Luís Guilherme não ficou surpreendido com agressão a Pedro Proença

O Presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) afirmou que não ficou surpreendido com a notícia da agressão a Pedro Proença, e fala de um clima de intimidação em relação aos árbitros profissionais.

A APAF repudia o acto, mas considera que era expectável que tal viesse a acontecer: “São situações lamentáveis que repudiamos de forma veemente. De qualquer forma é uma situação que tínhamos algum receio que viesse a acontecer, tendo em conta o protagonismo que é dado à arbitragem, e a forma como ela é considerada e debatida, tínhamos medo que pudesse acontecer. Aconteceu, esperamos que seja uma situação pontual, daqui manifestamos toda a nossa solidariedade para com o árbitro Pedro Proença.”

Luís Guilherme alerta que os árbitros, após os jogos mais importantes, são incomodados das mais variadas formas. Até os filhos dos árbitros sofrem represálias nas escolas que frequentam.

“Há vários colegas nossos que, nomeadamente depois de jogos mais mediáticos, são incomodados tanto na sua vida pessoal como profissional. Com telefonemas anónimos, os seus filhos são muitas vezes incomodados por outros colegas, nos dias depois dos jogos quase que deixam de ter vida pessoal. Agora chegar a uma situação de agressão física ainda não tinha acontecido, mas isto serve para chamar a atenção, como a APAF tem feito, às várias entidades envolvidas para refrear um pouco às vezes as afirmações para salvaguardar a integridade física das pessoas”, afirma Luís Guilherme.