Flashes: Lazlo Boloni analisa o Genk

"Será um combate entre um peso pesado e um peso-pluma"

Lazlo Boloni, actualmente ao serviço do Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, é um profundo conhecedor do campeonato belga. O antigo treinador do Sporting sagrou-se campeão belga com o Standard de Liège em 2008/09, ganhou duas Supertaças e conhece bem o Genk, adversário do FC Porto no play-off da Liga Europa. Por isso mesmo, é com conhecimento de causa que diz que "este é um confronto entre David e Golias". "É um jogo entre dois clubes muito diferentes. Usando uma analogia com o boxe, é um confronto entre um peso pesado e um peso-pluma, com vantagem clara para o FC Porto", garante o técnico romeno, ressalvando, contudo, a qualidade dos belgas. "O Genk é um clube médio, com uma boa equipa, que joga um futebol descomplexado porque, na maior parte das ocasiões, não tem muito a perder", frisou Boloni. Traçando uma comparação com o futebol português, o último treinador que se sagrou campeão com o Sporting coloca o Genk ao nível do Braga ou do Guimarães. "Na Bélgica, tradicionalmente há o Anderlecht, o Standard de Liège e o Brugge. O Genk pertence a uma segunda linha que por vezes consegue alguns resultados surpreendentes, mas raramente consegue ser consistente." A importância da experiência europeia é mais um argumento que Boloni considera favorecer o FC Porto no confronto com os belgas. "O Genk joga regularmente as competições europeias, mas sem resultados de relevo, exactamente nos antípodas do FC Porto, uma das equipas mais experientes a nível europeu. Acredito que possam fazer um bom jogo em casa, colocando algumas dificuldades, mas seria uma enorme surpresa que o FC Porto não seguisse em frente com naturalidade: é clara e esmagadoramente favorito." Um favoritismo que não deve ser beliscado pelo ambiente na Cristal Arena, o estádio do clube belga. "Pode ser um estádio pouco acolhedor para os adversários, com um ambiente quente, mas nada a que o FC Porto não esteja habituado. Equipas que já jogaram na Turquia e na Grécia não têm nada a temer na Bélgica...", concluiu. 

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