"Se Paulinho fosse um finalizador não custava 15 milhões, custava 60 ou 70"; Otamendi pode facilitar negócio ao Benfica

O Benfica prepara a renovação do contrato com o defesa central Otamendi, de 34 anos, mas só irá oficializar o ato após o Mundial do Qatar, onde o jogador argentino deve estar presente. A ideia de Rui Costa, escreve o CM, é impedir que o argentino deixe o Benfica a custo zero, pois está em final de contrato e pode assinar por outro emblema já em janeiro. A vontade em continuar com o jogador é unânime, embora não seja certo que o central continue na Luz na próxima época. Otamendi tem sido um dos esteios da equipa de Roger Schmidt, mas no plantel há jogadores de grande valia para essa posição. Além do jovem António Silva, que tem sido titular, há ainda um trio de luxo que está lesionado, casos de Lucas Veríssimo, João Victor e Morato.

Perante estas alternativas e face ao elevado salário auferido por Otamendi, a renovação é também vista na Luz como uma possibilidade de fazer baixar o preço de Enzo Fernández, pois o River Plate está interessado no central. O Benfica já pagou cinco milhões pelo médio, mas tem várias tranches no total de 13 milhões de euros para pagar. Otamendi podia permitir um acerto dessas contas.

Entretanto, Rui Costa, numa mensagem no Relatório e Contas do clube, disse ter sido preciso “união” interna após a saída de Luís Filipe Vieira da presidência.n

"Se Paulinho fosse um finalizador não custava 15 milhões, custava 60 ou 70". Paulinho é a grande referência de área que o treinador do Sporting sempre desejou, desde que chegou a Alvalade e Frederico Varandas acabou por fazer-lhe a vontade, contratando o avançado ao SC Braga. Só que Paulinho não tem sido sinónimo de muitos golos. É certo que o avançado minhoto tem feito remates certeiros, mas a massa associativa esperava que, dado o preço que foi pago, este pudesse ter uma folha de serviço mais recheada.

Porém, há quem note que Paulinho não representa apenas golos para o Sporting e vejam nele um avançado de trabalho, que ajuda na ideia de jogo de Rúben Amorim. Pedro Henriques, antigo jogador de futebol, diz que Rúben Amorim não olha para Paulinho e faz dele uma avaliação pelos golos que marca ou que falha.

"O treinador não avalia o número de golos certamente. Se não, o Sporting não teria comprado o Paulinho por 15 milhões de euros ou quanto é que foi, porque o Paulinho nunca foi um goleador em termos de números e daqueles jogadores que marcam muitos e muitos golos", disse Pedro Henriques.

O antigo jogador de futebol diz que o camisola 21 do clube de Alvalade "é um jogador de grande qualidade e que é importante na forma como joga o Sporting".

"É um jogador com qualidade até para a forma como o Sporting joga, como condiciona os adversários, faz todo o sentido que o Paulinho seja titular no Sporting porque uma coisa é o Sporting jogar com equipas que lhe dão espaço nas costas, ou seja, que jogam muito adiantado, que jogam muito alto. E aí tu podes jogar com os 'rasteirinhos', com equipas fortes", destacou Pedro Henriques.

Por outro lado, Pedro Henriques disse ainda que "o Paulinho não marca muitos golos de cabeça", como fazia um outro avançado que passou por Alvalade.

"Não é o Mário Jardel. Mas é muito importante pelas movimentações que ele faz que são diferentes dos outros três atacantes com os quais o Sporting tem jogado. O tipo de marcação que os centrais se sujeitam, na área se calhar encostam mais ao Paulinho".

Deste modo, em declarações na Sport TV, Pedro Henriques admitiu que em breve Rúben Amorim pode mudar as opções no ataque do Sporting.

"O Pedro Gonçalves, o Trincão e o Edwards na perda da bola não tinham um comportamento defensivo de reação como houve no ano em que o Sporting foi campeão. O Trincão e o Edwards não terão nunca o sangue na guelra que tem o Nuno Santos", disse, dando um outro exemplo.

E voltando a Paulinho, Pedro Henriques disse ainda que "a forma como ele joga é importante para o Sporting". "É um jogador de grande qualidade, não é um finalizador? Não é. Mas também se fosse um finalizador não custava 15 milhões. Custava 60 ou 70 milhões de euros", concluiu Pedro Henriques.