09 março 2022

O candidato mais forte para assumir o Benfica; "Mostrei aos adeptos do Sporting que lhes pertencia"; "Vitinha? Vamos com calma. Se há lugar onde a Seleção tem várias soluções é no meio-campo"

Cresce a expectativa de uma chamada imediata de Vitinha aos trabalhos da Seleção Nacional, orientada por Fernando Santos. A performance do jogador ao serviço dos azuis e brancos tem valido elogios ao jogador formado no FC Porto que, após uma cedência aos britânicos do Wolves voltou ao Estádio do Dragão para se fixar no meio-campo ao lado de Matheus Uribe.
Com Portugal a enfrentar em breve a decisiva ronda de qualificação para o Mundial, a Norte, reclamam uma chamada de Vitinha à turma das quinas, até porque o jogador foi sempre um elemento de Seleção nos escalões mais jovens. Porém, Fernando Mendes, antigo jogador português, diz que é preciso ir com "calma", lembrando que não faltam soluções para o meio-campo da Seleção Nacional de Portugal."Vamos com calma. Se há lugar onde a Seleção tem várias soluções é no meio-campo", lembrou Fernando Mendes, realçando ainda que há pouco tempo se assistiu a uma "pressão" para que Otávio, do FC Porto, fosse chamado pelo selecionador nacional.
"Não nos podemos esquecer da pressão que foi para o Otávio ir à Seleção. O Otávio foi à Seleção, fez um jogo e nunca mais apareceu. Nunca mais esteve lá", comentou Fernando Mendes, em declarações na CMTV.
Por outro lado, o antigo defesa referiu ainda que não está a dizer que Otávio não pode merecer uma nova chamada por parte do selecionador Fernando Santos.
"Tenham calma. Não estou a dizer que sou contra o Otávio ir à Seleção", salientou, destacando que "muito mal está a Seleção quando os adeptos exigem e o Fernando Santos aceita".
Em relação a Vitinha, o treinador Sérgio Conceição deixou elogios ao centrocampista, recentemente, mostrando-se satisfeito com as exibições que o médio tem feito de dragão ao peito.
"Com bola, já sabíamos que era fabuloso, com uma técnica fantástica. Melhorou o passe longo, o timing de soltar a bola. Parece-me um médio completo. É sempre dos jogadores que recupera mais bolas", disse Sérgio Conceição, há poucos dias atrás a respeito de Vitinha, destacando ainda que o médio é "um jogador que enche o campo".

"Mostrei aos adeptos do Sporting que lhes pertencia". Aos 32 anos, Adrien Silva é agora jogador do Al-Wahda e em entrevista à revista francesa Caviar recorda alguns momentos da carreira com particular destaque para o Sporting. As dificuldades e os obstáculos, como refere, fizeram-no sentir que era preciso trabalhar muito para vingar e que só talento não chegava.
Pouco tempo depois de fazer a sua estreia pela equipa principal do Sporting, aos 20 anos, Adrien Silva fou emprestado ao Maccabi Haifa, de Israel. "Foi ao mesmo tempo um momento de solidão e um grande despertar enquanto homem e profissional. Em retrospetiva, foi um momento de viragem, no sentido em que percebi que ser normal não chegava. Tens de te exceder a cada dia, porque se não o fizeres no dia seguinte será esquecido e alguém ocupará o teu lugar", diz, recordando depois o que se passou na época seguinte em que venceu a Taça de Portugal ao serviço da Académica (estava emprestado) e logo contra o Sporting.
"Não foi fácil regressar ao Sporting na época seguinte. Fui assobiado na minha própria casa, como se fosse culpa minha ter estado emprestado e ter jogado na final… As pessoas levaram um pouco a mal, mas têm de entender que sou um profissional de futebol e, onde quer que esteja, tenho de ser competitivo e jogar bem", conta.
O médio lembra que o "momento do regresso foi muito difícil". "Fui assobiado na minha própria casa, mas eu era forte mentalmente, sabia como me reerguer. Mostrei aos adeptos que lhes pertencia e que poderia fazer o mesmo pelo Sporting. E foi isso mesmo que fiz na época seguinte, vencendo a Taça e a Supertaça! São coisas que acontecem, e tens de dizer presente todas as semanas. Todos os dias, a cada ano, tens de te desafiar e provar que não és um flop e que continuas lá."
O balanço do tempo que vestiu a camisola verde e branca foi muito positivo: "Vivi muitos momentos bonitos com o Sporting, mas tal como nos momentos negativos não me fui abaixo, não fiquei eufórico nos bons momentos porque sabia que tinha de continuar a mostrar que tinha lugar ali. O facto de ter passado pelo que passei ajudou a moldar a minha mentalidade."
O médio recorda quando começou a jogar futebol em criança no Bordéus, clube onde jogava Zinedine "uma verdadeira autoridade para todos". De França ficou grandes memórias. E por falar em referências deixa elogios a Fabio Quagliarella, que continua a marcar golos na Sampdoria aos 39 anos, mas não se fica por aqui.
"Eu tenho muitos exemplos, como o José Fonte, que joga em França. É uma posição diferente, mas a forma como ele faz a vida e como se cuida, esses são os pequenos segredos que te fazem durar mais tempo. É um pouco essa a mentalidade, saber como recuperar, a nutrição, todas essas coisas fazem com que uma carreira ao mais alto nível possa durar mais. Com o tempo, aprendemos algumas coisas. À medida que vamos seguindo, temos de escolher o nosso caminho."

O candidato mais forte para assumir o Benfica. Abel Ferreira é neste momento o mais forte candidato a assumir o comando técnico da equipa do Benfica na próxima temporada, garante o jornal Correio da Manhã.
Rui Costa já tinha sondado a possibilidade do atual míster do Palmeiras em rumar à Luz, mas terá recebido inicialmente uma resposta negativa (agente negou contacto). Agora, o Benfica vai voltar à carga para ter o treinador de 43 anos que venceu consecutivamente duas Taças Libertadores. Abel Ferreira deixou no último fim de semana a dúvida se continuará ou não no comando do verdão, quando questionado sobre a violência no futebol brasileiro (confrontos entre adeptos do Cruzeiro e Atlético Mineiro provocaram um morto e vários feridos) e no México. “Quando entrei aqui e vi imagens do México e dizem-me que no Brasil acontece o mesmo... vou ter de pensar muito bem no que quero para a minha família, para mim e para os meus jogadores. Não podemos fingir que nada está a acontecer. Posso ser rival, mas respeito a vida. No futebol não vale tudo”, disse o treinador.
Abel Ferreira tem contrato com o Palmeiras até ao final do ano e uma cláusula de rescisão no valor de 2,5 milhões de euros. Um valor acessível para as águias, até porque a partir de julho a SAD deixa de pagar ordenado a Jorge Jesus, técnico que foi afastado no final do ano passado.
Ao contrário daquilo que chegou a ser pensado, Nélson Veríssimo vai continuar no lugar que agora ocupa até final da temporada, independentemente dos resultados que a equipa conseguir até final.

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