“Se o Gyökeres jogasse no Benfica, valia 140 milhões”; Arouca dominou como ninguém frente ao Sporting; Laporta compara FC Porto e Barcelona

Viktor Gyökeres foi contratado pelo Sporting nesta temporada e não demorou muito a confirmar os créditos que lhe eram apontados. Aliás, o internacional sueco tem protagonizado uma história de encantamento com a plateia de Alvalade.

Os golos e as assistências têm valido a Gyökeres uma fama e popularidade sem precedentes no passado mais recente no Sporting, ao ponto de o jogador ser apontado como uma estrela no clube.

Alguns emblemas europeus mostram-se atentos ao jogador sueco e há quem tema no Sporting uma saída de Gyökeres para outras paragens. Esse receio existiu na janela de transferências de janeiro e agora existe também quando terminar a época.

Diamantino Miranda, antigo jogador de futebol, deixa elogios a Gyökeres e entende que o Sporting tem nas suas fileiras um atleta que se vai destacando. Por isso, admite que os golos e exibições sobretudo na Liga Europa podem aumentar o valor do jogador e a cobiça.

“É realmente o jogador mais valioso desta Liga. E tudo se perspetiva, se o Sporting fizer uma boa época principalmente na Liga Europa, embora os golos do campeonato português também contem, mas principalmente na Liga Europa, repito, acho que o Sporting pode fazer um grande encaixe com este jogador”, vaticina Diamantino Miranda.

Confrontado com a possibilidade de Gyökeres sair pelo valor da cláusula de rescisão que ronda os 100 milhões de euros, Diamantino Miranda diz que já tem algumas reservas.

“Aí já não sei. Parece-me que por 98, 97 ou 95 milhões de euros não deixará de ir. Acho eu. Oitenta ou 90 milhões de euros. Vamos esperar”, comentou ainda o ex-futebolista na CMTV.

Ainda assim, Diamantino Miranda entende que se o sueco fosse jogador do Benfica seria vendido por um valor superior aos 100 milhões de euros.

“Se o Gyökeres jogasse no Benfica, marcasse estes golos, em vez de 100, valia 140”, admitiu Diamantino Miranda, certo de que o camisola 9 do Sporting tem de ser reconhecido pelos golos que faz.

“É um jogador, por aquilo que representa, ou por aquilo que faz numa equipa de futebol, que todos jogam bem, mas quem marca golos é o mais difícil”, comentou Diamantino Miranda.

“Portanto, sendo que marcar golos é o mais difícil, está sempre mais perto de ser o mais valioso”, concluiu Diamantino Miranda sobre o internacional sueco do Sporting que tem sido comparado com alguns dos avançados mais reputados da história de Alvalade. "Ganha a Jardel, Slimani, Liedson, Tiuí ou Acosta. Só perde para Pinilla."

Arouca dominou como ninguém frente ao Sporting. O Sporting sofreu para ganhar ao Arouca e o 3-0 é “enganador” face ao desempenho das duas equipas. Aliás, este encontro foi mesmo o jogo do ano, em provas nacionais, em que o Sporting menos conseguiu manter a bola na sua posse. Foram apenas 40% nesse parâmetro, confirmando a tendência de que o rival dominou durante grande parte do jogo. Para encontrar o segundo pior registo em provas nacionais é preciso recuar ao clássico com o FC Porto, no qual os verdes e brancos tiveram 43,2% de posse de bola, num encontro que ganharam por 2-0, entregando aos dragões a iniciativa na segunda parte. Mais baixo do que os 40% diante do Arouca só mesmo na Europa, quando, contra o Raków, os portugueses ficaram-se pelos 34%, nesse caso sendo decisivo o facto de Gyokeres ter sido expulso nos primeiros dez minutos, forçando a equipa a correr muito atrás da bola.

A eficácia em Arouca foi acima da média (30%), com três golos em dez remates, possibilitando a Amorim chegar à melhor época de sempre em termos ofensivos. Ainda assim, foi o jogo com menos tiros à baliza na segunda volta: olhando a todo o campeonato, os dez remates são o quarto pior registo dos verdes e brancos, só atrás do empate em Braga (7), da derrota na Luz (8) e da vitória com o FC Porto (8). Curiosamente, já em Alvalade o leão também só efetuara dez remates. A diferença é que, nesta segunda volta, o Arouca também rematou dez vezes à baliza de Israel.

Laporta compara FC Porto e Barcelona. É já na próxima sexta-feira, dia 15 de março, que a plataforma de 'streaming' Prime Video irá estrear a série documental 'Senhor Presidente - O Campeonato de uma Vida', que retrata a já extensa carreira de Jorge Nuno Pinto da Costa.
Joan Laporta, à produção, estabelecendo uma comparação entre os desafios que o próprio tem de enfrentar e aqueles pelos quais o homólogo do FC Porto superou, ao longo das últimas largas décadas.
"Partilhamos muitos valores. Esta rivalidade entre FC Porto e Benfica, e Barcelona e Real Madrid, o que representa sofrer com o centralismo da capital do país... Isto existiu sempre, e dá um valor acrescentado a como se preside um clube, a como se dirige, a todas as adversidades que tens de ir superando para ser campeão...", afirmou.
"Não é fácil. Somos dois clubes que temos estes desafios mais potentes. Superamos certas dificuldades que outros clubes não têm de superar", completou.