09 janeiro 2010

Rubrica: Eu fui bola de ouro


Vencedor da Bola de Ouro de 1968
Nome: George Best – Nacionalidade: Irlanda do Norte (Belfast) – Data Nasc.: 22-5-1946 – Faleceu: 25-11-2005 – Posição: Avançado – Clubes /jogos/golos: Manchester United 361 (138), Dunstable Town (E) 3 (0), Stockport County 3 (2), Cork Celtic 61 (29), Los Angeles Aztecs 55 (27), Fulham 33 (7), Fort Lauderdale Strikers 26 (6), Hibernian 22 (3), San Jose Earthquakes 56 (28), Bournemouth 4 (0), Brisbane Lions 1 (0), Tobermore United 1 (0) – Selecção: Irlanda do Norte 37 (9)

George Best, o génio de Belfast, foi uma personagens mais perturbantes que habitaram no futebol, ao tornar a sua carreira num vertiginoso cocktail de emoções. Sir Matt, foi o único homem capaz de domar o seu forte carácter. Estilo rebelde, típico de uma estrela pop, explodia nos relvados com um mágico controle de bola, aliado a um jogo de cintura elástico e impetuosas mudanças de velocidade, sempre com a baliza pregada nos olhos. Hoje, Best tornou-se uma figura de culto para os filósofos do futebol. Esquecem-se no entanto que, como escreveu Roland Barthes em Câmara Clara, o que define as sociedades ditas avançadas é o facto dessas sociedades consumirem hoje imagens e já não crenças como as de outrora.
George Best futebolista norte-irlandês que jogou no Manchester United FC, é considerado como um dos melhores jogadores de todos os tempos. Best nasceu em Belfast, capital da Irlanda do Norte, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Era tão fanático por futebol quando criança, que dormia com a bola na cama.
Aos 15 anos, foi treinar no Manchester United. Em 1963, estreou-se como profissional, e marcou 138 golos em 361 jogos durante sua carreira no clube do coração, o Manchester.
George Best superou o seu próprio nome (Best em inglês significa "o melhor") e tornou-se um verdadeiro mito. No entanto, não foi na selecção, mas sim no Manchester United que ele brilhou a ponto de receber o apelido de "o quinto Beatle". O melhor jogador de 1968, em 37 presenças para representar o seu país, foi autor de apenas nove golos.
Com a vida vigiada em cada detalhe pelos mídia, acabou por deixar que o vicio pela bebida destrui-se a sua carreira.
Tentou recomeçar depois em equipas dos EUA. Depois de conduzir embriagado e bater num carro de um polícia, George Best passou oito semanas a jogar na equipa da Prisão Ford.
Em 2002, e após vários anos longe dos campos de futebol, teve de receber um transplante de fígado, destruído pela cirrose. No ano seguinte o vicio voltou. No dia 3 de Outubro de 2005, foi internado de urgência no hospital Cromwell de Londres com problemas nos rins. Seus últimos dias foram no hospital, ao lado de sua família e do amigo Denis Law, com quem actuou pelo Manchester United. Aos pés da cama, uma carta com a seguinte assinatura: "Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé".
Sobre a carta, Best disparou: "Este foi o último brinde da minha vida". No dia 20 de Novembro, teve seu último gesto de nobreza: deixou-se fotografar no seu estado lamentável no quarto do Hospital pela imprensa, com a mensagem: "Não morra como eu". Cinco dias depois o quinto Beatle estava fora de combate, com múltipla falência dos órgãos. Homenageado por multidões e políticos como Grande Estrela, foi enterrado com 59 anos ao lado da mãe na sua Belfast natal.

Ainda hoje, Best é considerado o jogador mais talentoso nascido na Grã-Bretanha. Em Belfast, mais de 300 mil pessoas acompanharam de perto o seu enterro. Também como homenagem, o aeroporto da cidade passou a se chamar George Best, e notas da moeda local foram impressas com a imagem dele. Já um curioso ditado nacional diz que "Maradona good, Pelé better, George Best" (Maradona é bom, Pelé é melhor, George é o melhor).

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