa linha foi em 2005», indicou.
O consumo de substância dopantes era prática comum no ciclismo.
«Era a cultura da altura. Os outros corriam limpos? Não vou chamar ninguém de mentiroso, mas isso não é verdade. Na minha equipa [US Postal] queriam que os rapazes fossem fortes e conseguissem boas perfomances. Eu era o líder mas nunca dei uma ordem direta ou uma diretiva para que eles se dopassem e houve quem tivesse optado por não o fazer. Se calhar poderia tê-lo feito, mas nunca o fiz».
Lance Armstrong deixou-se inebriar pelo sucesso: «Queria perpetuar a história. É como dizer que as rodas das nossas bicicletas precisavam de ar e as garrafas, de água. Do meu ponto de vista, era algo que fazia parte do meu trabalho. Foi a ânsia de ganhar a qualquer preço, mas com a dimensão que atingiu tornou-se um defeito».
«O mais grave é que eu estava convencido de que nada do que fazia era errado», penitencia-se.
E como foi possível passar incólume a inúmeros controlos anti-doping? «Não acusava nada porque não havia nada no meu sistema», explica Armstrong, fazendo questão de esclarecer: «Nunca paguei à UCI para ocultar provas». - in, abola.pt

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